Todo ano, o Conselho do Prêmio PIPA convida entre cinco e sete especialistas em arte contemporânea para a tarefa, compondo o Júri de Premiação. São eles os responsáveis por definir o vencedor do PIPA (principal categoria do Prêmio) dentre os quatro finalistas da edição vigente. O Júri deverá escolher um artista dentre os quatro finalistas – Antonio Obá, Bárbara Wagner, Carla Guagliardi e Éder Oliveira – para receber o prêmio de R$130 mil, que inclui a participação no programa de residência artística da Residency Unlimited, em Nova York.
Conheça o Júri de Premiação do PIPA 2017
- Leda Catunda
- Marcelo Campos
- Consuelo Bassanessi
- Fernando Cocchiarale
- Luiz Camillo Osorio
– Leda Catunda: Artista visual, é considerada um dos maiores talentos da chamada Geração 80. Participou de três edições da Bienal de São Paulo, além de ter passagens pelo MoMA, em Nova York, pelo Centre Georges-Pompidou, em Paris, e muitas outras instituições renomadas no Brasil e no mundo. Formada em 1984 em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, desde 1986 concilia atuação docente e prática artística, tendo defendido em 2003 um doutorado em artes na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Em 2009, ganhou sua primeira mostra retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo, curada por Ivo Mesquita. Em 2015, exibiu outra retrospectiva, desta vez curada por Jacopo Crivelli Visconti, com trabalhos de 1985 a 2015, no Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza.
– Marcelo Campos: Professor e coordenador de graduação no Instituto de Artes da UERJ, além de ministrar aulas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV – Parque Lage). Doutor em Artes Visuais- PPGAV da Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA-UFRJ), tem textos publicados em periódicos e catálogos nacionais e internacionais. Curador das exposições “Faustus”, de José Rufino, no Palácio da Aclamação, Salvador (2009); “E agora toda terra é barro”, de Brígida Baltar, CCBNB, Cariri e Fortaleza (2008/2009); “Sertão contemporâneo”, Caixa Cultural RJ, e “Salvador”(2008/2009).
– Consuelo Bassanesi: Fundadora e diretora artística e de projetos da Despina, associação cultural sem fins lucrativos que conta com espaço expositivo, ateliês, cursos e um programa internacional de residências que já recebeu mais de 80 artistas de cerca de 15 países. Idealizou, coordenou e produziu diversas exposições no local, bem como projetos importantes tais quais “Iran-Rio Art Connection” e “Arte e Ativismo na América Latina”. Faz parte do grupo de 12 gestores culturais e organizações que compõem a Network Partnership da organização Holandesa Prince Claus Fund. É também responsável por articular relações institucionais e já realizou projetos em parceria com diversas organizações, entre elas Prince Claus Fund, Montreal Arts Council e University of the Arts London – Central Saint Martins. Jornalista de formação, tem mestrado em Política Global pela Birkbeck, University of London.
– Fernando Cocchiarale: Artista, crítico, curador e professor de arte. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. No início de 2016, após 9 anos, voltou a ser curador-chefe do MAM-Rio, onde já havia ocupado o posto entre 2001 e 2007. Cocchiarale foi um dos primeiros artistas visuais a utilizar a fotografia no contexto das artes contemporânea, tendo integrado, no início da década de 90, a mostra retrospectiva “Anos 70 – Fotolinguagem”, no Parque Lage, no Rio. Em 1977 graduou-se em Filosofia pela PUC-Rio e passou a escrever mais sistematicamente para publicações de arte. É doutor em Tecnologias da Comunicação e Estética pela Escola de Comunicação da UFRJ. Desde 1978 é professor de História da Arte e Estética do curso de especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil da PUC-Rio. Desde 1991 é também professor na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Entre as exposições das quais já foi curador estão “Filmes de Artista – Brasil 1965/1980” (2007), “Brasília e o Construtivismo – Um Encontro Adiado” (2010) e “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo” (em parceria com César Oiticica, em 2010), entre outras. É ainda autor de livros como “Abstracionismo Geométrico e Informal: A Vanguarda Brasileira dos Anos 50”, com Anna Bella Geiger, e “Quem Tem medo da Arte Contemporânea”.
– Luiz Camillo Osorio: Idealizador e conselheiro do Prêmio PIPA desde a sua criação, em 2010, é curador do Instituto PIPA, crítico de arte e atual diretor do Departamento de Filosofia da PUC-Rio. Foi curador do MAM-Rio entre 2009 e 2015, Graduou-se em Economia (1985) pela PUC-Rio, realizando entre 1986 e 1987 um Diploma em História da Arte Moderna no Modern Art Studies de Londres e, posteriormente, o mestrado e o doutorado em Filosofia na PUC-Rio. Curador de diversas exposições importantes no Brasil e ao redor do mundo, inclusive do pavilhão brasileiro da 56ª Bienal de Veneza.
Critérios
A definição do vencedor acontece durante reunião do Júri de Premiação no MAM-Rio. Além de visitar a exposição dos finalistas (que está em cartaz no museu até 26 de novembro), os jurados têm a oportunidade de analisar os portfólios e demais materiais enviados pelos artistas, entre os quais uma carta na qual cada finalista destaca a importância da participação no programa de residência, que faz parte do prêmio, para sua carreira.
Assim, a decisão do Júri se baseia no portfólio, na carreira, nas obras apresentadas na exposição do Prêmio PIPA no MAM-Rio, e na importância do prêmio a ser recebido para a trajetória de cada artista. A ponderação desses fatores fica a exclusivo critério dos jurados, podendo inclusive variar a cada ano.