(ultima atualização em março/2022)
Riachão do Jacuípe, BA, 1953.
Vive e trabalha em Riachão do Jacuipe, BA.
Representado pela galeria Paulo Darzé.
Indicado ao PIPA 2011.
Iniciou a sua carreira em 1976. Seus trabalhos chamam atenção em suas formas, volumes, espaços, movimentos, e a escolha dos materiais. Em sua trajetória o artista se move em uma busca incessante de precisão técnica por meio de uma pesquisa incisiva e paciente, através de uma linguagem contemporânea de tratar a matéria. Fica evidente em sua arte o como chão a sua terra, saberes e fazeres de sua gente. Florival torna-se um tradutor do sentimento de universalidade do mundo que vive na sua aldeia, portas do sertão baiano.
É recipiente de prêmios como: Mambembão (1978), Martins Gonçalves (1978), FUNARTE – Xilogravura (1980) e Animathon – Filme de Animação pelo Office National du Film du Canadá (1986). Possui obras no acervo do MAM-BA, no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana e na Biblioteca da Universidade da Bahia.
Video feito pela Matrioska Filmes com exclusividade para o PIPA 2011.
Das exposições coletivas, destacam-se: “Quatorze Artistas”, Galeria Mundo da Arte (Salvador, BA, 2001), Bienal de Buenos Aires (Argentina, 2002), “Artistas Contemporâneos”, Galeria Paulo Darzé (Salvador, BA, 2006) e “Mercado Cultural”, Foyer do Teatro Castro Alves (Salvador, BA, 2008). Das individuais recentes, destacam-se: “Labirintos”, Galeria ACBEU (Salvador, BA, 1995), “Escultural e Objetos”, MAM-BA (Salvador, BA, (1998) e “Florival Oliveira”, Museu Regional de Feira de Santana, (Feira de Santana, BA, 2009.
Por Célia Maria Baldas Mallett
… Suas figuras inéditas são fruto, segundo Florival, de uma contrição muito grande. Acho que encontrei o ambiente adequado para fazer esses trabalhos. Quando examino as gravuras sinto que seu inconsciente externou coisas relacionada com sua terra, Riachão do Jacuípe. Mesmo que intencionalmente o artista não tenha desejado expressar, vejo dentro do universo dos seus sentimentos a forte presença do vaqueiro, dos bois, do facão – instrumento de trabalho indispensável ao homem do campo – e peças ou ferramentas de fechar cancelas, cunhas, enfim, toda uma simbologia nordestina.
Exposições individuais
2019
– Individual, Galeria Paulo Darzé, Salvador, BA
2015
– “Triangulação”, itinerante entre Goiania, GO; Salvador, BA; Fortaleza, CE
– Circuito das Artes, Salvador, BA
– “Tempo e Linguagem”, Galeria Paulo Darzé, Salvador, BA
– SP Art, São Paulo, SP
– ArtRio, Rio de Janeiro, RJ
2014
– SP Art, destaque da 10ª edição, São Paulo, SP
– ArtRio, Rio de Janeiro, RJ
– 3ª Bienal da Bahia, Salvador, BA
2013
– Individual, Museu Palacete das Artes, Salvador, BA
2011
– Indicado ao Prêmio PIPA, Rio de Janeiro, RJ
2009
– “Florival Oliveira”, Museu Regional, Feira de Santana, BA
2003
– Pintura e Escultura, Posto Aguia, Riachão do Jacuipe, BA
2002
– Esculturas, Galeria ACBEU, Salvador, BA
2000
– Esculturas, Escola de Belas Artes / Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
1999
– Esculturas, Galeria ACEBEU, Salvador, BA
1998
– “Escultura e Objetos”, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
1997
– “Tempera”, Oficina de Arte e Galeria, Riachão do Jacuipe, BA
1995
– Instalação: “Labirintos”, Galeria ACBEU, Salvador, BA
1993
– Escultura e Pinturas, Galeria ACBEU, Salvador, BA
1989
– Gravuras, ArteNata Galeria, Salvador, BA
1988
– Pinturas, Galeria Bar Pituaçú, Salvador, BA
Exposições coletivas e Salões
2009
– “Circuito das Artes”, Aliança Francesa, Salvador, BA
2008
– “Tridimensionais”, Mercado Cultural, Foyer do Teatro Castro Alves, Salvador, BA
2006
– “Artistas Contemporâneos”, Galeria Paulo Darzé, Salvador, BA
2005
– 14ª Arte Bahia, edición Argentina, Buenos Aires, Argentina
– “Pintura BA”, Salvador, BA
– “FIB, A Arte da Madeira”, Museu de Arte da Bahia, Salvador, BA
– “Panorâma da Arte Bahia”, IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia, Salvador, BA
– “Art-for sale”, ACBEU, Salvador, BA
2003
– “Art for sale 2003”, Mercado Cultural, Galeria ACBEU, Salvador, BA
2002
– “Pintura Bahia”, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
– Bienal de Bueno Aires, Buenos Aires, Argentina
2001
– “Quatorze Artistas”, Galeria Mundo da Arte, Salvador, BA
1999
– “Rio de janeiro – 450 anos”, Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
– “Arte Salvador 450 anos”, PR Arte, Fundação Cultural de Curitiba, Solar do Barão, Curitiba, PR
– “100 Artistas Plásticos”, Museu de Arte Sacra de Salvador, Salvador, BA
– “Arte Salvador 450 anos”, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
1998
– V Salão Nacional de Arte, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
– “Tropicalia 30 Anos”, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
– “Bahia Paris”, Galeria Magnan, Paris, França
1996
– Galeria ACEBEU, Salvador, BA
1994
– “Exu”, Casa de Jorge Amado, Salvador, BA
– I Salão Nacional de Artes, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
– “Hors lá/BA”, Sebrae Pelourinho, Salvador, BA
1993
– Encontro de Paises Latino Americanos, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
1992
– Galeria do ACBEU, Salvador, BA
1991
– Galeria do DESEMBANCO, Salvador, BA
1990
– “Colagem”, Galeria do ICBA, Salvador, BA
– Professores da Oficina do MAM, Museu de Arte Moderna da Bahia, MAM-BA, Salvador, BA
1989
– “Escultura”, Biblioteca Central de Salvador, Salvador, BA
– “E o Lixo dançou”, Teatro Castro Alves, Salvador, BA
– “Gravura Arte Maior”, Galeria Canizares, Salvador, BA
1988
– Instituto do Cacau, Salvador, BA
– “Dez Gravadores Baianos”, Galeria O Cavalete, Salvador, BA
– Feira de Cultura Baiana, Buenos Aires, Argentina
– Galeria Fazarte, Salvador, BA
1987
– Galeria Raimundo Oliveira, Feira de Santana, BA
1986
– Galeria Época, Salvador, BA
– Galeria o Cavalete, Salvador, BA
– “O Galpão”, Salvador, BA
– Galeria do ACEBEU, Salvador, BA
1985
– “Geração 70”, Museu de Arte de Salvador, Salvador, BA
– “Origem da Paz”, Museu de Arte de Salvador, Salvador, BA
– “Caligrafia e a Escritura Brasileira”, FUNARTE, Rio de Janeiro, RJ
– “Desenho Brasileiro”, Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ
– Painel coletivo na Escola de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
– Painel sobre a semana do Índio, ICBA, Salvador, BA
1984
– Encontro de Artistas Brasileiro, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
– “Artistas no Centro de Convenções”, Salvador, BA
– Painel coletivo no muro do Rio Vermelho, Salvador, BA
– Exposição coletiva de gravura, MAM-BA, Salvador, BA
1983
– Circuito de Arte do Nordeste, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
– Coletiva em Feira de Santana, Clube de Campo Cajueiro, Feira de Santana, BA
– Painel coletivo Muro do Rio Vermelho, Salvador, BA
– Exposição de Gravura, Solar do Ferrão, Salvador, BA
1982
– Painel do Cine Glauber Rocha, Salvador, BA
– Painel coletivo Escola Parque, Salvador, BA
1981
– “35 Anos da Gravura”, EBA/UFBA, Salvador, BA
– IV Salão Nacional de Artes, Rio de Janeiro, RJ
– Encontro de Artistas do Nordeste, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
– “Coletiva SBPC”, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
1980
– “Poemas Cartazes”, Galeria ICBA, Salvador, BA
– Semana Franco Brasileira, MAM-BA, Salvador, BA
– “AgoraMostraSete”, Museu de Arte Moderna, MAM-BA, Salvador, BA
1979
– Galeria Canizares, Salvador, BA
– I Salão de Artes Plásticas Universitária Hoje, TCA/EBA, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
– IV Salão Nacional Universitario, Florianopolis, SC
– Galeria do ICBA, Salvador, BA
– Gabinete Portugues de Leitura, Salvador, BA
– Galeria Atelier, Vitoria da Conquista, BA
– Encontro Regional de Bolsa Artes, EBA/UFBA, Salvador, BA
– “Cadastro”, Museu de Arte Moderna MAM/BA, Salvador, BA
– “Coletiva”, Prefeitura Municipal de Santo Amaro, Santo Amaro, BA
– I Feira de Ideias, Salvador, BA
1978
– Salão Baiano de Artes Visuais, TCA/EBA, Universidade Federal de Brasília, Brasília, DF
1977
– Semana Experimental de Arte, EBA/UFBA, Salvador, BA
1976
– “Clube Euterpe”, I Feira Experimental de Arte, EBA, Universidade Federal da Bahia, Riachão do Jacuipe, BA
Prêmios
1986
– Filme de animação “Garrancho”, Office nacional du film du Canadá, Universidade Federal da Bahia
1980
– V Salão Nacional Universitário, Salvador, BA
– Animathon
1978
– Prêmio Mambembão
– Prêmio Teatro Livre da Bahia, Oxente Gente Cordel
– Prêmio Martins Gonçalves
– Prêmio Teatro Livre da Bahia, Gracias a lá Vida
– Prêmio FUNARTE – Xilogravura
Obras em acervo
– Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, BA
– Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana, BA
– Acervo do ACBEU, Salvador, BA
– Biblioteca da Universidade da Bahia, Salvador, BA
– Museu Regional de Feira de Santa, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA
Entrevista por email para Informe Agosto
Florival Oliveira, nascido em Riachão do Jacuípe, Bahia, onde vive, em 18 de agosto de 1953, iniciou sua carreira em 1976, participado de várias individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Além de prêmios, sua obra está representada em acervos: Museu de Arte Moderna, Salvador/Ba; Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana/Ba; ACBEU, Salvador/Ba; Biblioteca da Universidade da Bahia; Museu Regional de Feira de Santana/Ba.
Você nasceu em Riachão de Jacuípe, cidade no interior da Bahia, porta para o sertão. O que há de sua cidade, de sua gente, de sua infância como campo de referência ou de investigação na sua arte? Mas, ciente de você residir em Riachão, qual a tradução exata na sua obra de sua terra natal?
“Vejo-me dentro de um caldeirão fervente em ebulição”. A minha cidade fica à beira de um rio que é afluente do Paraguaçu, formando o vale do Jacuípe. Neste espaço forjou uma vida entrelaçada com a macambira, a palmatória, a gerema etc. Rasteiro como teiú, o couro foi a vestimenta que lutou contra as intempéries, fez gado, curral, aboio e ferrão, marca de um quinto da produção. Administrando uma economia, chega-se ao barroco tardio de influências mouras, neoclássica, e eclética. A modernidade é algo que adentra pela porta do sertão, o Museu do Sertão com o seu acervo de pintores ingleses e retrato de mulata de Di Cavalcanti ficaram marcados na minha memória em 1960. Revistas e livros da biblioteca Machado de Assis, acervo particular, e o ritual de todos os dias pegar o jornal ao meio-dia vindo da Bahia, que é como se chamava cidade do Salvador, a capital, com as notícias da construção de Brasília (Lucio Costa e Oscar Niemeyer). Na escolha pelo lugar, questões de sensibilidade: o ar e o chão, “seco e quente no verão, seco e frio no inverno, e muita salinidade no chão”. É um bom lugar para morar. Gosto da paisagem contrastante, seco esturricante e verde veronese, vejo o mar na minha frente e a brisa constante do nascente para o poente. As ferramentas de trabalho foram reveladoras e como aprendiz o olhar ficou em primeiro plano, quase não dando permissão para falar. Uma grande escola a céu aberto. O artista manifesta desejo absoluto, entrega constante, e um andar sempre. Como são pequenas as minhas pernas, escolhi aqui para ficar.
Você entra na arte baiana num momento de intensa relação dos jovens artistas com a pintura, mas você escolhe a gravura. Como foi trabalhar nesta “contramão” e após a Bahia ter vindo de uma plêiade de gravadores?
O meu inconsciente lavado por um estado de êxtase foi determinante. Sei que tinha algo a resolver e muito difícil pelo sufoco da vida solitária. Desprendida das questões materiais vindo de momentos de incertezas e restrições, teria que organizar uma linha de ação. Veio-me o cinema, o teatro, a fotografia, a gravura e neste período era necessário fazer algo para que pudéssemos avançar. Qualquer coisa é possível de gerar conceito e ser linguagem. Vi na leitura de Paulo Freire com a didática, no roteiro de pinhão de motor, com o super 8, no teatro com “Oxente Gente Cordel”, e na semana experimental de arte a relação com o neo-construtivismo (Hélio Oiticica, Ligia Clark), um posicionamento político e o pensamento aberto a todas as possibilidades de ação. Um aprendizado técnico acontece: folha de madeira compensado apodrecida na parede do galpão da escola e um desenho. Recortei nestas placas soltas do entremeio a matriz da xilogravura. Foi a ação inserida no universo da gravura, finalizando o meu curso de Licenciatura em Desenho e Plástica pela EBA/UFBA em 1980.
Também ainda nesta escolha, a gravura ia de encontro a um mercado que se insinuava naquele momento, o que não deixava de o tornar “diferente” dos demais. A sua arte, com essa escolha, está desde sempre determinada apenas por viabilizar a sua expressão, a expressão de sua linguagem, sua aventura pessoal? O detrimento deste “mercado” seria como não trair a sua vocação?
A responsabilidade, o contesto e a escolha por determinados suportes insere-me no universo do pensamento plástico visual, “as oficinas”, o suficiente para entender estas duas relações mercado e linguagem.
Também como “contramão”, qual a razão de você realizar poucas exposições, exibir de menos os seus trabalhos, não se mostrar mais apesar de ter uma obra tão significativa? Temperamento? Características do trabalho? Visão pessoal sobre mostras de arte? Só fazer quanto possui algo bem significativo dentro da obra?
Várias exposições foram feitas em coletivos e individuais, o que perpassa aí trinta anos de trabalho interruptos. E veja você que haveria de ter algo que fosse norteador enquanto fomentador para um número cada vez maior de pessoas com interesse para as artes plásticas e visuais. Vi aí a necessidade de trabalhar para a formação de um público e espaço para que artistas tivessem possibilidades de desenvolver a sua linguagem ampliando os cursos livres e espaço de produção. O trabalho, resultado da minha pesquisa, foi todo ele mostrado na cidade do Salvador.
Vejo seu trabalho tratando essencialmente de problemas de linguagem da arte, formas, volumes, espaços, movimentos, materiais, a busca de uma precisão técnica através de uma pesquisa incisiva e paciente por esses terrenos. Como vê essa leitura sobre a sua obra?
São as ferramentas que tenho nas mãos. As questões teóricas servem para dar uma orientada, não tenho preocupação e sim prazer. As referências históricas estão nos livros. O percurso da arte é para mim é livre como a água das grotas que percorre os rios levando para o mar os sais da terra.
Como é deflagrado dentro de você o seu processo de criação. Uma imagem, um material, um gesto, uma palavra. O quê?
O olhar dos movimentos rítmicos, um atleta, um dançarino, a música (percussão), faço essa relação com o tridimensional. O som para mim tem a ver com a pintura, com a poética da cor. É um gesto, uma escrita, caligrafia, o oriente dentro do ocidente, Kandinsky, Duchamp, Brancusi, Rodchenko, Max Bill, Jesus Souto, Torres Garcia, Rubem Valentin, Agnaldo dos Santos, Mario Cravo Júnior e muitos outros importantes artistas que vislumbram em minha cabeça. Assim como a fotografia e o cinema de animação tem favorecido para uma leitura do contemporâneo, garimpando nos resíduos fagulhas de realidades, a exemplo do jornal, dos objetos utilitários e descartáveis, junções estas de formas e agrupamentos de elementos seqüenciados (madeira).
Junto a sua obra nas artes visuais, você é professor e coordenador das Oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia, e há uma geração mais nova passando por este caminho. Fale um pouco sobre esta atividade docente e este contato como os mais jovens.
São de utilidade pública, prestam serviços à sociedade, é um espaço diferenciado do contexto, livre e gratuito, assim como todo ensino público, o que portanto devem ser preservadas e dotados de condições necessárias ao bom funcionamento. É gratificante por existir nas relações e nas interações, processos laboratoriais de trocas, e espaço aberto sem divisões e inter-relacionamento das atividades especificas. Observa-se a existência de um trânsito interno que circulam por todos os processos com escolhas independentes em graus e níveis de conteúdos. Aluno é o artista e o artista é o professor.
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