- Série “Cavalinho”, 2021-2022
- Série “Paisagens”, 2019-2023
- Série “Naturezas mortas e autorretratos”, 2021-2023
“Caderno Jeans (2021) – anexo 1 – qualificação mestrado ECA USP”, 2021. Duração: 5’14”
Formação
2022
– Pós-Graduação: Mestre pelo Programa de poéticas visuais da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo [ECA – USP ] sob orientação do Prof. Dr. Marco Giannotti.
2005
– Gradução: Desenho industrial, Universidade de Brasília [UnB], Brasília, DF
Exposições individuais
2018
– “Cá entre nós”, aquarelas produzidas durante a residência artística no Mosteiro Zen Budista, OÁ Galeria, Vitória, ES
2015
– “A Vista da Máscara”, pinturas, gravuras e esculturas, Epicentro Cultural, São Paulo, SP
– “Um Verão em Marianowo”, aquarelas e pinturas a óleo, Galeria Mezanino, São Paulo, SP
2014
– “Veículo de Viagem”, aquarelas, Galeria Mezanino, São Paulo, SP
2011
– “Para Essa Janela”, Ateliê Oço, São Paulo, SP
Exposições coletivas
2022
– “Animália – Artistas e seus bichos”, São Paulo Flutuante, São Paulo, SP
2021
– “AR – Acervo Rotativo”, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, SP
2019
– “Rizoma – Exposição dos artistas residentes”, Galeria Andrea Rehder, São Paulo, SP
2018
– “Pouso Alto”, Galeria Cumaru, Brasília, DF
– “Scapeland – território de trânsito livre”, pinturas, Galeria Marta Traba – Memorial da América Latina, São Paulo, SP
2017
– “Paralelos”, pinturas, Galeria Mapa, São Paulo, SP
– “Tristes Trópicos”, gravura, Galeria Mezanino, São Paulo, SP
– “Carne Levada”, esculturas, Casa Nubam, São Paulo, SP
2016
– “O Melhor de Cada um [2ª ed.]”, aquarelas, Galeria Mezanino, São Paulo, SP
2015
– “O Melhor de Cada um”, aquarelas, Galeria Mezanino, São Paulo, SP
2014
– “Natureza Morta/ o teatro das coisas”, pinturas, Galeria Mezanino, São Paulo, SP
2013
– “Performances da Memória”, aquarelas, Galeria Mezanino, São Paulo, SP
– “Risco#3, Cor Local, Ausência, Memória”, aquarelas, Sesc Belenzinho, São Paulo, SP
– “Natureza Morta/ o teatro das coisas”, pinturas, Galeria Fernanda Perracini Milani, Teatro Polytheama, Jundiaí, SP
– “Páginas Impressas”, gravuras, na Gravura Brasileira para o SP Estampa em São Paulo, SP
2012
– “Natureza Morta, o teatro das coisas”, pinturas, Centro Cultural Municipal de Taubaté, SP
– 6a Bienal Internacional de Gravura do D’ouro, gravuras, Alijó, Portugal
– “Páginas Impressas”, gravuras, na Gravura Brasileira para o SP Estampa em São Paulo, SP
– “A Cidade que Habito”, gravuras, no Epicentro Cultural para o SP Estampa em São Paulo, SP
– “Mapas de Influências”, gravuras, na Oficina Cultural Oswald de Andrade para o SP Estampa em São Paulo, SP
– “Coletiva Coletivos”, gravuras, no Museu das Onze Janelas e na Galeria Theodoro Braga em Belém, PA
– “Projeto Volante”, gravuras, em Belém, PA
2011
– “SP Estampa”, com os álbuns “Páginas Impressas”, na Gravura Brasileira, São Paulo, SP
– 5a Bienal do Olho Latino, com gravuras álbuns “Considerações sobre o Infinito”, Atibaia, SP
– 5a Bienal do Olho Latino, com o álbum “Páginas Impressas”, Atibaia, SP
– “Grabados de Brasil”, com os álbuns “Páginas Impressas”, na Original Multiple, Buenos Aires, Argentina
2010
– “Sempre Aquarelas”, Estações do Metro Vila Madalena e Sé, São Paulo, SP
– 5a Bienal de Gravura de Santo André, SP
2009
– International Small Engraving Salon, Florean Museum, Romênia
– Caixa de Gravuras do Ateliê de Gravuras do Museu Lasar Segall, São Paulo, SP
2008
– “Interiores”, desenhos e aguadas, Casa Caiada 35 [Associação Arpa], São Paulo, SP
– Salão de Arte de Atibaia, desenhos e aguadas, Atibaia, SP
Residências Artísticas
2019
– Art Farm Project, Amparo – SP
– Projeto Rizoma na Galeria Andrea Rehder, São Paulo, SP
2018
– Estação Cultural no Mosteiro Zen Budista Morro da Vargem em Ibiraçu, ES
2015
– International Visual Art Workshop em Marianowo, Polônia
2013
– International Art Workshop em Gludsted, Dinamarca
Ensino | Arte-educação
Desde 2023
– É professora de disciplinas de pintura no Curso de graduação em Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina
Desde 2022
– Orienta o curso de Introdução à aquarela no Instituto Tomie Ohtake
Desde 2021
– Orienta cursos de desenho e desenho da figura humana no Sesc Pompéia
Desde 2020
– Orienta curso de aquarela em formato on-line, tanto de forma independente como vinculado a Sescs
2017 – 2020
– Orientou oficinas de desenho de figura humana com modelo vivo no Sesc 24 de maio
2016 – 2020
– Orientou o curso de Introdução a aquarela no Sesc Pompeia e em várias outras unidades
2007 – 2015
– Foi Professora de artes para 1º a 9º anos do Ensino Fundamental do Colégio Viver
Prêmios
2021
– EDITAL 39/2021 – PROAC DIRETO com o projeto “Diálogo sobre pintura: processos criativos em aquarela”
Videoaula “Diálogo sobre pintura: processos criativos em aquarela”, 2022. Duração: 29’17”
Sou Danielle Noronha, artista visual. Vivo e resido em São Paulo, mas morei por mais de 25 anos em Brasília, onde tive toda minha formação escolar até a graduação, quando estudei Design, na UnB. Sou mestre em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP, título que obtive por meio da orientação do Professor Marco Giannotti. Hoje integro o grupo de estudos em “Pintura e seus processos”, coordenado por ele e pela Prof. Dra. Paloma O. de Carvalho Santos, grupo este que tomou uma dimensão multi-institucional e hoje engloba artistas-pesquisadores ligados à UERJ, USP, UFPR e UFRGS. Sou professora na Faculdade Santa Marcelina como também em diversos cursos livres.
Minha formação artística foi se consolidando aos poucos, nem tanto por meio de cursos formais, mas mais fortemente de maneira atrelada à minha própria vinda à São Paulo. Aqui foi onde pude conviver com diversos artistas e seus ateliês, como Rubens Matuck e o ateliê de gravura do Museu Lasar Segall. Nessa cidade pude cultivar amizades que me renderam muito aprendizado, como a convivência que estabeleci com Mauricio Parra, Claudinei Roberto, Nina Kreis, Zizi Baptista, Roberto Grassmann, Alice Lara, Henrique Detomi, Diana Lanças, o ateliê Piratininga e tantos outros.
Atualmente, compartilho ateliê com os artistas Bárbara Basseto, Bruno Oliveira, Julia Jabur e Raphael Giannini. Faço questão de pontuar esse convívio pois acredito que partilhar um espaço de trabalho vai muito além de uma simples divisão de cômodos, mas, sim, de troca efetiva entre nossas práticas poéticas diárias. Essa convivência também faz parte de minha formação, pois o artista e o ateliê não são algo que se concretiza e assim, se estagna, pelo contrário, o artista e o ateliê estão em constante formação. Me vejo como uma pessoa na qual a prática poética está totalmente conectada à troca de saberes e experiências.
O desenho, a gravura e a pintura são o norte de minha produção, áreas que visito com disciplina quase diária e é essa prática que molda meu ateliê. E, por conta disso, talvez tenha lançado mão de um recurso um tanto datado para dividir minha produção na apresentação do Prêmio: por gênero — natureza morta, retrato, paisagem… — entretanto, assim o fiz em detrimento da escolha de separá-los por técnica e por achar que dessa maneira poderia abarcar técnicas variadas.
A categoria “cavalinho”, que também abrange desenhos, pinturas e gravuras, é fruto de um trabalho que venho realizando nos últimos dois anos e que gira em torno da investigação do movimento e da repetição da forma desse animal. Esse trabalho foi o foco de meu estudo para o mestrado, o qual compartilho aqui na página do Prêmio também. As paisagens, muitas feitas através da observação direta, mas outras feitas pelo recurso de se utilizar uma fotografia como referência, tem a cor atmosférica como seu assunto principal. Já as naturezas mortas e os autorretratos (que são quase como naturezas mortas, pois gosto de posicionar o espelho entre as coisas do ateliê) são uma visita aos objetos que orbitam meu estúdio.
Por fim, eles todos são um conjunto que compõem o ateliê. Ele, por sua vez, comporta o que preciso — mais que um espaço, é um modo de coordenar o pensamento e a ação. Sim, é um local físico, mas pode também estar resumido a uma mochila com um caderno e um estojo de pintura, pois é mais que sua tangibilidade, é a ambiência que faz operar meu trabalho. Justamente por isso, precisa ser cultivado — cada dia se faz um pouco: ora se trabalha aqui dentro, ora se observa as coisas de fora —, é a prática que o mantém vivo. Se parece que escrevo assim apenas como um recurso de escrita, para não reduzi-lo a um mero local, enquanto anoto, me asseguro que ele, seja onde for, o que for, é de liberdade, onde as ideias se apresentam e se organizam de tal modo que possam tomar forma ou que possam também ser esquecidas. O ateliê é um recurso de realização e de silêncio onde nosso ofício se organiza ou desorganiza. Talvez, como imagem, nessa oscilação, ele se pareça mais com um barco, uma nave em movimento, sem âncora, no qual temos um leme que nem sempre conseguimos controlar.