(ultima atualização em fevereiro/2020)
São Paulo, SP, 1948.
Vive e trabalha em São Paulo, SP.
Indicado ao PIPA 2016.
Em 1978 ganha o prêmio “Objeto Inusitado – Arte Aplicada” (Paço das Artes, São Paulo, SP) e inicia sua carreira como artista plástico. Em 1982 realiza “Idéias Modernas”, sua primeira individual, na Galeria São Paulo (São Paulo, SP). Em 1983 a “Eletro Performance” na 18ª Bienal de São Paulo, SP e em 1986 “Eletro Esfero Espaço”, na exposição “A Trama do Gosto”. Em 1989 a composição flutuante “Auditório para questões delicadas”, no lago do Ibirapuera e “Cosmos – um passeio no infinito”, no MASP (São Paulo, SP).
Em 2014 participa da 3ª Bienal da Bahia com “Saravá, Espiral Cinética” para o Elevador Lacerda (Salvador, BA). Inaugura sua segunda escultura em espaço público: “Ulysses, o elefante biruta”, no Parque Pedreira do Chapadão em Campinas, SP. Em 2015 apresenta a escultura cinética “pororoca” na exposição “As Margens dos Mares”, no Sesc Pinheiros, a intervenção urbana “ALEX ALEX”, no CCSP e a performance “Ludo Voo” no Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo, SP).
Site: www.gutolacaz.com.br
www.gutolacaz.com.br/2
Video produzido pela Matrioska Filmes com exclusividade para o PIPA 2016:
“Allegro”, 2019. Duração: 3’57”
“Torre de Trens”, 2017. Duração: 1’38”
“ADORARODA”, 2017. Duração: 2’15”
“18 – barco com 18 remos”, 2016. Duração: 47″
“Abbey Road”, 2016. Duração: 1′
“Pororoca – As Margens dos Mares”, 2015. Sesc Pinheiros, São Paulo, SP. Duração: 00’26”.
“ALEX ALEX” (homenagem a Alex Vallauri), 2015. CCSP, São Paulo, SP. Duração: 01’16”.
“Biciclóptica – Perform 6”, 2015. Largo da Batata, São Paulo, SP. Duração: 01’53”.
“Áreas verdes”, 2015.Duração: 00’30”.
“Ulysses, o elefante biruta”, 2014. Parque Pedreira do Chapadão, Campinas, SP. Duração: 02’48”.
“Saravá”, 2014. Duração: 30″
– “Guto Lacaz”, por Raphael Michilis (texto em inglês). Download (828 KB): "Guto Lacaz", por Raphael Michilis
“A alegria e o prazer de brincar”
Por Oscar D’Ambrosio
A arte brota de duas fontes primordiais: o sono que propicia o sonho e a infância. É à noite, quando a mente se acalma e o imponderável vem à tona que muitas idéias surgem. Provavelmente é desses momentos, quando mergulhamos naquilo que existe de mais primordial dentro de cada um de nós que criamos nosso projeto de vida, que surge na infância e muitas vezes não nos é nada claro.
Ao crescer, os pais, a escola, o mundo do trabalho, a sociedade, enfim, progressivamente limita esse sonho original – perdemos a capacidade de acreditar em nós mesmos, em nossas intuições e nos desejos que vem daquilo que realmente pensamos ou sentimos.
A arte é uma forma de recuperar esse sonho perdido desde a infância. Alguns dos principais artistas conseguem justamente manter viva essa chama dos primeiros anos de vida, que nada mais é do que um denso elo de conexão com o mundo circundante, deixado de lado, depois, em função de motivações comerciais.
Guto Lacaz, em suas performances da série Máquinas, traz ao primeiro plano essas questões. Sua forma de tomar os objetos e dar-lhes novas funções pode ser ligada as ready mades de Macel Duchamp, mas me parece muito mais estar vinculado a uma forma de ver o mundo com total liberdade.
Uma cadeira pode deixar de exercer a sua função primordial de assento para ser empurrada por locomotivas de brinquedo enquanto um taco de golfe pode empurrar gelo para dentro de um copo e um aspirador de pó pode ter o seu jato de ar utilizado para sustentar bolas de isopor.
A questão não é tanto retirar do objeto a sua função primordial, mas colocá-lo numa nova perspectiva, com outra aplicação. Furadeiras, máquinas de escrever e guarda- chuvas ganham assim uma dimensão inesperada, fruto do ludismo desse paulistano nascido em 20 de setembro de 1948.
A presença de duelos entre os personagens, assim como o uso de revólveres de brinquedo que atiram setas de borracha ou imitam máquinas de raio laser, é o indicativo de uma esfera em que a infância é fundamental. A competição se faz sempre presente e onde matar não significa eliminar, mas apenas vencer um jogo, pois, como nos desenhos animados, o falecido está de pé na cena seguinte.
Ver cada objeto com olhos livres é uma máxima da arte. Para ser levada a sério, é essencial que ela seja vista de maneira integrada com a ciência, nunca longe dela. Trata-se de uma vereda que está dentro de uma linhagem que reúne expoentes como Leonardo da Vinci, construtor e pintor, e Michelangelo, arquiteto e escultor, entre outros vultos do Renascimento, período em que o homem não precisava ser especializado para ser considerado genial. Pelo contrário, é na sua multiplicidade que seu talento era reconhecido.
Guto Lacaz mantém o deslumbramento de uma criança ao brincar com os objetos. Deixa de lado a função primeira de cada um deles, condicionada pelo social, despe-se dos bloqueios do certo e do errado, e os coloca nas mais diversas situações. Podem ser inusitadas ou divertidas, mas são, acima de tudo, resultado da prazerosa manutenção da fidelidade ao seu sonho de nunca parar de brincar com aquilo que vê.
* Oscar D’Ambrosio, jornalista e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP, integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA- Seção Brasil).
“O Mago Lacaz”
Por Paulo Bomfim
Guto Lacaz é antes de tudo um mágico. Mágico ou mago? Lida com as formas e, ao mesmo tempo, as formas lidam
com ele. Sei que é criador de sonhos. Tem a inocência terrível dos gênios e dos anjos rebelados contra a rotina. Na Idade Média causaria perplexidade aos doutores da Sorbonne e conseguiria atravessar no bojo de seus inventos as fogueiras da Inquisição. No Romantismo seria homem das barricadas ou habitante de domínios sobrenaturais. Há nele curiosa simbiose do misticismo com a ciência. Lida com os elementos com a religiosidade de um alquimista e o espírito indagador da mecânica quântica. Às vezes é o trovador do castelo perdido; outras, o menino que inventa no fundo do quintal o alçapão para caçar nuvens. Ludicamente leva a vida a sério. Sabe que somos peças num jogo de xadrez e oferece um anel à mão que joga com nossos destinos. Esse é o meu amigo Guto Lacaz.
“Lacaz transfigura relações na cildade grande”
Por Marcelo Coelho, para Folha Ilustrada em 28 de setembro de 1994
Passar pelo viaduto do Chá nunca foi uma experiência agradável. Os piores mendigos da cidade – isto é, os mais doentes, os portadores das deformidades mais espantosas – se concentram ali, ao lado de camelôs tristíssimos.
Eis que o arltista Guto Lacaz instalou no prédio da Eletropaulo um imenso periscópio. Tudo mudou, desde o último sábado.
Reações espansas,Reações espansas, se produzem. O periscópio de Guto Lacaz liga o res-do-chão ao quinto andar do edifício, onde outras obras de arte esperam o visitante. Você está na rua e consegue ver, graças a um gigantesco aparelho ótico, as pessoas que estão lá em cima.
Inicialmente, aquilo parece um espelho. O grupo de pessoas no térreo olha a imagem de um grupo de pessoas também. São as pessoas que estão no quinto andar do prédio que se aglomeraram, como você na rua, para se verem, ao mesmo tempo diferentes e iguais. Saio dessa experiéncia mais feliz, mais leve, mais humano.
Cada pessoa no térreo fica com vontade de comunicar-se com o grupo que a vê do quinto andar. Produzem- se eventos lindos. Alguém arrisca um aceno para quem está lá embaixo. O aceno é respondido. Um moleque de rua, no térreo, pede um cigarro para o grupo do quinto andar. Não há problema: alguém joga o cigarro, e este despenca de cima.
Outros meninos, no quinto andar, fingem suicidar-se com gestros trágicos. O truque não é difícil. Abaixam- se, fugindo assim do campo visual do espelho; quem está no térreo acha que a pessoa desapareceu, ou atirou-se.
Pode-se pensar um pouco no sutil paradoxo envolvido nesla obra de Guto Lacaz. O periscópio possibilita uma tentativa de comunicação entre pessoas desconhecidas – ao mesmo tempo que impede qualquer forma de comulllcação verbal. Você não ouve nada do que é dito no quinto andar: só pode comunicar-se por meio de gestos. Como as crianças que, do vidro traseiro de um carro, fazem um tchau, e a gente responde.
Infantilidade, é claro, constitui a chave para as obras de Guto Lacaz. Seria injusto classificá-Io como “artista plástico”, palavra que serve a todo tipo de empulhação. Ele é uma espécie de inventor maluco, de professor Pardal. As geringonças que constrói não são, entretanto, apenas um exercício de humor perfomático, desse sarcasmo tão pesado e sinistro que acomete a vanguarda quando se pretende irônica e destrutiva.
O melhor de Guto Lacaz é que ele sabe guardar a pureza gratuita, a criancice, em suas obras. E em toda criancice há uma vocação de humanidade. Não é à toa que se diz: “Todas as pessoas nascem iguais”. Ou seja. são iguais antes que a sociedade Ihes imponha diferenças de classe.
Diferenças que Guto Lacaz dissipa em suas obras, ao fazer de todos nós umas crianças encantadas, acenando umas às outras através de seu periscópio, na distância miraculosamente vencida sem palavras, entre os que estão embaixo e os que estão no quinto andar.
E todo milagre é feito sem palavras. A utopia da “arte plástica”, nesse sentido, se realiza. Claro que de modo efêmero – mas uma transfiguração das relações pessoais dentro da Cidade foi conseguida, por meio desse artefato, Guco Lacaz.
Georg Simmel, o sociólogo alemão, comentou a extrema desumanidade que há nas grandes metrópoles. Pessoas se comprimem em um ônibus, estão mais unidas do que nunca e, todavia, não trocam palavras, não se comunicam.
União perversa e impessoal, portanto. Todos nós estamos mais juntos do que nunca e nos separamos nessa intimidade.
O evento promovido pela Secretaria de Estado da Culrura procura mostrar, ao contrário, os “’fluxos” da cidade. Os intercâmbios comerciais, o trânsito, a mobilidade, a passagem.
Lacaz radicalízou essa idéia de “passagem” e de fluxo tornando instantâneo e mágico o transporte das pessoas através de um periscópio.
Ainda haveria muito o que falar de toda a exposição. Muitas coisas, na mostra Arte Cidade, merecem ser comentadas.
Claro que não gostei de tudo. Apesar disso, reservando espaço para outro artigo, preferi só falar de Guto Lacaz.
Zureta, maluquete, gratuito? Talvez ele seja tudo isso. Mas, se ele consegue um feito como o de sua instalação no viaduto do Chá e nos encanta com isso, é porque sua maluquice não é tão zureta assim, e a gratuidade que ele produz nos eleva, como um periscópio, instantâneo e gracioso, a alturas que, quem sabe, sejam nossas mesmo: as alturas que há quando somos simplesmente humanos.
P.S. – Num elogio à gratuidade, fiz uma homenagem a Guto Lacaz. Junte a primeira letra de cada parágrafo, e o periscópio de Guto Lacaz vai aparecer. Foi um exercício bobo, inconsequente, mas, afinal, o próprio Guto nos dá direito a sermos crianças de vez em quando.
Sobre “A Trama do Gosto” – Fundação Bienal São Paulo, SP, 1987
… Há uma imensa quantidade de obras em si precárias, que se disfarçam no conjunto esfuziante.E é por isso que um trabalho como o de Guto Lacaz se distingue tanto dos demais. Convocado para trabalhar sobre o tema “loja de eletrodomésticos”, Guto não se limitou, como tantos outros, a montar uma paródia: usou a cabeça e o talento. Serviu-se de determinada matéria prima para deslocá-la de função, criando poesia.
* Por Olivio Tavares de Araújo – Revista Isto É
… No 2º andar, ficam também os grandes sucessos da mostra. Entre eles está o espaço montado por Guto Lacaz, o Eletro Esfera Espaço, onde o visitante recebe um walk-man que toca uma sinfonia de Wagner e desfila por uma passarela vermelha cercada de aspiradores de pó que equilibram bolinhas de isopor. A obra de Guto Lacaz foi, até agora, a que mais impressionou os visitantes.
* “Em ritmo de festa” – Revista Veja
Alguns estandes já começaram a conquistar o público.Foi o caso, por exemplo, da instalação feita pelo artista plástico Guto Lacaz, o hit da abertura.(…) Seu projeto inicial era permitir a passagem de apenas uma pessoa de cada vez. Não foi possível. O público invadiu a instalação e cruzou o corredor dispensando a trilha sonora. Mas a partir de terça prometeu Guto, “vou voltar ao esquema inicial: só vai entrar um de cada vez. “A fila promete ser a maior, da exposição.
* “A Trama do Gosto reabre hoje” – Folha de S. Paulo
…A subordinação de tudo isso à visão de cada artista resulta em trabalhos surpreendentes como os eletrodomésticos de Guto Lacaz…
* Por Cacilda Teixeira da Costa – Folha de S. Paulo
… Os exemplos são múltiplos. Um deles a instalação Eletro Esfera Espaço Center, do performático Guto Lacaz.Na entrada, cada visitante recebe um walk-man com a gravação da abertura da ópera Tannhauser, de Wagner. Puro delírio? Mera brincadeira? Também é. “Isso e uma coisa tão elementar e fica tão intelectualizada. É elementar que a pessoa perceba que tudo o que está no mundo é arte. O que acontece é que o que era considerado arte até o século passado recebeu contribuições bastante radicais com os dadaístas, com Duchamp. Não é preciso tanta teorização para mostrar que uma pessoa possa ter total liberdade de criação”- dispara Guto.(…)
Mais do que uma simples “transferência de contexto, Guto Lacaz investe contra o uso estereotipado de objetos domésticos. Em suas pesquisas, elabora uma recriação desses materiais, num jogo lúdico e divertido. “O aspirador de pó é uma máquina fantástica. Ele pode ser usado para muitas coisas além de limpar a casa”- observa, singelo e óbvio como um monge zen. Há alguns anos ele usou aspiradores para fazer música, na Eletroperformance, um verdadeiro festival de objetos elétricos inventados e inseridos num cruzamento de linguagens visuais modernas, como o vídeo, o cinema. Em Eletro Esfera, os objetos domésticos continuam recriando uma tensão tremendamente relaxante. “Ao invés de você usar o objeto de uma maneira estereotipada” – diz – “você tem uma relação dialética com ele.Você experimenta outras formas de uso e enriquece a linguagem artística bem como a linguagem do próprio objeto. Muitas pessoas estranham porque tem um conceito de arte também estereotipado”.
O estranhamento é uma arma quente. A surpresa, um terminal sonoro que espanta antigos fantasmas. Superados. Entende? “Com o advento da fotografia e do cinema, que conseguem representar com eficiência a realidade, sem desmerecer a pintura, a escultura, o desenho, os artistas ganharam mais liberdade. Eles começaram a pensar: Já que o problema da representação do real está solucionado, que tal criarmos objetos com vida própria ao invés de ficarmos representando a realidade? Muita gente acha que arte é a pintura figurativa. Para mim, o que é arte e o que deixa de ser não me interessa mais. Interessa o jogo que eu possa criar a partir do estudo, da pesquisa, da experimentação.”
Pesquisas que transformam objetivos insólitos em possantes mísseis antiacadêmicos. Na E1etroperformance, um solo de cadeira e1étrica desfigurou e enriqueceu a 5ª Bacchiana de Vi11a Lobos. Através de um interruptor, acionava-se um circuito que acendia dois eletrodos e disparava uma saraivada de sons elétricos.
Mas como no teatro Nô japonês, onde o ator é ao mesmo tempo atriz essas transgressivas reinvenções tecem um arco, como um navio que evita atracar no cais e se reconciliam com as formas tradicionais. “Só que a dois dedos da página”. “Ou num outro nível de vínculo”. Essas mídias todas, a tinta, a pedra, elas não deixam de ter um potencial do ponto de vista técnico. Mas acontece que a arte ganhou muitos outros meios. O que é preciso é que tenha cada vez mais boas idéias para se explorar esses meios”- explica, tranqüilo, Guto L.
Quem se arrisca?
* Por Ademir Assunção – O Estadão S. Paulo
Lacaz transfigura relações na cidade grande
Por Marcelo Coelho, em 28 de setembro de 1994
Passar pelo viaduto do Chá nunca foi uma experiência agradável. Os piores mendigos da cidade –isto é, os mais doentes, os portadores das deformidades mais espantosas– se concentram ali, ao lado de camelôs tristíssimos. Eis que, o artista Guto Lacaz instalou no prédio da Eletropaulo um imenso periscópio. Tudo mudou, desde o último sábado.
Reações espantosas se produzem. O periscópio de Guto Lacaz liga o rés-do-chão ao quinto andar do edifício, onde outras obras de arte esperam o visitante. Você está na rua e consegue ver, graças a um gigantesco aparelho ótico, as pessoas que estão lá em cima.
Inicialmente, aquilo parece um espelho. O grupo de pessoas no térreo olha a imagem de um grupo de pessoas também. São as pessoas que estão no quinto andar do prédio que se aglomeraram, como você na rua, para se verem, ao mesmo tempo diferentes e iguais.
Saio dessa experiência mais feliz, mais leve, mais humano. Cada pessoa no térreo fica com vontade de comunicar-se com o grupo que a vê do quinto andar. Produzem-se eventos lindos. Alguém arrisca um aceno para quem está lá embaixo. O aceno é respondido. Um moleque de rua, no térreo, pede um cigarro para o grupo do quinto andar. Não há problema: alguém joga o cigarro, e este despenca de cima.
Outros meninos, no quinto andar, fingem suicidar-se com gestos trágicos. O truque não é difícil. Abaixam-se, fugindo assim do campo visual do espelho; quem está no térreo acha que a pessoa desapareceu, ou atirou-se.
Pode-se pensar um pouco no sutil paradoxo envolvido nesta obra de Guto Lacaz. O periscópio possibilita uma tentativa de comunicação entre pessoas desconhecidas –ao mesmo tempo que impede qualquer forma de comunicação verbal. Você não ouve nada do que é dito no quinto andar; só pode comunicar-se por meio de gestos. Como as crianças que, do vidro traseiro de um carro, fazem um tchau, e a gente responde.
Infantilidade, é claro, constitui a chave para as obras de Guto Lacaz. Seria injusto classificá-lo como “artista plástico”, palavra que serve a todo tipo de empulhação. Ele é uma espécie de inventor maluco, de professor Pardal. As geringonças que constrói não são, entretanto, apenas um exercício de humor performático, desse sarcasmo tão pesado e sinistro que acomete a vanguarda quando se pretende irônica e destrutiva.
O melhor de Guto de Lacaz é que ele sabe guardar a pureza gratuita, a criancice, em suas obras. E em toda criancice há uma vocação de humanidade. Não é à toa que se diz: “Todas as pessoas nascem iguais”. Ou seja, são iguais antes que a sociedade lhes imponha diferenças de classe.
Diferenças que Guto Lacaz dissipa em suas obras, ao fazer de todos nós umas crianças encantadas, acenando umas às outras através de seu periscópio, na distância miraculosamente vencida sem palavras, entre os que estão embaixo e os que estão no quinto andar.
E todo milagre é feito sem palavras. A utopia da “arte plástica”, nesse sentido, se realiza. Claro que de modo efêmero –mas uma transfiguração das relações pessoais dentro da cidade foi conseguida, por meio desse artefato. Guto Lacaz.
Georg Simmel, o sociólogo alemão, comentou a extrema desumanidade que há nas grandes metrópoles. Pessoas se comprimem em um ônibus, estão mais unidas do que nunca e, todavia, não trocam palavras, não se comunicam. União perversa e impessoal, portanto. Todos nós estamos mais juntos do que nunca e nos separamos nessa intimidade.
O evento promovido pela Secretaria de Estado da Cultura procura mostrar, ao contrário, os “fluxos” da cidade. Os intercâmbios comerciais, o trânsito, a mobilidade, a passagem. Lacaz radicalizou essa idéia de “passagem” e de “fluxo”, tornando instantâneo e mágico o transporte das pessoas através de um periscópio.
Ainda haveria muito o que falar de toda a exposição. Muitas coisas, na mostra Arte Cidade, merecem ser comentadas.
Claro que não gostei de tudo. Apesar disso, reservando espaço para outro artigo, preferi só falar de Guto Lacaz.
Zureta, maluquete, gratuito? Talvez ele seja tudo isso. Mas, se ele consegue um feito como o de sua instalação no viaduto do Chá e nos encanta com isso, é porque sua maluquice não é tão zureta assim, e a gratuidade que ele produz nos eleva, como um periscópio, instantâneo e gracioso, a alturas que, quem sabe, sejam nossas mesmo: as alturas que há quando somos simplesmente humanos.
P.S. – Num elogio à gratuidade, fiz uma homenagem a Guto Lacaz. Junte a primeira letra de cada parágrafo, e o periscópio de Guto Lacaz vai aparecer. Foi um exercício bobo, inconsequente; mas, afinal, o próprio Guto nos dá direito a sermos crianças de vez em quando.
Fromação
1948
– São Paulo
1966
– Ginásio Vocacional do Liceu Eduardo Prado
1970
– Eletrônica Industrial do Liceu Eduardo Prado
1974
– Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São José dos Campos
Exposições
2015
– “Jogando com Ben Patterson”, Bolsa de Arte de São Paulo, SP
– “As Margens dos Mares”, “Pororoca”, Sesc Pinheiros, São Paulo, SP
– “Reverta, Reciglagem /Miragem”, Oca, São Paulo, SP
– “Invento, Rádios Pescando”, Oca, São Paulo, SP
2014
– “As cameras duplas”, Sala Mario Schenberg FUNARTE, São Paulo, SP
– “benTV e Abbey Road – Arquitetura e territorios afins”, Carbono Galeria, São Paulo, SP
– “Saravá, espiral cinética para o Elevador Lacerda”, III Bienal da Bahia, Salvador, BA
– “Três Velas”, III Bienal da Bahia, Salvador, BA
– “Ulysses, o elefante biruta”, Parque da Pedreira, Campinas, SP
– “3 setas”, intervenção urbana
– “Diálogos com Palatnik”, Sala Paulo Figueiredo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP
2012
– “OFNIs Ibirapuera – Objetos flutuantes não identificados Ibirapuera”, Cultura e meio Ambiente PMSP, São Paulo, SP
– “Eletro Livros”, Maria Antonia USP, São Paulo, SP
2011
– “OFNI Paranoá – Objeto flutuante não identificado”, Aberto Brasília CCBB, Brasília, DF
– “Arte em Movimento”, Memorial da América Latina, São Paulo, SP
– VIII Leilão de Pratos Museu Lasar Segal, Trio, São Paulo, SP
2010
– “Pinturas Roubadas reaparecem na Bienal”, Padaria Bienal, São Paulo, SP
2009
– “Santos=Dumont designer”, Museu da Casa Brasileira, São Paulo, SP; MAC Campinas, SP; Centro Cultura Ribeirão Preto, SP; e Sesc São José dos
Campos, SP
2008
– “Maquetes Reunidas”, Capela do Morumbi – DPH, São Paulo, SP
– “Rotores”, Galeria Marilia Razuk, São Paulo, SP
– “Isaac Newton / Albert Einstein – Einstein”, Instituto Sangari, São Paulo, SP
– “Comparação entre 2 trens”, Einstein gedanken – Einstein / IS, São Paulo, SP
– “Jogos plásticos com figuras e objetos”, Game Cultura Sesc Pompéia, São Paulo, SP
2007
– “GRÁFICA”, Centro Cultural São Paulo, SP
2006
– “Santos=Dumont designer”, Museu da Casa Brasileira São Paulo, SP
2005
– “Pinacotrens”, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
– “Art Detectors”, Ocupação, Paço das Artes, São Paulo, SP
– “Chita releituras”, Ovo, São Paulo, SP
– “RG Enigmático”, Virada Cultural, Centro Cultural de São Paulo, SP
2004
– “Pequenas Grandes Ações, Mano Fato Mano”, Centro Cultural de São Paulo, SP
– “Máscaras para mentir – Arte na Escola”, Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP
2003
– “A arte atrás da arte”, Espaço MAM Villa Lobos, São Paulo, SP
– “Pequenas Grandes Ações, serigrafias”, Val de Almeida Galeria, São Paulo, SP e Galeria Circo Bonfim, Belo Horizonte, MG
– “Pequenas Grandes Ações, Dos artistas para Cidade”, Galeria Olido, São Paulo, SP
2002
– “Cadernos Modernos”, Papper House, São Paulo, SP
2001
– “Máscaras para mentir”, Café Teatro Os Sátiros, São Paulo, SP
– “Atelier Imaginário de Guto Lacaz”, Vitrine Artefacto – D&D, São Paulo, SP
– “Móbiles”, Galpão de Design, São Paulo, SP
– “Trajetória da luz”, Itaú Cultural, São Paulo, SP
– “Salon des 100 – Uma homenagem à Toulouse Lautrec”, Paris, França
1999
– “RG Enigmático /Viagens de Identidades”, Casa das Rosas, São Paulo, SP
1995
– 95 Kwangju Internacional Biennale, Coreia
1994
– “Recortes”, Paço Imperial do Rio de Janeiro, RJ e Galeria Luisa Strina, São Paulo, SP
1993
– “Idéias Modernas”, Instituto Moreira Salles – Casa de Cultura de Poços de Caldas, MG
1992
– ECO 92-13, “Cartazes para o Meio Ambiente”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, RJ
1990
– “O Papel no Cotidiano”, Museu Brasileiro do Papel, São Paulo, SP
1988
– “Brazil Projects”, PS1 New York, Nova York, EUA
– “Idéias Modernas”, Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG
1987
– “Muamba”, Subdistrito Comercial de Arte, São Paulo, SP
– “Modernidade”, Museu de Arte Moderna de Paris, França
1985
– 18ª Bienal Internacional de São Paulo, SP
1982
– “Idéias Modernas”, Galeria São Paulo, SP
1978
– “Primeira Mostra do Móvel e do Objeto Inusitado”, Museu da Imagem e Som, São Paulo, SP
Instalações e Sites Specifics
2015
– “ALEX ALEX”, Dia do Garfitti, Centro Cultural de São Paulo, SP
2014
– “Saravá”, espiral cinética para o Elevador Lacerda, III Bienal da Bahia, Salvador, BA
– “Tres Velas”, III Bienal da Bahia, Salvador, BA
– “Ulysses, o elefante biruta”, Parque da Pedreira, Campinas, SP
2013
– “Trigêmeos Ciclistas – Mais de Mil Brinquedos”, Sesc Pompéia, São Paulo, SP
– “UTROPIC”, Centrum Cztuki Wspólczesnej, Wskansenie Miniatur W, Polônia
2011
– “Raiso de Sol – Oxigienio”, Parque Buenos Aires, São Paulo, SP
2010
– “Buenos Livros – Oxigênio”, Parque Buenos Aires, São Paulo, SP
– “Ondas d’água”, lago da praça do Sesc Belenzinho, São Paulo, SP
– “A terceira Margem do rio”, AmBev/Trip – marquise do Ibirapuera, São Paulo SP
2009
– “Buenos livros – Oxigênio”, Parque Buenos Aires, São Paulo, SP
2007
– “Muro das Lamentações”, Ciclo Multicultural, Centro de Cultura Judáica, São Paulo, SP
– “Palíndromoscópio, Nó na Língua”, Sesc 25 de maio, São Paulo SP
2006
– “Parede em Movimento”, Projeto parede, Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP
– “Linhas de água – Luz da Luz”, Sesc Pinheiros, São Paulo, SP
– “Cataventos”, Off Bienal, Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo, SP
2005
– “Garoa Modernista”, projeto Octógono, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
– “Pinacotrens”, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
2003
– “Mesas de pensar roupa”, 15º São Paulo Fashion Week, São Paulo, SP
2001
– “Ciclo Cine”, El Foco, Casa das Caldeiras, São Paulo, SP
2000
– “Garoa Modernista”, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, SP
– “Ciclo Cine”, Free Jazz, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, RJ
1994
– Periscópio, Arte Cidade II, Belo Horizonte, MG
1993
– “Páginas Preciosas, templo mídia”, Galeria Luisa Strina, São Paulo, SP
1992
– “Música ao Vivo”, Centro Cultural UFMG, Belo Horizonte, MG
– “Video Games Mesmo”, Forum BHZ de Vídeo, Belo Horizonte, MG
– “Tora! Tora! Tora!”, Columbia, EUA
1991
– “Cosmos, um passeio no infinito”, Museu de Arte de São Paulo, SP
1989
– “Auditório para Questões Delicadas”, Lago do Ibirapuera – SMC, São Paulo, SP
1988
– “Trens em Casa”, Design Store, São Paulo, SP
1986
– “Eletro Esfero Espaço”, A Trama do Gosto, Fundação Bienal, São Paulo, SP
Performances
2015
– “Ludo Voo”, Ciclo “O que não é performance?”, Coletivo sem Título, Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo, SP
– Apresentação do “kit de identificação e sobrevivência para curadores”, Artivação, Curso de Laboratório de Curadoria, Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP
– “Perfor 6”, Biciclóptica, Largo da Batata, São Paulo, SP
2012
– “Heli Cubo”, II Circuito Rgional de Performance Bode Arte, Natal, RN
2009
– “Máquinas V”, Teatro Aliança Francesa, São Paulo, SP
2008
– “3 – Pequeno repertório de performances: Eletroperformance”, “Máquinas III e IOU – a fábula do cubo e do cavalo”, Teatro Aliança Francesa, São Paulo, SP
2002
– “22 Antes e Depois”, Pocket Opera, Sesc Ipiranga, São Paulo, SP
2001
– “Máquinas II”, Teatro do Centro da Terra, São Paulo, SP
– “Cinco Séculos de Silêncio”, com Marcelo Bratke, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
2000
– “Máquinas II”, Teatro Alfa, São Paulo, SP
1999
– “Máquinas II”, Teatro Cultura Artística, São Paulo, SP
1992
– “Máquinas e Motores na Sociedade”, Teatro Crowne Plaza, São Paulo, SP
1990
– “10 Cenas com um Armário”, Securit, Museu da Imagem e Som, São Paulo, SP
1985
– “Eletro Performance”, 18ª Bienal Internacional de São Paulo, SP
– “Estranha Descoberta Acidental”, 18ª Bienal Internacional de São Paulo, SP
Trabalhos urbanos
2015
– “3 setas”, intervenção urbana, vídeo
– “Áreas verdes”, intervenção urbana, vídeo
– “ALEX ALEX”, Dia do Graffiti, Centro Cultural de São Paulo, SP
2014
– “Ulysses, o elefante biruta”, Parque da Pedreira, Campinas, SP
2012
– “Conjunto eólico Claudio, Leonardo e Orlando Villas Boas”, Parque Estoril, Base 7, São Bernardo do Campo, SP
2005
– “Relógio Lúdico”, Escola Carlitos, São Paulo, SP
Cenografia
2008
– “O casal”, Walter Breda, Sesc Pinheiros, São Paulo, SP
– “Pocket Trilhas”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
2007
– “O barbeiro de Sevilha” (estudo), Teatro Municipal de São Paulo, SP
2005
– “Cosi fan Tutte”, Teatro São Pedro, São Paulo, SP
2004
– “Encontro Improváveis”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
– Rádio Ipiranga, Sesc Ipiranga, São Paulo, SP
2003
– “Novo de novo – O Brasil de Pixinguinha”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
– “Eu sou a multidão – Vania Abreu”, Teatro Castro Alves, São Paulo, SP
2002
– “22 Antes e Depois”, Sesc Ipiranga, São Paulo, SP
– “Flores de Aço”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
2001
– “Estranho Amor – Olair Coan”, Teatro Maria Della Costa, São Paulo, SP
1998
– Clip Kid Abelha, Flavio Colker
1995
– “Futebol” (adereços), Centro Cultural FIESP, São Paulo, SP
1995
– “Eugênia Melo e Castro”, Sesc Pompéia, São Paulo, SP
1983
– “Tubarões Voadores”, Arrigo Barnabé, Sesc Pompéia, São Paulo, SP
Televisão
1991
– “Encontro com a Arte e a ciência”, Matéria Prima, TV Cultura
1990
– “Encontro com a arte e a Ciência”, TV MIX IV, TV Gazeta
Livros publicados
2015
– “Arte é Energia”, IOK
– “inveja e FUTURO”, edições do autor
2014
– “ouvieri”, edição do autor
2013
– “80 desenhos”, Dash Editora
2010
– “omemhobjeto guto lacaz”, Editora Décor Books
2007
– “GRÁFICA e inveja”, Arte Moderna Estudio
2006
– “Santos = Dumont designer”, MCB SP
2005
– “Chita Seda”, Arte Moderna Estudio
2004
– “The book is on the table”, Arte Moderna Estudio
2003
– “Contas Anacíclicas”, Arte Moderna Estudio
2000
– “Desculpe a Letra – desenhos”, Ateliê Editorial
1990
– “Poemas Minerais”, Arte Moderna Estudio
Livros ilustrados
2014
– “Manifesto Verde”, Ignácio de Loyola Brandão, Global
2013
– “Peter e Wendy”, Cosac Naif
– “h’e outros bichos inteligentes”, Ronald Polito, Editora Dedo de Prosa
2012
– “O zum-zum-zum das letras”, Silava Tavano, Ediora Moderna
2011
– “Esqueleto, Tomate e Pulga”, Ricardo Azevedo, Ô Zé Editora
– “O menino arteiro”, Gil Veloso, Editora Dedo de Prosa
2009
– “Como criar passarinho”, Bartolomeu Campos Queirós, Global
2006
– “Somos todos Igualzinhos”, Bartolomeu Campos de Queirós, Global
– “Haicais”, Wandi Doratioto, edição do autor
2005
– “Tudo tem a sua história”, Duda Machado, 34 Letras
– “Poesia marginal”, Cabelos ao vento, Editora Ática
2004
– “Histórias do sr. K”, Marcos Ferreira, CD
– “O livro da primeira vez”, Otavio Frias Filho, Cosac Naify
2002
– “Mandaliques”, Tatiana Belinck, 34 Letras
2001
– “Minas de forno e fogão”, Maria Stella Libânio, Papagaio
2000
– “A vila e o vulcão”, Guto Lacaz, Projeto
2000
– “Histórias com bichos”, Duda Machado, 34 Letras
1998
– “O galo Pererê”, Luiz Raul Machado, Ediouro
1997
– “Balé dos Skazkás”, Katia Canton, DCL
1995
– “Num zoológico de letras”, Régis Bonvicino, Maltese
1990
– “Maga neon”, Claudia Alencar, Massao Ono
1978
– “Cândida e o cotidiano”, Cândida Botelho, edição da autora
– “Lighter English”, David Draper, Editora Ática
1977
– “Antes que eu me esqueça”, Roberto Bicelli, Feira de Poesia
1975
– “Ciências”, Carlos Vilela, Atual
1974
– “Atividades em língua Portuguesa”, Sargentini, IBEP
Projetos especiais
2011
– Painel/tapume interativo para a obra de construção da sede de A Casa
– Novo voo Collectania – Collectania
2010
– Atividade artística para 100 convidados VIP do BB, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
2007
– Exposição didática sobre prevenção e tratamento de doenças no intestino – AB… (em produção)
2003
– Natal FIESP – decoração externa, Centro Cultural FIESP, São Paulo, SP
2002
– Vitrine viva NOKIA, Uma
2001
– Apresentação do Linho Votorantin, Antiquário
– “O ar”, exposição didática, Cine Unibanco
2001
– Estação Beyleis 5 sentidos, Campos do Jordão, SP
1999
– Stand Translor, lançamento da cegonheira high tech, Salão do Automóvel
1998
– Stand OMO, Convenção Gessy Lever, Rio de Janeiro, RJ
1997
– Vitrine Havaianas – Mostra Nacional de Vitrines, Shopping Morumbi, São Paulo, SP
– “Polipropileno”, exposição lúdica, Shopping Paulista, São Paulo, SP
1996
– Stand MaxService, Feira da Eletricidade, Anhembi, São Paulo, SP
– Painel história da gravação Sonora, Shopping Ática, São Paulo, SP
1995
– Laboratório lúdico – Avon, Feira da cosmética
– Bossa Nova – Instalação Cinética para a apresentação da escala cromática 95/96, 14ª Mostar Moda Tecido UNIT Verão 95/96
– Roda pião – Vitrine Infantaria
1994
– Exposição didática sobre prevenção, tratamento e transplante de fígado, Shopping Eldorado, São Paulo, SP
1990
– Lançamento das Camas Auping – Collectania/Museu da Casa Brasileira
1988
– Vitrine Brhama – Exposição Nacional de Vitrines, Shopping Morumbi, São Paulo, SP
1987
– Silhuetoscópio, espaço Unibanco de Cinema
Criação de troféus
2006
– TAM 30 anos – homenagem da Rede Globo
– FIAT 30 anos – homenagem da Rede Globo
2000
– Troféu Fundação Faculdade de Medicina – financiadores da reforma e restauro do prédio da faculdade de Medicina USP
– Melhor documentário -Associação Brasileira de Documentaristas
1998
– Festival do Minuto e Sky TV – Tres melhores filmes
1993/8
– Nova de Ouro – Melhor anúncio publicado – Editora Abril
1995
– Melhores Diretores de Arte – Clube de Criação de São Paulo
1992
– Trofæeu Video Brasil – Melhor video – ACVB
– Troféu 4 Rodas – Carro do ano – Editora Abril
1991
– Aniversário Tramontina – Rede Globo
1990
– Troféu Video News – Os melhores do ano – Revista Video News
– Bernie Ecclestone – Homenagem da Rede Globo X anos de Fórmula 1 no Brasil
– DPZ 25 anos – homenagem da Rede Globo
Atividade didática
2011
– Introdução à escultura cinética – mecânica para artistas – Sesc Pompéia, São Paulo, SP
2003/2004/2005
– Professor de Design Experimental – Pós Graduação – Senac
– Professor em cursos livres, festivais, programações culturais e empresas: Artur e Daniela Cole,Festival de Inverno de Belo Horizonte, Festival de Inverno de Ouro Preto, Festival de Inverno de Diamantina, Festival de Inverno de Antonina, Festival de Governador Celso Ramos, Projeto Ágora Curitiba, Universidade Federal do Espírito Santo, Secretaria Municipal de Fortaleza, Escola Guinhard, FUMEC Belo Horizonte, MAM SP, Oficinas Culturais Oswald de Andrade, SENAC, Secretaria Municipal de Cultura de Santo André, Itaú Cultural, Sesc Ipiranga, ABRINQ, FAAP, Anhembi Morumbi, MuBE, ABDesign, Faculdade de Arquitetura Belas Artes, Facudades Integradas de Guarulhos, Encontro Nacional dos Estudantes de Design/Salvador Bahia, ABD Salvador, PUC SP, Boehriguer, Gessy Lever, Basf e ITO
1990
– Professor de Escultura IV – Faculdade de Artes Plásticas Santa Marcelina, São Paulo, SP
1984
– Professor de Mensagem da Faculdade de Arquitetura da Belas Artes, São Paulo, SP
1981/1983
– Professor de Ilustração e Projeto no Colégio IADê, São Paulo, SP
1978/1980
– Professor de Comunicação Visual – Artes Plásticas PUC Campinas, SP
– Professor de Desenho de Arquitetura –Artes Plásticas PUC Campinas, SP
Prêmios
2013
– Prêmio FUNARTE de Arte Contemporânea 2013
2007
– Prêmio APCA – Obra Gráfica
2006
– Centenário da Asas – cem anos do vôo do 14 bis – Academia Brasileira de Aeronáutica – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP
2005
– Promessa de pescador -Melhor trabalho – voto dos colegas – A Imagem do som de Dorival Caymmi – Paço Imperial Rio de janeiro, RJ
2002
– 5 Melhores Designers Gráficos – Revista Design Gráfico – Market Press Editor
– Estação Baileys – Melhor Atividade de Percepção de Marca no Global AMPRO Awards – instalação interativa – Campos do Jordão, SP
2000
– 10 Melhores Designers Gráficos – Revista Design Gráfico – Market Press Editora
1999
– Melhor Portfólio – Revista Design Gráfico – Market Press Editora
1998
– Broadcasting Video Awards – Vinheta Mundo Animal GNT
– Melhor Portfólio – Revista Design Gráfico – Market Press Editora
– Melhor Trabalho – O Som da Imagem de Caetano Veloso – Paço Imperial Rio de Janeiro, RJ
1995
– Bolsa John Simon Guggenheim Memorial Foundation
1992
– Prêmio ABERJ – Guia Papaiz Itália 90 – Papaiz
– Prêmio Excelência Gráfica ABIGRAF – Personagens Femininos de Vânia Toledo
1991
– XVI Prêmio Abril de Jornalismo – ilustração
1990
– XIII Prêmio Abril de Jornalismo – ilustração
1988
– Prêmio APCA -Novas Mídias
1986
– Troféu Creme de la Creme – Harpias e Mansfield
1985
– Prêmio Espaço Luminária – Phillips MIS
1984
– Prêmio Espaço Luminária – Phillips MIS
1983
– X Prêmio Abril de Jornalismo – ilustração
1978
– 1ª Mostra do Móvel do Objeto Inusitado – MIS
Outros
2013/2014
– colaborador da revista OCAS
1997/2014
– colaborador da revista Caros Amigos com a página “um desenho”
2007/2013
– colaborador da revista Wish report com o editorial Pares Ímpares
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