Tarauacá, AC, 1964.
Vive e trabalha em Tarauacá, AC.
Ibã huni Kuin (Isaías Sales) é um txana, mestre dos cantos na tradição do povo huni kuin. Ao tornar-se professor na década de 80, aliou os saberes de seu pai Tuin Huni Kuin aos conhecimentos ocidentais, passando a pesquisar na escrita a sua tradição junto com seus alunos. Ingressa na Universidade (Universidade Federal do Acre, Cruzeiro do Sul, AC) em 2008 e cria o Projeto Espírito da floresta visando, com seu filho Bane, pesquisar processos tradutórios multimídia para esses cantos compondo o coletivo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin.
Ibã Huni Kuin é o txana (mestre cantor) em torno do qual se constitui o MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin. Os Huni Kuin vivem na fronteira do Brasil com o Peru, porém, estão distribuídos por diversas terras indígenas no estado do Acre. Falam o idioma hatxa kuin, pertencente à família linguística Pano. Tem uma história de intenso contato com a economia seringalista que dominou a região amazônica em períodos decisivos do século XX.
Ibã é pesquisador indígena, tendo consolidado sua carreira como especialista nas artes musicais huni kuin com participações em encontros e publicações. Na primeira década do presente século, Ibã passa a compor o LABI – Laboratório de Imagem e Som (UFAC Floresta) e começa a experimentar, ao lado de seu filho, o pesquisador e artista visual Bane Huni Kuin, a composição desenho-canto-vídeo como meio de pesquisa acadêmica e expressão artística.
Em 2010-2011 organizam o I Encontro de Artistas Desenhistas na Terra Indígena Huni Kuin do Rio Jordão, no qual tem origem o MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin. Realizam a exposição “O espírito da floresta – Desenhando os cantos do nixi pae” em Rio Branco, Acre.
Em 2012, realizam cerimônia de abertura e participam da exposição coletiva “Histoires de Voir – Show and Tell” na Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris, França. O documentário “O espírito da floresta” compõe a exposição.
O MAHKU realiza a abertura e participa, em 2013, da exposição coletiva “MIRA – Artes Visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas” no Centro Cultural UFMG, Belo Horizonte, Minas Gerais, bem como de sua edição em 2014, em Brasília.
Em 2014 participam das exposições coletivas “Histórias Mestiças”, no Instituto Tomie Ohtake, e “Made by… Feito por brasileiros”, na Cidade Matarazzo. Exposição individual “Nixi Paewen Namate – O sonho do nixi pae” no SESC Rio Branco. Participam do Leilão de Pratos para a Arte do Museu Lasar Segall.
Realiza, em 2015, intervenção multimídia (mural, coral e vídeo) no encerramento no X Simpósio de Pós-Graduação em Linguagens da UFAC, Rio Branco. Também aqui ocorre o lançamento do filme “O sonho do nixi pae – O MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin”.
“o espirito da floresta”. Duração: 43’30”.
“Espirito da floresta 2”. Duração: 11’02”.
“O sonho do nixi pae – o movimento dos artistas huni kuin”. Duração: 46’47”.
Ibã, Chaman Huni Kui – Sobre a exposição “Histoires de voir, Show and Tell”, 2012. Duração: 5’21”.
Amilton Mattos, antropólogo – Sobre a exposição “Histoires de voir, Show and Tell”, 2012. Duração: 5’26”.