(ultima atualização em março/2022)
Formiga, MG, 1980.
Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG.
Indicado ao PIPA 2020.
Seja pela revivificação de símbolos decadentes, seja pela destruição do objeto eleito, Marc Davi transcorre seu discurso artístico a partir de diversas mídias e de uma rede intrincada de processos simbólicos que se agregam em nome de um esgotamento dos recursos plásticos, como estratégia de deflagração de potenciais poéticos em estado de latência. Seus trabalhos apontam para o confronto entre o caráter movediço das linguagens e a natureza arbitrária da substância que os constitui – e convocam os limites do corpo (e seus reguladores sociais) em direção ao um tensionamento com o real. Ainda que num primeiro momento a regência da imagem prevaleça, um outro discurso subjacente se insinua e revela a problemática de suas propostas: trazer à tona o arcabouço estrutural de silenciamento que se opera em territórios não acessados. Nesse sentido, o artista parte da incompletude da matéria plástica para provocar um engajamento corporal como veículo último de ameaça possível aos sistemas de domínio que incidem sobre o sujeito.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2020:
“MARC DAVI”, 2018. Duração: 6’16”
“Da morte e do amor”, 2016. Duração: 2’55”
Performance no memorial “Ensaio para um corpo”, 2014. Duração: 1’54”
“sendo molestado por um palhaço no atelier”, 2011. Duração: 6’29”
Natural de Formiga, Minas Gerais. Vive e trabalha em Belo Horizonte. Dedica-se ao desenvolvimento de trabalhos que transitam entra as linguagens, com ênfase em performance, escultura e instalação. Com formação em Artes Plásticas – bacharelado em Artes Plásticas na Escola Guignard (UEMG) – e outras áreas do saber – estudou medicina na Faculdade de Medicina da UFMG e bacharelado (incompleto) em Design Gráfico (UEMG). Estudou canto popular na Babaya Casa de Canto (2005-2009) e canto lírico (2009-2019)com Marilene Gangana, Neyde Ziviani e Sergio Anders. Desenvolve atualmente sua pesquisa em artes visuais no atelier ESPAI, em Belo Horizonte. Participou do grupo do Háptico de Sonia Laboriau, na escola Guignard, em 2007-2008 e do grupo de estudos e orientação de projetos com Solange Pessoa, em 2008. Fundador da plataforma Glory Hole, dedicada a experimentações de linguagens, sem categoria nem classificação. Em 2008 realiza a performance ‘Triângulo das delícias” no Instituto Inhotim. Em 2010 participa do filme petit a de Dora Longo Bahia, dentro do projeto Destricted.br e no mesmo ano recebe o convite de Marco Paulo Rolla para participar de suas performances, durante uma semana consecutiva de performances, na mostra dos terreiros da 29ª Bienal de São Paulo. Participou da residência artística CA-BRA (Centro América – BRAsil), em 2011, com jovens artistas de toda a América Latina. Em 2013 realiza sua primeira performance no Museu de Arte da Pampulha, na mostra Outra Presença. Com a mostra “Da morte e do amor – proposições de um aniquilamento do outro” inaugura a galeria Periscopio Arte Contemporânea em 2015. Deixa a galeria em 2017 e retoma sua poética baseada na diluição do corpo, na sublimação do objeto e na revivificação de símbolos decadentes.
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