Formação
- Universidade FUMEC – Bacharel em Psicologia 2011 – 2016
- Centro Interdisciplinar em Culturas, Artes, Linguagens e Tecnologias (CICALT MINAS) – Curso Técnico em Artes Visuais -2018 até 2021
- Palácio das Artes – Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart – Arte educação – 2021 a 2022
Formações transversais
2023
Do Calundu ao Cangerê: a floresta sagrada centro-africana como fundamento político-espiritual das culturas afro-brasileiras! como o Historiador Rafael Galante
2022
Ouvinte na matéria de “Meios de Produção da Arte Contemporânea” – FAU-USP com o curador Agnaldo Farias
2021
Mentoria em Artes Visuais – Ateliê 397 – São Paulo
Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) – Curso básico de Arte Educação
Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) – Curso básico de Curadoria – em formação
Curso de Extensão ‘Saberes e Cura” -UEMG
2020
Arena da Cultura – Curso introdutório ao audiovisual -2020
TRILOGIA DO CORPO: PESQUISA E CRIAÇÃO NO DOCUMENTÁRIO – Escola Diáspora
2019
Oficina cadeia produtiva nas artes visuais – MUNA- Belo Horizonte, Minas Gerais
Premiações
- Prêmio Vozes Agudas -2020
- Prêmio Itaú Cultural – 2020
- 7º Prêmio BDMG CULTURAL/FCS – 2021
Exposições individuais
2022
EXPOSIÇÃO TERREIROS- AS MARGENS DO VELHA – BDMG CULTURAL
2020
EXPOSIÇÃO CORPOREIDADE – GALERIA PUC/MG
Exposições Coletivas
- Exposição coletiva virtual do Feminino na arte RJ- 2020
- Exposição coletiva virtual do Feminino da arte para o Memorial Getúlio Vargas – RJ – 2020
- Exposição coletiva virtual do projeto Arca da Diversidade e laboratório criativo como o projeto de oficina de criação do e-caderno – 2020
- 1º simpósio on-line de artes visuais CICALT/MINAS , Corpo, arte e registro na pandemia -2020
- Exposição Ateliê é mina, é ruína, é caco e é minério – 2021
- Exposição ‘Imagens de si: narrativas autobiográficas’ -2021
- EXPOSIÇÃO COLETIVA VOZES AGUDAS NA GALERIA JAQUELINE MARTINS / São Paulo 2021
- EXPOSIÇÃO COLETIVA VOZES AGUDAS NA GALERIA KARLA OSORIO / BRASÍLIA 2021
- EXPOSIÇÃO COLETIVA : Corpo, território decolonial | Instituto Se Toque – 2022
- EXPOSIÇÃO VERBO – Galeria Vermelho / São Paulo -Galeria Chão SLZ -2022
- EXPOSIÇÃO MAA- Mitre Galeria/ Minas Gerais -2023
Festivais
- Projeto #paranossosvizinhosdesonhos para o Solar dos abacaxis em – 2020
- Festival Internacional de arte do Rio de Janeiro- FIAR 2021
- Festival perpendicular – Rua como um espaço utópico – 2021
- 10ª Edição do SEGUNDA PRETA – Teatro Espanca – 2021
- III Festival Formas Breves – Mostra Profissional – 2021
- MIP4 – Mostra internacional de performance -2021
- Festival de cenas curtas – Galpão Cine Horto – 2022
- Festival Online Performance Art – Nova York – 2022
- Festival Arte e Vertente- Tiradentes – 2022 a 2023
Residências artísticas
- RESIDÊNCIA PRETA: PEMBA – SESC BRASIL – 2022
- RESIDÊNCIA ARTISTA LAB CULTURAL – BDMG – 2021
- RESIDÊNCIA ARTÍSTICA O Programa Emergencial de Residência Artística – iai / Ouro Preto – 2021
- RESIDÊNCIA ARTÍSTICA FESTIVAL DE ARTES NEGRAS – FAN/BH – 2019
CURAR TEMPO
A cultura popular da cidade de Sabará, se formou dos contributos filosóficos e artísticos dos diversos povos negros, majoritariamente dos povos ‘Bantu’ de Angola e Kongo, que habitaram aquela região, antes e durante a exploração comercial colonial portuguesa nos séculos XVI a XVIII. Entretanto, nas representações em destaques, nomes de ruas e monumentos, não encontramos associação, homenagem ou se quer menção dessas habitações. Estas manifestações negras, continuam presentes até o dia de hoje, pela performance dessa cultura e memória através dos descendentes desses povos.
Curar Tempo é como denomino essa pesquisa artística que propõe ouvir essas pessoas, contar suas histórias e visibilizar através da visualidade fornecida por recursos da fotografia, cartas e falas proveniente da memória oral da população negra Sabarense um olhar decolonial sobre a cidade. Utilizando essas experiências como forma de (re)constituição de testemunhos individuais e grupais, como mecanismo formador e integrante das dinâmicas sociais ali presentes.
Sabará é um município localizado na região metropolitana do estado de Minas Gerais. foi uma região colonizada e explorada, entre os séculos XVI e XVIII, devido a intensa movimentação em busca de ouro pelos grupos armados, porém a origem do povoamento da região é anterior ao período colonial, segundo relatos de moradores, a região era rota de fuga para negros escravizados e local de acolhimento quilombola, para Africanos, assim como no imaginario coletivo, que haviam de diversas sociedades-aldeias Indigenas na região.
Sabe-se no entanto, que diversos testemunhos materiais, foram deixados como vestígios dessas habitações, indo desde a arquitetura, economia e linguística e especificamente na arte e performance civilizacional da cidade, algo perceptível no jeito de falar, lidar e perceber o mundo.
O objeto de investigação desta pesquisa, são os registros escritos e fotográficos remanescente dos acervos familiares negros, visando não só realizar um estudos desses objetos, mas também analisar as dimensões das relações desenvolvidas através desses objetos, testemunhos das expressões culturais, outrora praticadas na cidade. A partir dessa investigação iconográfica, pretende-se analisar as dinâmicas de memória, classe e poder dos objetos-fotográficos de cada família, desde sua tipologia, materialidade, estado de conservação e de acomodação. Na forma de quais condições cada família negra dispõe para preservar seu acervo e o contexto e formas de perpetuação desses objetos e seus legados.
Esse projeto é uma forma de romper o fluxo e colocar ordem ao encarar as imagens e perguntar o que elas querem. É criar a partir dessa perspectiva determinantes que buscam para além do que entendemos como tempo espaço a oportunidade de aqui e agora criamos formas próprias através da arte de ressignificar nossa dívida histórica.
Os registros carregam memórias que podem não ser nossas, porém são representações culturais. Dessa forma , entender os processos de vida de uma população e registrar o mesmo, assim como oportunizar a essas pessoas relatar seus modos de sobrevivência, existência e perpetuação de memória é forma de criar e subverter arte.
Massuelen Cristina