Ana Mazzei completou sua graduação em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e seu mestrado em Poéticas Visuais na UNICAMP. Em 2011/2012, participou do Programa Independente da Escola São Paulo (PIESP), dirigida por Adriano Pedrosa. Em 2013/2014, a artista foi selecionada para uma residência na Cité des Arts em Paris com uma bolsa de estudos da FAAP.
Ana Mazzei nasceu e mora em São Paulo. Bacharel em Artes Plasticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP- São Paulo) Mestre em Poéticas Visuais pela UNICAMP-SP. Em 2013 foi selecionada como artista residente na Cité Internationale des Arts – Paris com bolsa fornecida pela FAAP. Em 2011/12 participou do Programa de Estudos Independentes da Escola São Paulo (PIESP) dirigido por Adriano Pedrosa. É membro e fundadora do Teatro Facada.
Formação
2011 – 2012
– Programa de Estudos Independentes da Escola São Paulo (PIESP) dirigido por Adriano Pedrosa, São Paulo, SP
2008 – 2010
– Mestrado em Poéticas Visuais, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP
2002-2006
– Bacharel em Artes Plásticas, Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), São Paulo, SP
Residências artísticas
2014
– Pivô: Pivô Pesquisa, São Paulo, SP
2013 – 2014
– Cité Internationale des Arts, Paris, França
2013
– Casa Tomada, São Paulo, SP
2012
– PAF Perform Art Forum, St. Erme, França
2011
– Red Bull House of Art, 5ª Edition, São Paulo, SP
Exposições individuais
2016
– “Moving in Straight lines”, Fundacion Saludarte, Miami, Estados Unidos
– “Demasque et nu”, Galerie Emmanuel Herve, Paris, França
2015
– “Speech about the sun”, Galeria Davide Gallo, Milão, Itália
– “O monólito e a Sentinela”, Pivô, São Paulo, SP
2014 – 2015
– “Avistador de Pássaros”, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, SP
2014
– “Se disser que fui Pássaro”, Galeria Jaqueline Martins, São Paulo, SP
– “Et nous, nous marchons inconnus”, Galerie Emmanuel Herve, Paris, França
2013
– “Couvert de Son Manteau Couleur Safran”, La Maudite, Paris, França
2012
– “Ela caminha em direção à fronteira”, Galeria Zipper, São Paulo, SP
2010
– “Amigo estranho”, Galeria Polinesia, São Paulo, SP
Premiações
2005
– Bolsa de Estudo Anual de Arte Faap, São Paulo, SP
2013
– Residencia Artistica Faap – Cité Internationale des Arts, Paris, França
Exposições coletivas
2016
– 32ª Bienal Internacional de São Paulo – Incerteza Viva, São Paulo, SP
– “Quadro, Requadro”, Instituto Tomie Othake, São Paulo, SP
2014
– “Carne de minha perna”, Gallerie Emmanuel Hervé, Paris, França
2013
– “Escalas”, Estudio Alvaro Razuk, São Paulo, SP
2012
– Salão de Arte Contemporânea do Paraná, MAC, Curitiba, PR
– Exposição da PIESP, Instituto Cervantes, Sao Paulo, SP
– “Nichi nichi kore ko niche”, Espaço Phosporus, São Paulo, SP
2011
– Museu de Arte de Ribeirão Preto, MARP, Ribeirão Preto, SP
– “Red Bull House Of Art”, 5ª Edição, São Paulo, SP
– “Sem Nome”, Espaço Phosphorus, São Paulo, SP
2010
– “Vistas a perder de vista”, Galeria Penteado, Campinas, SP
– “TRANS_ imagem”, Galeria Virgilio, São Paulo, SP
2009
– “Lo-fi Kibutz”, Galeria Polinésia, São Paulo, SP
2008
– “Colônia Selvagem Show Room”, Galeria Polinésia, São Paulo, SP
– “Wet Blue – Paisagens Salgadas”, Espaço Casa de Quem, São Paulo, SP
– “3,4,5…mulheres”, Espaço Casa de Quem, São Paulo, SP
2004/2003
– 35° Anual de Arte FAAP, São Paulo, SP
– 34ª Anual de Arte FAAP, São Paulo, SP
– 33ª Anual de Arte Faap , São Paulo, SP
– “Anita”, Edifício Lutetia, São Paulo, SP
– “LABOR II”, São Paulo, SP
Projetos especiais e publicações
2014
– “Citadela” – Projeto Solo para a Liste Art Faire – Basel com Galeria Jaqueline Martins
2007 – 2001
– Membro e fundadora do Teatro Facada
Se disser que fui pássaro
Por Ana Mazzei
Faço minhas notações como se contasse uma história, pois quando criança aprendi, em minha terra natal, que o deserto cresce e encobre desertos e que as histórias são uma só.
Ouvi que existiam terras longamente sonhadas, descritas, procuradas e registradas, que mais tarde sumiriam. Para encontrá-las precisaria de coordenadas precisas e uma visão de sobrevoo incapaz de fixar o olhar numa coisa só, e, quando isso acontecia, ela era reconhecida pelo símbolo de uma outra coisa: quase sempre do alto e de longe, numa perspectiva distanciada – aquela que faculta uma “noção de conjunto” – e que permite trabalhar com as escalas da estratégia.
Olho para fotografias de cidades e plantas de arquitetura que já se encontram num estado de suspensão por sua própria condição, habitando o campo das identidades flutuantes, numa espécie de limbo, esquecidas nas prateleiras de arquivos ou mesmo acondicionados em caixas de papelão aos montes, sem nenhum critério de classificação. Por terem perdido sua função utilitária – de localização – passam a povoar o campo do não-referencial, do não-pertencimento. Elementos combináveis e intercambiáveis entre si, onde o cerne está nas condições inerentes ao arquivo, um quebra-cabeça sem fim, uma utopia, isto é, mundo imaginário, onde tudo obedece às suas próprias leis; um outro mundo, cuja topologia cunhada no espaço aéreo evoca, ao lado do arquétipo do “habitai ideal”, um grande sonho, o de deslocar-se solto no ar, ascender às alturas infinitas, atingir um absoluto, tornar-se imortal.