(ultima atualização em abril/2023)
Machadinho, RS, 1966.
Vive e trabalha em Campo Grande, MS.
Indicada ao PIPA 2018.
Vencedora do PIPA Online Popular 2015.
Obras na coleção do Instituto PIPA
A obra de Ana Ruas como um todo se elabora a partir de questões próprias da linguagem da pintura, às quais a artista busca resolver, ora preenchendo pequenas ou grandes telas em séries, ora recobrindo superfícies de alvenaria com suas intervenções em ambientes externos ou em ambientes internos de museus e galerias. Tem como pesquisa, num repertório conceitual, a relação do espaço e do lugar habitado. Em 2016, surgiu a série “Floresta Encantada”, com pinturas feitas sobre lona em grandes dimensões, com a coparticipação de crianças.
Site: www.anaruas.com.br
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2018:
“Floresta Encantada”, 2017, 4’46” “Percurso”, 2014, site-specific, 5’22” Ana Ruas- “Intervenção Origami”, 4’11” Projeto “Educando o olhar”, ciclo de palestras e oficinas, 19’47” Projeto “A cor das Ruas” , 14’47” “Ateliê Ana Ruas – Pic-nic in-door”, 1’41” “Construções verticais”, 2011, 6’10” “Lixo Seletivo”, 2009, site-specific, 1′ “Da arte e do lugar”, 2009, site-specific, 1’27”
Contemplando 720 adolescentes – de 2001 a 2004, Campo Grande, MS, 53 bairros envolvidos
A obra de Ana Ruas como um todo se elabora a partir de questões próprias da linguagem da pintura, às quais a artista busca resolver, ora preenchendo pequenas ou grandes telas em séries, ora recobrindo superfícies de alvenaria com suas intervenções em ambientes externos ou em ambientes internos de museus e galerias. Tem como pesquisa, num repertório conceitual, a relação do espaço e do lugar habitado. O desejo de intervir leva a artista a criar arquiteturas efêmeras. As pinturas mostram como é possível criar novas sensações e, portanto, novos significados ao espaço.
Em 2016, surgiu a série “Floresta Encantada”, com pinturas feitas sobre lona em grandes dimensões, com a coparticipação de crianças. Nesta série, a pesquisa está focada na pintura gestual e em formas orgânicas, com mesclas de narrativas imaginárias, de memórias e de registros fotográficos. Cada uma dessas pinturas mede em média 25 metros quadrados. Além de ser o local de produção da artista, o Ateliê Ana Ruas atambém é um laboratório voltado para arte-educação, em busca de poéticas individuais, onde, crianças e adultos experimentam e vivenciam processos em artes visuais. O espaço acolhe, convida, reúne e hospeda pessoas interessadas em discutir assuntos que permeiam a contemporaneidade, possibilitando assim, intercâmbios entre artistas, críticos e curadores.
Ana Ruas busca respostas para as relações entre as formas e as cores, o tempo e o espaço, o atelier e a cidade. Para cada uma assume um papel e um compromisso, seja como arte-educadora no seu ateliê; como cidadã estendendo um olhar diferenciado para a cidade; como artista abrindo novas possibilidades para discussão sobre Arte Contemporânea, refletindo sobre o lugar que ocupa como sujeito no espaço da cidade.
“A obra de Ana Ruas”, 2011
Por Maria Adélia Menegazzo, professora da UFMS e crítica de arte – ABCA/MS
A obra de Ana Ruas como um todo se elabora a partir de questões próprias da linguagem da pintura, às quais a artista busca resolver, ora preenchendo pequenas ou grandes telas em séries, ora recobrindo muros ou, ainda, se divertindo com o jogo do palimpsesto nas paredes de seu atelier. Em todas essas possibilidades, busca respostas para as relações entre as formas e as cores, o tempo e o espaço, a tela e o texto, o atelier e a cidade. Para cada uma assume um papel e um compromisso, seja como professora de crianças e adultos no atelier; como cidadã estendendo um olhar diferenciado para a cidade; como artista abrindo novas possibilidades para adolescentes e crianças de bairros periféricos ou, enquanto ela mesma, refletindo sobre o lugar que ocupa como sujeito no espaço da cidade.
Transita, então, do particular para o público com a mesma urgência e necessidade, o que a leva também ao colecionismo como fonte de criação. Riscos de bordados, vidros com sobras de linhas de bordar e costurar, medidores de leite em pó, tecidos que em outros tempos serviram de roupas, cobertas e toalhas, como também pincéis, espátulas e paletas estabelecem um contraponto original para a compreensão de seu universo. Ana não os utiliza diretamente, mas partem de sua presença as configurações da memória e da expressão de uma subjetividade em constante procura e formação. Nesta medida, experimenta vários suportes, abusa rigorosamente de cores, de texturas, de técnicas, mostrando não apenas o resultado, mas também a operação descontinuada que faz parte do processo de criar uma obra.
As telas se configuram a partir de vivências e experiências de seu dia-a-dia. O que pode ser mais comum do que um garfo, mais íntimo e mágico do que contar histórias ou mais prazeroso do que jogar-se em uma boa rede? Todas as suas telas resultam em séries nas quais procura equacionar problemas essencialmente pictóricos, que vão da monocromia – seus tons, semitons, suas vantagens ou desvantagens, à visibilidade das pinceladas, ao uso da colagem, por exemplo. Como resolver estas questões que também são solicitações dos temas escolhidos? Daí começa o seu processo pessoal de seleção e manipulação para chegar ao projeto da tela. Que expressividade possui determinada cor quando assume uma pequena superfície? Qual o grau de intensidade quando em um plano maior? Cada hesitação resulta em um novo caminho, abre novas possibilidades. Vamos encontrar respostas nas obras prontas, mas já como problemas parcialmente solucionados.
O desejo de intervir no olhar domesticado e dotar a cidade com novas perspectivas, pelo menos do ponto de vista das cores, leva a artista a criar arquiteturas efêmeras. São as intervenções realizadas em viadutos, paredes cegas ou muros, capazes de imprimir um caráter de ilusão e magia apagando momentaneamente a superfície-objeto como realidade. O mesmo ocorre nas intervenções em ambientes internos, como museus e galerias. São, antes de tudo, pinturas liberadas de qualquer finalidade prática, mas que, aliadas ao embrutecimento provocado pelo hábito, criam novas sensações e, portanto, recobrem o espaço de novos significados.
Nas paredes, Ana se dedica também ao jogo entre a forma e a memória do desenho. O que estava materialmente inscrito perde contornos e nitidez e se torna mais um registro, um “instantâneo-eterno”. Mantém, deste modo, um experimento no tempo e no espaço, um palimpsesto, uma forma velada e que, ao mesmo tempo, sempre poderá voltar à cena como reminiscência.
Assim, a obra de Ana Ruas se configura entre dois pólos, o da materialidade e o da efemeridade. As formas convencionais e os pontos de vista que entram em conflito com a realidade são experimentações próprias de uma poética na qual recortar, colar e montar ou recordar e refazer são movimentos produzidos com a mesma intensidade. Sem limites ou exageros, eles são partes de um processo particular que sustenta toda sua produção.
Educação Exposições Individuais (seleção) Exposições Coletivas (seleção) Principais Intervenções e Site-Specifics Prêmios Projetos Arte-Educação
2003
– Especialização em Arte e Novas tecnologias pela UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS
– “Procedência e Propriedade”, com Charles Watson, Rio de Janeiro, RJ
1989
– Bacharelado e licenciatura em Artes Plásticas pela UPF, Passo Fundo, RS
2017
– “Floresta Encantada”, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2016
– “Estratégias para dimensionar a delicadeza e o afeto”, Galeria Andrea Rehder, São Paulo, SP
2014
– “Plano B”, pintura sobre alvenaria, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2010
– “Construções Verticais”, pintura sobre alvenaria e pilhas de tijolos, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2009
– “Redário”, Centro Cultural Otávio Guizzo, Campo Grande, MS
2008
– “Era uma vez’, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2000
– “Bandeiras”, Espaço Cultural Morada dos Baís, Campo Grande, MS
1996
– “Garfos”, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2018
– “Dialetos 2”, curadoria de Paulo Henrique Silva, CCSP, São Paulo, SP
– “Scapeland – Território Livre”, curadoria de Laerte Ramos, Galeria Marta Traba, Memorial da América Latina, São Paulo, SP
2014
– “Mais para o Centro”, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
– 20º Salão Anapolino, Anápolis, GO
2013
– 19º Salão UNAMA de pequenos formatos, UNAMA, Belém, Pará
2012
– “Na dimensão da sutileza”, Centro Cultural Otávio Guizzo, Campo Grande, MS
2011
– “Dialetos”, Galeria de Arte Frei Confaloni, Goiânia, GO (itinerâncias também Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO, e no Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS)
– Salão de Arte do Centro-Oeste, Centro Cultural UFG, Goiânia, GO
2005
– “Fotografia”, Projéteis de Arte Contemporânea, FUNARTE, Rio de Janeiro, RJ
2000
– “Brasil 500 anos” Espaço Cultural Morada dos Baís, Campo Grande, MS
2017
– “Escada”, pintura latéx sobre alvenaria, Bonito, MS
2015
– “Degraus”, pintura sobre alvenaria, Ateliê Ana Ruas, Campo Grande, MS
2014
– “Memória”, pintura sobre alvenaria, Escuela Provincial Pascuala Mugaburu, “Bienal del Fin del Mundo”, Mar del Plata, Argentina
– “Janelas”, pintura sobre alvenaria, Unzue, “Bienal del Fin del Mundo”, Mar del Plata, Argentina
– “Percurso”, fachada do Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP), Cuiabá, MT
2012
– “Origami com linha vermelha”, Via Park, Campo Grande, MS
– “Pic-nic In-door”, Ateliê Ana Ruas, Campo Grande, MS
2011
– “Labirintos e formigas”, Ateliê Ana Ruas, Campo Grande, MS
2010
– “Redes”, Espaço Cultural Morada dos Baís, Campo Grande, MS
2009
– “Lixo seletivo”, Festival de Arte da Cidade, Ateliê Livre, Porto Alegre, MS
– “Da arte e do lugar”, Pinacoteca da UFAL, Maceió, AL
2008
– Pintura sobre superfícies de viadutos e passarelas: “Origami”, Viaduto Nain Dibo, Campo Grande, MS; “Terena”, Viaduto residencial DHAMA, Campo Grande, MS; “Kadiwéu”, Viaduto Mascarenhas de Moraes, Campo Grande, MS; “Projeção”, Viaduto Pedro Chaves dos Santos, Campo Grande, MS; “Trilhos”, Viaduto Euler de Azevedo, Campo Grande, MS
2004
– “Balaústre”, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
1996 – 2000
– Pintura sobre superfícies de viadutos e passarelas; “Passarela”, Campo Grande, MS ; “Gravatá”, Viaduto Ricardo Brandão, Campo Grande, MS; “Sombras”, Passarela na Rua Maracajú, Campo Grande, MS; “Ferrovia”, Passarela Rua Antonio Maria Coelho, Campo Grande, MS
2015
– Vencedora do PIPA Online (Voto Popular) 2015
2013
– Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais pelo projeto “Entre Vários Olhares – da Pintura à Intervenção”
2002
– Projeto A Cor das Ruas, Projeto Nacional Cidadania, Anuário TELECOM, Campo Grande, MS
1999
– Prêmio XII Salão de Arte Contemporânea de MS, Campo Grande, MS
2017
– Projeto “Campo Aberto para Artes Visuais em MS – Seminário, Oficinas e Ações Educativas”, março a setembro, Campo Grande, MS
2014
– “Artes Visuais em MS – Processos Compartilhados, Oficinas e palestras”, viabilizado pelo Fundo de Investimentos Culturais de MS (FIC)
– Seminário “Entre Vários Olhares – da Pintura à Intervenção”, Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais, Ateliê Ana Ruas e Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2013
– “Educando o Olhar”, Ciclo de Palestras e Oficinas, Fundo de Investimentos Culturais de MS (FIC), Ateliê Ana Ruas, Campo Grande, MS
2008
– “Leitura de imagens”, Fundo de Investimentos Culturais de MS (FIC), Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2001-2004
– Projeto “A Cor das Ruas”, 54 bairros de Campo Grande, MS, 720 adolescentes, Lei Rouanet e Lei Estadual de Cultura de MS, Campo Grande, MS
2015
– Palestrante “Reasons and strategies to avoid the stereotypical drawing at school”,67th OMEP World Assembly and Conference, Washington DC, EUA.
2014
– Conversa no “IV seminário Diálogos Visuais e Culturais” no cenário da pesquisa em MS, MARCO, Campo Grande, MS
– Workshop “Intervenção”, para acadêmicos curso de arquitetura da UNIGRAN Dourados; Workshop “Desenho – IV Manhã Cultural – Publicidade e Propaganda”, UCDB, campo Grande, MS
– Workshop para professores, Seminário da OMEP, Campo Grande, MS
2011-2014
– Projeto “Educando o Olhar”, Ateliê Ana Ruas, Campo Grande, MS
2012
– Workshop para acadêmicos – University of Wisconsin Oshkosh, Oshkosh, WI, EUA. Palestra “Art urban interventions”, University of Wisconsin Oshkosh, Oshkosh, WI, EUA.
2008
-Oficina para a I Semana Nacional de Museus, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS; Oficina “Leitura de imagens para professores”, Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul (MARCO), Campo Grande, MS
2005
– Texto na Revista Pátio. Ano IX Número 35. Agosto/Outubro 2005
2004
– Texto no www.artenaescola.org.br. Uma experiência de Produção criativa. 2005
2001
– Oficina “Idealização e coordenação do Projeto a Cor das Ruas”, 54 bairros de Campo Grande,MS
1999
– Oficina no Encontro Estadual de Educação Infantil da OMEP, UFMS, Campo Grande, MS
Vídeo produzido pela Matrioska Filmes com exclusividade para o PIPA 2015:
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