(ultima atualização em julho/2016)
Niterói, RJ, 1972.
Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ.
Indicado ao PIPA 2016.
Embora tenha cursado a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro, RJ), Lancellotti pode ser considerado um autodidata, pois foi partindo do envolvimento prático e simultâneo com o trabalho em diversas áreas que se desenvolveu como artista. É no trânsito entre a música e as artes plásticas que se localiza a especificidade de sua obra, sempre fruto de parcerias e colaborações em meio às quais é possível vislumbrar um forte traço de sua personalidade, a saber, o fazer com, seja música com artes visuais, cinema com música, performance com culinária, composições coletivas.
“Lancellotti se apropria de elementos da cultura pop e da tradição musical brasileira para elaborar uma narrativa ao mesmo tempo irônica e melancólica sobre o tempo presente. Localizada no trânsito entre a música e as artes plásticas, sua obra é fruto de parcerias e colaborações em meio às quais é possível vislumbrar o desejo pelo diálogo, no qual surgem traços de uma ética do mutirão, típica das periferias cariocas. O lugar intermediário de autor híbrido – presente tanto nas colaborações quanto na música em interseção com as artes visuais, com o cinema, ou a performance – é explorado como espaço de potência, onde a presença do interlocutor é decisiva para a conformação da obra”. – Por Solange Farkas
Site: domenicolancellotti.com.br
Video produzido pela Matrioska Filmes com exclusividade para o PIPA 2016:
“Projeção”, 2012. Duração: 02’26″.
Direção Domenico Lancellotti | Edição Paulo Camacho
Fragmento do vídeo feito durante a Rio Occupation London, Londres, Inglaterra.
“The good is a big god”, 2012. Duração: 03’12″.
Direção Domenico Lancellotti | Edição Paulo Camacho
Fragmento do vídeo feito durante a Rio Occupation London, Londres, Inglaterra.
“Cine Privê”, 2011. Duração: 04’44″.
Concepção Domenico Lancellotti, Felipe Rocha e Clara Cavour | Direção Clara Cavour | Edição Clara Cavour e Domenico Lancellotti
“Vamos Estar Fazendo”, 2011. Duração: 52’44”.
Direção Domenico Lancellotti e Daniel Carvalho | Edição Daniel Carvalho
“Aeroporto”, 2004. Duração: 04’13”.
Direção Domenico Lancellotti | Edição Quito Ribeiro
“Alegria vai lá”, 2002. Duração: 03’24″.
Direção Domenico Lancellotti | Edição Quito Ribeiro
Domenico Lancellotti pode ser considerado um autodidata, embora tenha cursado a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro, RJ). Pois foi partindo do envolvimento prático e simultâneo com o trabalho em diversas áreas que se desenvolveu como artista, seja nas artes plásticas, na música ou na intercessão de ambas. Assim, é exatamente no trânsito entre a música e as artes plásticas que se localiza a especificidade de sua obra, sempre fruto de parcerias e colaborações em meio às quais é possível vislumbrar um forte traço de sua personalidade, a saber, o fazer com, seja música com artes visuais, cinema com música, performance com culinária, composições coletivas.
Compositor, músico, performer, artista plástico, produtor, em 2001, junto a Kassin e Moreno Veloso formou o coletivo “+2” , grupo experimental que a cada trabalho alternava a figura de frente, embora mantendo o controle coletivo de todas as etapas de produção, da concepção de som e imagem até a finalização dos cinco álbuns lançados.
O “+2” também elaborou instalações de arte, como o trabalho “Alegria Vai Lá” que integrou a exposição “Tropicália”, com curadoria de Carlos Basualdo (MAC Chicago, EUA, 2005; MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ, 2006) e criou performances com vídeo, pintura ao vivo, shows musicais para o MAM-SP (São Paulo, SP), VídeoBrasil (São Paulo, SP), The Walker Art Center (Minessota, EUA), Art Institute (Chicago, EUA) e Barbican (Londres, Inglaterra).
Em 2012, foi um dos trinta artistas cariocas selecionados para o “Rio Occupation London”, ocupação artística brasileira que tomou a cidade de Londres, Inglaterra, durante os Jogos Olímpicos. Nessa ocasião, iniciou as gravações para o seu próximo disco, concebido como trilha sonora para um filme média-metragem de arte realizado em colaboração com a diretora Maria Borba. Além desse trabalho, realizou uma série de performances que envolviam música e culinária, dentro do projeto dirigido por Christiane Jatahy, uma das curadoras da ocupação.
No ano seguinte, a convite do festival In Drama (Casa França Brasil, Rio de Janeiro, RJ) montou a performance “Boca de Ouro”, inspirada no texto de Nelson Rodrigues, onde as atrizes Alice Ripoll e Camila Pitanga e o dentista Otávio Machado incorporavam os arquétipos que se confundiam com o público que transitava dentro de uma arcada dentária elaborada com instrumentos da escola de samba Império Serrano pintados de dourado e tocados pelos ritmistas.
Domenico também colaborou como músico, compositor, cenógrafo ou diretor de arte com outros artistas, tais como: Adriana Calcanhotto, Arto Lindsay, Cabelo, Caetano Veloso, Chelpa Ferro, Chiara Banfi, Chrissie Hynde, Christiane Jatahy, Cristina Moura, Danilo Caymmi, Domingos de Oliveira, Gal Costa, Gilberto Gil, Hamilton Vaz Pereira, Jorge Mautner, Laura Lima, Lenora de Barros, Lucia Koch, Luiz Zerbini, Michel Groisman, Sérgio Bernardes, Titãs, entre outros.
Atualmente, em vias de lançar seu segundo álbum solo, também participa dos projetos: “Dissonâmbulos”, onde, com Chiara Banfi e Bruno Di Lullo , desenvolve e apresenta esculturas sonoras em performances nas galerias de arte e casas de show; “Vamos Estar Fazendo”, duo de improvisação com o músico Pedro Sá; “Orquestra Imperial”, banda de gafieira que fundou em 2002 com outros dezoito músicos do Rio de Janeiro; e “Meia Banda”, que resulta de sua parceria com o compositor e baixista Bruno di Lullo.
Domenico também desenvolve trabalhos com pintura, técnica mista sobre papel, tela e madeira, tendo participado de diversas exposições coletivas e individuais desde 1992. Sua mais recente mostra de pinturas aconteceu em dezembro de 2015 na Feira, espaço de arte e design localizado na Antiga Fábrica da Bhering, no Rio de Janeiro, RJ.
2016
– Cria a trilha sonora para a peça “A menina do dedo torto” com direção de Pedro Brício
2015
– “Meia Banda e Cameratta Monoaural”, Festival Multiplicidade, Rio de Janeiro, RJ
– “Ruim” – com Chelpa Ferro, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ
– Lança o disco “Meia Banda”
– Realiza a direção musical do espetáculo Wally Salomão Poesia Total, SESC Vila Mariana, São Paulo, SP
– Cria a trilha Sonora para a peça “E se elas fossem para Moscou” com direção de Christiane Jatahy
– Produz o disco “Don Don” de Danilo Caymmi
2014
– Participa da Turnê “Gilbertos Samba” com Gilberto Gil, colabora também com o cenário e a capa do álbum
– Produz o disco “Zabelê” de Zabelê
– Realiza a instalação sonora “Cine Privê” com Chiara Banfi, Capelinha de Inhotím, Brumadinho, MG
2013
– Realiza a performance sonora “Taksi + Gary Stewart, Festival Multiplicidade, Rio de Janeiro, RJ
– Participa da Rio Occupation Londres, Inglaterra
– Realiza a instalação sonora “Cine Privê” com Lucia Koch, Galeria Nara Roesler, São Paulo, SP
– Participa da turnê “Recanto Escuro” com Gal Costa
– Cria a trilha sonora para o espetáculo “Síndrome de Chipanzé” com direção de Alex Cassal
– Cria a trilha sonora para a peça “Momo e o senhor do tempo” com direção de Cristina Moura
2012
– “Vamos Estar Fazendo” (com Pedro Sá), Festival Multiplicidade, Rio de Janeiro, RJ
– “Vamos Estar Fazendo”, lançamento do filme no Solar do Unhão, Salvador, BA
– Cria a trilha sonora para a peça “Modéstia” com direçnao de Pedro Brício
– Cria a trilha sonora para o espetáculo de dança “Peça Coração” com direção de Cristina Moura
– Cria a trilha sonora para o espetáculo “O Homem Vermelho” com direção de Marcelo Braga, Walter Carvalho, Simone Spoladore
– Cria a trilha Sonora para o “Cinema Sombra” filme de 100 horas com direção de Laura Lima, Casa de Cultura Eva Klabin, Rio de Janeiro, RJ
2011
– Realiza a performance “Boca de Ouro” Casa França Brasil, Rio de Janeiro, RJ
– Participa da turnê “Micróbio do Samba” com Adriana Calcanhotto
– Lança o disco “Cine Privê”
– Cria a trilha sonora para a peça “O menino que vendia palavras” com direção de Cristina Moura.
– Cria a trilha sonora e atua no espetáculo “ObsCena” com direção de Christiane Jatahy
2010
– Junto ao “+2” faz a trilha sonora para o espetáculo “Ímã” do Grupo Corpo
2009
– Colabora com o vídeo, “Ao redor de 4:33” para a artista Lenora de Barros apresentado na 7ª bienal do MercoSul, Porto Alegre, RS
– Participa da turnê Partimpim 2, de Adriana Calcanhotto
2008
– Junto ao “+2” participa da exposição “Tropicália”, Museu de arte Moderna de Chicago, USA; Barbican ist. Londres, Inglaterra; Museu de arte Moderna do Rio de Janeiro, RJ
– Participa da turnê “Maré” de Adriana Calcanhotto
2007
– Lança o disco “Os Ritmistas”
– Co-produz a faixa “Dreamland” de Caetano Veloso para o album tributo a Joni Mitchell
2004
– Participa da Turnê “Cantada” de Adriana Calcanhotto
2001
– Junto a Moreno Veloso e Kassin, forma o grupo “+2” com 5 discos lançados entre 2001 e 2009
– Faz o cenário e capa do album “A melhor banda de todos os tempo da ultima semana” dos Titãs
2003
– Realiza a performance “Deus nos guiando no escuro” para o 14º Festival Video Brasil, São Paulo, SP
– Faz o cenário do show “Ventura” de Los Hermanos
2002
– Realiza a direção de arte do filme “Tamboro” de Sérgio Bernardes
– Funda a Orquestra Imperial junto a outros 18 músicos com 2 discos e 2 DVDs lançados
– Participa da Performance “Autobang” do coletivo Chelpa Ferro, Bienal de São Paulo, SP
– Participa da turnê “Eu não peço desculpa” de Caetano Veloso e Jorge Mautner, colaborando também com o cenário e a capa do album
2000
– Exposição “Os órgãos dos santos” galeria da UNB, Brasília, DF
1998
– Exposição “Time”, no museu do Solar Montny, PUC-RJ, Rio de Janeiro, RJ
– Lança pela editora 7 Letras o livro “Cavalo com três Pernas”
1998 a 2001
– Trabalhou como assintente do artista Luiz Zerbini em seu atelier
1994
– Lança o disco “Mulheres que Dizem Sim”
1992
– Exposição “Novíssimos”, galeria do IBEU e Museu do Ingá, Rio de Janeiro, RJ
1991
– Participa da turnê “Chico em Cy” com o Quarteto em Cy
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