Vitoria, ES, 1971.
Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ.
Com formação em música, piano e composição, escrita e eletroacústica, Paulo Vivacqua elabora sua obra a partir de um cruzamento de planos sonoro, plástico e linguístico. Suas esculturas, objetos e ambientes sonoros ativam narrativas do espaço, paisagens temporárias. Os primeiros trabalhos procuram por este território híbrido entre som/tempo e o espaço físico/localizado; “Paisagens Subterrâneas” (2000) e “Mobile” (2000) trazem esse deslocamento de processos de criação e procedimentos aplicados a composição musical e apresentações para um novo contexto de interação e contemplação das pessoas com a obra. Em 2001 recebe a Bolsa Virtuose (Minc) com o projeto “Instalação Sonora” a convite da Apexart Gallery em Nova Iorque, EUA, para um programa de residência.
As instalações “Sound Field” (2002), “Escape” (2003), “Residuu” (2005) [5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS, Brasil] e “Sentinelas” (2004, 2008) [Prêmio Arte e Patrimônio 2008], são obras que se relacionam intrinsecamente com o ambiente e a arquitetura a sua volta. Através de dispositivos visuais e sonoros localizados estrategicamente no espaço, indicam caminhos invisíveis em um lugar vazio, onde os sons sugerem narrativas imaginárias ao longo do espaço e do tempo, como em uma composição aberta, de múltiplas entradas e saídas, de acordo com a complexidade das camadas sonoras. Ambientes imersivos onde o dispositivo (alto-falantes, ..) e seu entorno, sujeito e obra se complementam ou se confundem.
As esculturas e objetos geralmente operam neste cruzamento entre a fisicalidade dos materiais e equipamentos utilizados (vidro, plástico, luz fria, falantes, dispositivos eletrônicos, granito ou metal, espelhos, ..), suas formas plásticas e visuais com sons e silêncios ou simplesmente a idéia de um som, determinado ou não. Um som leva a um pensamento ou imagem interior que, por sua vez, evoca uma atmosfera, uma sonoridade.
Atualmente tem aprofundado essa interdependência entre os domínios plástico, sonoro e linguístico. Alguns destes trabalhos trazem os elementos relacionados funcionalmente com a produção do som, alto falantes, fios, materiais acústicos, etc, totalmente “desfuncionalizados”, servindo apenas como dispositivo mental para a imaginação de um som ou a pura expectativa de qualquer coisa que venha a soar ou mesmo, falar [“Palavras Cruzadas”, Arte e Patrimônio, Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ, 2008], [“Interpretação”, 30ª Bienal de São Paulo, SP, 2012].
Exposições individuais
2013
– “Interpretação”, Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro, RJ
2012
– “Ohm”, Galeria Moura Marsiaj, São Paulo, SP
2011
– “Interestelar Cluster”, SP Arte, São Paulo, SP
– “kms5n6j6jw6EHkuhuf7ytgEQg4jk46a45h”, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, RJ
2010
– “Ectoplasma”, Galeria Moro, Santiago, Chile
2009
– “V(ar)iações”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro, RJ
2008
– “Palavras Cruzadas”, Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ
– Galeria Murilo Castro, Belo Horizonte, MG
– “Sentinelas”, Prêmio Arte e Patrimônio, Palácio Capanema, Rio de Janeiro, RJ
2007
– Galeria Matias Brotas, Vitória, ES
2006
– “Visita”, Projeto Respiração – Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro, RJ
– “Nympheas”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro, RJ
2005
– “O Feitiço”, Galeria de Arte do IBEU, Rio de Janeiro, RJ
– “The Legend of The Lake”, Art in General, Nova York, EUA
2003
– “Instalasônica”, Capacete, Rio de Janeiro, RJ
2002
– “Escape”, El Museo del Barrio, Nova York, EUA
2000
– “Mobile”, Ateliê Finep, Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ
Exposições coletivas
2015
– Espaço Art Contemporânea, Arte Clube Jacarandá, Rio de Janeiro, RJ
2014
– “Intervenções Bradesco ArtRio”, Praça Paris, Rio de Janeiro, RJ
– “Singularidades/Anotações” – RumosArtesVisuais 1998 – 2013, Itaú Cultural, São Paulo, SP
– “Ouvir com os Olhos”, Marcos Chaves e Paulo Vivacqua, Los Nuevos Sensibles, Valparaiso, Chile
2013
– Land der Zukunft, Berlin, Germany
2012
– 30ª Bienal de São Paulo, SP
– “Pastores”, I Bienal de Montevideo, Uruguay
2011
– “Sublevação, Multiplicidade”, Casa França Brasil, Rio de Janeiro, RJ
– “Projeto Cavalo”, Oi Futuro, Rio de Janeiro, RJ
– “Novas Aquisições Gilberto Chateaubriand”, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ
2010
– “Porto de Aproximação”, “A Céu Aberto”, Casa França Brasil, Rio de Janeiro, RJ
2009
– 63º Salão Paranaense, MAC – Paraná, Curitiba, PR
– “Nova Arte Nova”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP
2008
– “The Warsaw Experience 01”, Galeria Lokal_30, Varsóvia, Polônia
– “Anêmona, N-Múltiplos”, Galeria Murilo Castro, Belo Horizonte, MG
– “Nova Arte Nova”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ
– “Alga, Arquivo Geral”, Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Rio de Janeiro, RJ
– “Anjo, Poética da Percepção”, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ
– “lug(AR)”, Museu Vale do Rio Doce, Vitória, ES
– “Deserto, Arte e Música”, Conjunto Cultural da Caixa, Brasília, DF
2007
– “Real Imaginário, Museu como Lugar Museu Imperial, Petrópolis, RJ
– “Deserto, Futuro do Presente”, Itaúcultural, São Paulo, SP
– “Deserto, Equatorial Rhythms”, Stenersen Museum, Oslo, Noruega
2006
– “Nympheas, Geração da Virada”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP
– “Deserto, Câmaras de Luz”, Oi Futuro, Rio de Janeiro, RJ
– “No Fear, Contra Golpe”, Instituto Divorciados, Berlim, Alemanha
– “Stereo Desert, Open Studio Project”, The Townhouse Gallery, Cairo
– “Sala de Estar”, Prêmio Projéteis Funarte, Funarte, Rio de Janeiro, RJ
2005
– “Residuu”, 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS
– International Biennale of Contemporary Art 2005, National Gallery, Praga, República Checa
– “A Lenda do Lago 2.1, Arte Brasileira Hoje”, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ
2004
– “Sentinels, “Treble””, Sculpture Center, Nova York, EUA
2003
– “Iron Works”, The Brewster Project, Brewster, Nova York, EUA
– “Escape”, Zagreb Bank, 22º Music Biennale Zagreb, Croácia
– “Radio Polyphony”, The Thing / Diapason Gallery, Nova York, EUA
2002
– “Sound Field”, “Sound in the Landscape”, The Fields Sculpture Park, Ghent, Nova York, EUA
2000
– “Paisagens Subterrâneas”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Projetos sonoros, shows e rádio
2005
– RADIO INCORPOREA – Vivacqua/Marulanda, Art in General, Nova York, EUA
2004
– Rio Sound and Art Projects, Live Constructions, WKCR FM, Nova York, EUA
– Contra Bossa – BBC – The World Today Sound Art, Londres, Inglaterra
– Debussy Bach Restaurant, “Isto é Música (?/!)”, CCBB, Rio de Janeiro, RJ
Bolsas, residências e prêmios
2008
– Prêmio Arte e Patrimônio – Iphan 70 anos
2006
– Open Studio Project, Cairo, Egito
– Prêmio Projéteis Funarte
2001
– Bolsa Virtuose – MINC – Brasil
Obras em acervos
– Coleção Gilberto Chateaubriand
– Coleção Fundação Vera Chaves Barcelos
– Patricia Cisneros
– Thyssen-Bornemisza