(ultima atualização em abril/2023)
São Paulo, SP, 1979.
Vive e trabalha entre Tóquio e Chiba, Japão.
Indicada ao Prêmio PIPA 2020.
Obras na coleção do Instituto PIPA
Bacharel e mestre em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo. Atualmente é doutoranda em Artes Visuais na Tokyo University of the Arts. Acredita ser uma artista-ensaísta-zuihitsuka, que de maneira errática, investiga temas de interesse variados, testando diferentes soluções plásticas que tensionam a relação entre espaço, tempo, narrativa, recepção. Participa de exposições e residências artísticas nacionais e internacionais e recebeu os prêmios “V Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia” (2014), “VI Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça e Rede Nacional Funarte” (2011), UNESCO – Aschberg Bursary Program for Artists (2011), entre outros.
Site: www.yukiehori.com
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2020:
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- “De noite penso no dia, de dia penso na noite”, 2019, projeto de livro em desenvolvimento com parceira de Inês Bonbuki
Sobre os trabalhos
– “Arashi no kizashi / Antes da tempestade”, 2020
Fotografias tiradas no Eixo Monumental, na semana que antecedeu o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, compõem um livro em formato de emakimono (rolo de pintura). O famoso céu de Brasília, oculto por nuvens pesadas, desenhava uma estranha paisagem. Certamente anunciava a chegada de tempos sombrios. O livro empreende uma tentativa de descrever essa premonição (kezashi) como uma narrativa histórica.
– “De noite penso no dia, de dia penso na noite/ Yoru ha hiru wo omoi, hiru ga yoru wo omou”, 2019
Livro em processo que reúne fotografias tiradas diariamente desde março de 2018 por Inês Bonbuki no Brasil e Yukie Hori no Japão. Duas imagens de um mesmo dia formam duplas espelhadas em diálogo poético que aproximam realidades em lados opostos do planeta. [Link do projeto em “Outros Links”]
– “Toca do cupim”, da série “Reminiscências brasileiras de Yukio Mishima” , 2019
Projeto coletivo em desenvolvimento pelas artistas Alline Nakamura, Yukie Hori e o pesquisador da obra de Mishima, Rodolfo Rocha.
Com base nos escritos de viagem de Yukio Mishima sobre sua visita ao Brasil em 1952, buscamos, na atualidade, reminiscências de um país que impactou a obra do escritor. “Toca do cupim” é uma peça cuja ambientação foi inspirada na casa onde Mishima se hospedou em Lins, na fazenda de café de seu amigo Toshihiko Tarama.
– “Horizon and Tableau: Practical Archeology at Natsuyuki Nakanishi Former Atelier” [Horizonte e tableau: Prática arqueológica no antigo ateliê de Nakanishi Natsuyuki], 2019
Jissen Kokogaku (Prática arqueológica) é um coletivo formado pelas artistas Masumi Inoue, Moeko Ishiguro, Sayoko Suwabe e Yukie Hori e o curador, Sanghae Kwon.
Este é um projeto desenvolvido no antigo atelier do artista da vanguarda japonesa, Natsuyuki Nakanishi, integrante do grupo Hi-Red Center e amigo do criador do Butô, Hijikata Tatsumi. O atelier é inspirado é na arquitetura do estúdio de Hijikata, Asbesto-kan, que inspirou e Nakanishi a incorporar aspectos da dança em seu fazer artístico.
Atualmente o atelier encontra-se fechado, mas preserva parte do arquivo de Hijikata Tatsumi. Com acesso temporário ao atelier, o coletivo buscou investigar e ressuscitar o espaço de criação de Nakanishi. A obra “Glóbulos brancos” documenta a performance de arrumação e limpeza do atelier e “Suturas” expõe as áreas mais danificadas do edifício, de acesso proibido aos visitantes da exposição. Nessas áreas foram exibidas uma seleção de objetos do arquivo de Hijikata, incluindo fotos de Eikoh Hosoe. [Link do projeto em “Outros Links”]
– “Penetrável Adaptado”, 2016-2018
“Penetrável Adaptado (ou um jardim para Hélio Oiticica)” apropriou uma construção de concreto de formato estranho no parque Uekitenji, em Tachikawa, no Japão, vestindo suas paredes com um cosplay da obra “Invenção da cor, Penetrável Magic Square #5, De Luxe” (1977) de Oiticica. Em um segundo movimento, tal como os Parangolés eram incorporados pelas pessoas, as capas de nylon em processo de “readymade-site-specific” são incorporados a diferentes contextos. “Penetrável Adaptado Parangolezado #1: Cenografia” virou a cenografia para a apresentação do grupo de shamisen Mitsudomoe, realizada nas proximidades do parque Uekitenji. As capas dormem dentro de uma mala com rodinhas, prontas para incorporar outros lugares.
– “Passado Camuflado” I, II, e III, 2008-2014
Tríptico de instalações que integra a coleção do Museu de Arte de Ribeirão Preto.
A obra ao “Tonico com amor” da artista ribeirão-pretana Vera Barbieri estava exposta em julho de 2019 no museu. No mês seguinte, no mesmo local e nas mesmas dimensões, apresentou-se “Passado camuflado I”, uma versão bidimensional da obra de Barbieri. No ano seguinte, na exposição individual dos premiados do salão do ano anterior, foi construída a versão semi-desdobrada da casinha, “Passado Camuflado II”, que usou o piso do museu como matéria construtiva. A obra “Passado camuflado III”, um fantasma non-site-specific, foi produzida por meio do prêmio FUNARTE Artes Visuais que possibilitou a inclusão de “Passado Camuflado II e III” a coleção do Museu.
– “Being Hiroshi Sugimoto / Quero ser Hiroshi Sugimoto”, 2009
video I: Yukie Hori tentando ser Hiroshi Sugimoto (5’35’’)
video II: Daniel Medina tentado ser Yukie Hori tentando ser Hiroshi Sugimoto (5’39’’)
A videoinstalação exibe simultâneamente e em looping, os vídeos I e II.
Tentando imitar o enquadramento de “Seascape” do fotógrafo Hiroshi Sugimoto, Yukie filma o horizonte do mar de Ostende com uma câmera digital compacta, configurada no modo preto e branco e focagem automática. Daniel está atrás de Yukie, com uma filmadora digital, tentando manter unidas as linhas dos horizontes do seu enquadramento e da tela de LCD da câmera de Yukie. A duração das filmagens foram determinadas pelo tempo no qual os os artistas conseguiram segurar os equipamentos nas mãos e naquele enquadramento até se cansarem.
Diferentemente das imagens de “Seascape”, que convida o espectador a um estado de contemplação, os vídeos da dupla são inquietos, instáveis, ocilando entre nitidez e desfoque.
Exposições Individuais
2019
– “Horizont and Tableau: Practical Archeology at Natsuyuki Nakanishi Former Atelier”, coletivo “Jissen Kokogaku” com Masumi Inoue + Moeko Ishiguro, Sanghae Kwon, Sayoko Suwabe e Yukie Hori, Saruhashi, Japão
– “de noite penso no dia, de dia penso na noite”, coletivo com Inês Bonduki e Yukie Hori, Embaixada do Brasil em Tóquio e Yukoto Kan em Minakami, Japão
– “Por sobre o tempo/ cristal corpo/ flutua”, coletivo com Carlos Praude, Rita de Almeida Castro e Yukie Hori, Museu Nacional da República, Brasília, DF
2015
– “Série negra: Makie”, Paço das Artes, São Paulo, SP
2014
– “Passado camuflado II e III”, Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (MARP), Ribeirão Preto, SP
– “Em Louvor das Sombras ou Através do Espelho”, Museu de Arte Murillo La Greca, Recife, PE
2011
– “Through the Boyds’s Looking-Glass House, and What Lady Shadow Found There” [Através da casa de espelhos dos Boyds e o que a Dona Sombra encontrou por lá], Bundanon Trust, New South Camberra, Austrália
2010
– “Studio Games/Stiúideo Clichí”, Leitrim Sculpture Centre (LSC), Manorhamilton, Irlanda
– “Passado camuflado II”, Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (MARP), Ribeirão Preto, SP
2009
– “Camuflagem reencarnada. Evocação ao Espaço V”, Espaço W de Arte, Ribeirão Preto, SP
2008
– “[Camuflagem propositiva para] Jogo da memória”, Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo, SP
Principais exposições coletivas
2017
– World Art Tokyo, Tokyo Art Fair, Tokyo International Forum, Tóquio, Japão
– Comité Colbert Award – People and Nature in the Modern World, The University Art Museum of Tokyo University of the Arts, Japão
2017
– “Antilogias: o fotográfico na Pinacoteca”, curadoria de Mariano Klautau Filho, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP
– “Art in Farm”, curadoria de Yoji Inoue, Tokyo Metropolitan Agriculture and Forestry Research Center, Tóquio, Japão
2016
– Coleção Diário Contemporâneo de Fotografia, curadoria de Mariano Klautau Filho, Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Belém, PA
– “Art in Farm”, curadoria de Yoji Inoue, Uekitenji-en, Tóquio, Japão
– “Art in Yujuku”, Yujuku Onsen, Japão
2015
– “Olhar InComum: Japão Revisitado”, curadoria de Michiko Okano, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR
– “Gestos, relatos, escritas e autoficções”, Festival de Fotografia de Tiradentes, curadoria de Mariano Klautau Filho, Centro Cultural Yves Alves, Tiradentes, MG
2014
– “Naturantes”, curadoria de Hugo Fortes, Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin-USP, São Paulo, SP
– 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Belém, PA
2011
– Arte Visual Indoamericano, mostra itinerante por capitais da América Latina
2010
– “Kamiyama Artist in Residence+Exhibition”, Espaços públicos da cidade de Kamiyama, Tokushima, Japão
– “Lave-me as costas – Intervenções artísticas em espaços pouco prováveis”, LxFactory, Lisboa, Portugal
– Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, Museu da Universidade Federal do Pará, Belém, PA
– Segunda Muestra de Arte Iberoamericano, Centro Cultural de España (CCE-MX) e Centro Nacional de Las Artes (CENART), Cidade do México, México
2009
– 34° SARP – Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo, Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (MARP), Ribeirão Preto, SP
2008
– “Máquina”, curadoria de Sérgio Bonilha, Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (MARP), Ribeirão Preto, SP
– 59º Salão de Abril, Centro de Referência do Professor, Fortaleza, CE
– “3+2”, curadoria de Herbert Rolim, Centro Cultural Fortaleza Banco do Nordeste, Fortaleza, CE
2007
– “Oniforma”, curadoria de Claudinei Roberto da Silva, Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo, SP
2005
– “A grande linha”, SESC Pompeia, São Paulo, SP
2004
– “Em trânsito”, mostra dos artistas recém-formados pelo Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo ECA/USP, Galeria Olido, São Paulo, SP
– Prêmio Porto Seguro de Fotografia 2004, Espaço Porto Seguro de Fotografia, São Paulo, SP
Prêmios
2014
– V Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia
2013
– VI Prêmio Artes Plásticas Marcantonio Vilaça e Rede Nacional FUNARTE Artes Visuais
2011
– UNESCO Aschberg Bursary Programme for Artists [prêmio residência]
2009
– 34° SARP do Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP) Pedro Manuel-Gismondi
2008
– Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (CCSP) [prêmio residência RIAA]
2002
– Prêmio Visualidade Nascente [categoria Artes Plásticas]
Residências artísticas
2011
– UNESCO Aschberg Bursary Programme for Artists, Bundanon Trust Art Centre, New South Wales, Austrália
2010
– KAIR, Kamiyama Artist-in-Residence, Program, Kamiyama International Cultural Village, Tokushima, Japão
2010
– LSC Artist Residency Programme, Leitrim Sculpture Centre, Manorhamilton, Irlanda
2009
– Programa de Residencia Artísticas para Creadores de Iberoamérica en México, Centro de Artes de San Agustin Etla (CaSa), Oaxaca, México
– RIAA, Residencia Internacional de Artistas en Argentina, Viejo Hotel Ostende, Ostende, Argentina
Coleções Públicas
– Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP
– Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP), Ribeirão Preto, SP
– Centro Cultural Onze Janelas, Belém, PA
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