Criado em 2008 no Mato Grosso do Sul.
Atua no Mato Grosso do Sul.
Associação Cultural dos Realizadores Indígenas (ASCURI) é um grupo de jovens realizadores/produtores culturais indígenas de Mato Grosso do Sul que busca, por meio da linguagem cinematográfica e das novas tecnologias de comunicação, desenvolver estratégias de formação, resistência e fortalecimento do jeito de ser indígena tradicional.
Veja mais do trabalho do grupo em seu Youtube.
A Associação Cultural dos Realizadores Indígenas (ASCURI) é formada por jovens Guarani-Kaiowá e Terena, realizadores e produtores culturais indígenas do Mato Grosso do Sul, com o objetivo de discutir alternativas ao modelo predominante de se pensar e fazer cinema na América Latina, buscando o caminho de fortalecimento do jeito de ser tradicional utilizando ferramentas da linguagem cinematográfica e das tecnologias de comunicação. A ASCURI surge no âmbito da oficina Cine Sin Fronteras, realizada na aldeia Condor Iquiña, em 2008, e coordenada pelo documentarista quéchua Ivan Molina, diretor da então Escuela de Cine y Artes de La Paz (ECA, hoje IFAECA). Quatro anos mais tarde, a ASCURI passa a se configurar como uma associação sem fins lucrativos. Além de atuar na criação de filmes e documentários, o coletivo também se dedica à organização de mostras de cinema, à produção de filmes de jovens realizadores, à docência e à edição de livros, entre eles “Mosarambihára, semeadores do bem viver”, resultado de um programa formativo para jovens Guarani e Kaiowá em 2016.
Entre as principais mostras e festivais em que participam, estão a Mostra Vemeuxá – Territórios Audiovisuais Indígenas, durante o 51º Festival de Brasília, em 2018; Alakan, mostra realizada no âmbito do VII Colóquio de Cinema e Arte da América Latina (COCAAL), em São Paulo, em 2019.
Entre as mostras organizadas pela ASCURI estão o I Ciclo Cinematográfico de Temas Indígenas – Nhande Tape Porã, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), em Dourados (MS), em 2017, e as edições de continuidade do Cine Sin Fronteras de 2016 (La Paz – Bolivia) e de 2016 em Niterói (RJ). E o lançamento recente durante a pandemia de Covid-19 da webserie Nativas Narrativas, em parceria com o Coletivo Rede Cine Flecha, que visa contar as perspectivas indígenas com relação a pandemia, que esta disponível no site do coletivo.
A produção audiovisual ASCURI mantém proximidade com a atividade dos rezadores tradicionais, em Guarani – Nhanderu e em Terena – Koixomuneti das comunidades em que atuam, estando estes sempre presentes nos filmes, oficinas e nos encontros que realizam. Esse intercâmbio de conhecimentos entre os mais novos e os mais velhos, segundo os realizadores, contribui para o estreitamento da relação entre gerações, estimulando a compreensão pelos jovens indígenas de seu lugar na constituição sociocultural e política dos povos aos quais pertencem. As novas mídias são entendidas pelo coletivo como ferramenta para a luta em prol dos direitos originários e da garantia da participação indígena ativa na discussão de temas como a gestão de seus territórios, sua conservação ambiental, o uso de seus recursos naturais, e o desenvolvimento de políticas de segurança alimentar, além do alinhamento espiritual com seres, constelações dessa e de outras dimensões.
A produção ASCURI, majoritariamente documental, é de livre acesso, sendo mantido um canal na plataforma Youtube para sua divulgação.
“CINE DEBATE – NATIVAS NARRATIVAS”, 2021. Duração: 199’32”
“Ciclo Nativas Narrativas – 4 sessão: Ditadura, violências e luta”, 2021. Duração: 74’46”
“Ciclo Nativas Narrativas – Olhares e escutas entre mundos”, 2021. Duração: 84’03”
“Transmissão ao vivo de ASCURI Brasil”, 2021. Duração: 91’11”
“Ciclo Nativas Narrativas – Encontros e caminhos de (re)existência”, 2021. Duração: 120’00”