São Gonçalo, RJ, 1980.
Vive e trabalha em Salvador, BA.
Nascido na região metropolitana do Rio de Janeiro, RJ, mudou-se para Salvador, BA, em 2008 para estudar na Escola de Belas Artes da UFBA. Desde então, desenvolve suas pesquisas artísticas em torno do ambiente, da cultura e das relações afetivas e sociais na Bahia, sobretudo em Salvador.
Trabalha com performance, instalação, fotografia, vídeo e desenho. Investiga estética e pensamento artísticos contemporâneos através de ações performáticas e relacionais. Atualmente investiga símbolos do imaginário religioso e da miscigenação brasileira.
Em 2013 recebeu o prêmio do Salão de Artes Visuais da Bahia e em 2014 participou da 3ª Bienal da Bahia e da 31ª Bienal de São Paulo.
“Qui_zera”, 2014, 3’49”
Abertura da 3ª Bienal da Bahia (Reencenação), no Mosteiro de São Bento, Salvador, BA
Captação de Imagens: Alfredo Mascarenhas, Caio Rubens, Gillian Villa, Isbela Trigo e Lara Carvalho
Edição: Isbela Trigo
“Caboclo dos Aflictos – São Jorge Elevador”, 2014, 3’37”
Ocupação na Igreja dos Aflitos durante os 100 dias da 3ª Bienal da Bahia, Salvador, BA
Captação de imagens / Edição: Isbela Trigo
“Recanto dos Aflitos”, 2014, 5’00”
Parteda instalação “Casa de Caboclo”. 31ª Bienal de São Paulo, SP
“Café com Zmário + elepês de Gal… = tente uma nova aos pés do Caboclo”, 2012, 1’07”
Exposição “Levando os elepês de Gal para passear”, 2012, Galeria ACBEU, Praça Dois de Julho, Salvador, BA
Vídeo: Arthur Scovino
“O pôr do sol, o ciúme e o velho Chico”, 2011, 5’12”
Levando os elepês de Gal para passear no Vale do São Francisco, Juazeiro,BA e Petrolina,PE
Vídeo: Euriclésio Sodré
Por Vanda Klabin – curadora
O seu pensar artístico traz uma espécie de tonalidade experiencial e atua como um conjunto visual que configura diferentes áreas estéticas. Scovino mergulha em um território ambíguo, uma imersão quase litúrgica, como uma oferenda, um ato religioso, que mescla erotismo, rituais e incorporação de mitologias como um meio de conhecimento e como uma forma de estar no mundo. Busca um olhar interativo com o espectador e ativa uma pulsão pelo caráter hibrido de seu trabalho pois é uma forma de atuação estética vinculada ao campo da performance.
Por José Bento Ferreira – crítico de arte
[Texto escrito para a Revista Bahia Ciência – 27 de julho de 2015 – Edição 4 – http://bahiaciencia.com.br/2015/07/artista-oracular/]
… A apropriação do universo de referências religiosas não ocorre sem certa resistência às regras inerentes a toda religião. “Performance é ritual”, afirma Scovino, que se diz fascinado por casamentos e batizados. Na Igreja teve o “primeiro contato com a arte”. A livre manipulação dessas referências explicita aquilo que há de artístico nelas.
Missas, rezas e giras são antes de tudo formas de sociabilidade e podem ser consideradas simbolicamente. O mesmo vale para as imagens, sejam elas exógenas (exteriores) como as imagens cristãs e a iconografia da MPB, ou endógenas (interiores), como o Caboclo e as personagens dos romances.
Scovino trabalha para libertar imagens dos contextos originais e extrair de rituais religiosos a matéria-prima da arte relacional. As formas tradicionais de sociabilidade parecem mais humanas em contraste com a coisificação do convívio nas sociedades modernas.
As próprias convenções do mundo da arte tornam-se visíveis. Em certa medida, a Bienal de Arte já havia sido confrontada com essa realidade humana quando a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi montou um “terreiro” com ex-votos, imagens de santos e de orixás para a exposição “Bahia no Ibirapuera”, paralela à 5ª Bienal (1959). Arthur Scovino menciona essa exposição como uma inspiração para o seu trabalho…
Exposições individuais
2013
– “Nhanderudson – numa velocidade estonteante”, Café & Cognac, Salvador, BA
2012
– “Levando os elepês de Gal para passear…”, Galeria ACBEU, Salvador, BA
Principais exposições coletivas e mostras de performances
2015
– “Novos Talentos – Fotografia Contemporânea do Brasil”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, RJ e Brasília, DF
– 31ª Bienal de São Paulo – Obras Selecionadas, Belo Horizonte, MG e Cuiabá, MT
– Salões de Artes Visuais da Bahia – Edição Especial MAM-BA, Salvador, BA
2014
– 31ª Bienal de São Paulo, SP
– 3ª Bienal da Bahia, BA
– “Como refazer o mundo”, Galeria Luiz Fernando Landeiro, Salvador, BA
– Salão de Artes Visuais da Bahia, Barreiras, BA
– “30×30 – pequenos formatos”, SENAC Pelourinho, Salvador, BA e Galeria do CUCA, Feira de Santana, BA
2013
– Salão de Artes Visuais da Bahia, Teixeira de Freitas, BA
– “Poeformances”, Galeria ACBEU, Salvador, BA
– Salão de Artes Visuais da Bahia, Feira de Santana, BA
– III Mostra de Performance da Galeria Cañizares, UFBA, Salvador, BA
– “Reforma e Reinvenção”, projeto “A Sala do Diretor”, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, BA
– “Serviço LeGAL”, Reitoria da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Petrolina, PE
– “José Dirson Argolo – o garimpeiro da arte”, Galeria Cañizares, UFBA, Salvador, BA
2012
– “IX Colóquio franco-brasileiro de estética: Imagem e corpo performativo”, Galeria Cañizares, UFBA, Salvador, BA
– “VISIO. redux”, Galeria ACBEU, Salvador, BA
– ”Paraconsistentes, 25 artistas contemporâneos da Bahia”, Goethe Institute – ICBA, Salvador, BA
– “II Mostra de Performances da Galeria Cañizares”, UFBA, Salvador, BA
– “Mostra de performances Mulheres de Renda – Grupo MAMETO”, Ilha de Maré, BA
2011
– “Abertura da semana Kirimurê – Projeto BTS”, Museu de Arte Sacra, Salvador, BA
– “X Festival de Apartamento”, Campinas, SP
– “I Mostra de Performance da Galeria Cañizares”, UFBA, Salvador, BA
– “Antônio, tempo, amor e tradição”, Galeria Cañizares, UFBA, Salvador, BA
Prêmios
2014
– Salão de Artes Visuais da Bahia, Barreiras, BA (Prêmio do público)
2013
– Salão de Artes Visuais da Bahia, Feira de Santana, BA
Coleções
– Museu de Arte Moderna da Bahia, MAM- BA, Salvador, BA
– Galeria ACBEU, Salvador, BA
Video produzido pela Matrioska Filmes com exclusividade para o PIPA 2014: