Agrade Camíz iniciou sua relação com as atividades criativas escrevendo como forma de se autoconhecer e de criar novas realidades. A partir de 2010, passou a desenvolver graffitis, criando painéis e personagens. Artista multimídia, articula em seus trabalhos usando a estética da arquitetura popular carioca mesclando questões relacionadas com a sexualidade, a beleza, a opressão feminina. Incorpora em muitos trabalhos grades, que remetem às imposições e padronizações do comportamento. Explora a grafia da palavra grade; a grade, agrade, agradar e, a partir da ambiguidade dos sentidos de agradar e de limitar, a artista questiona, em variadas direções, as imposições comportamentais criadas pelos meios sociais, que limitam possibilidades de existir. A escolha do preto e do branco sempre esteve no escopo da construção do trabalho de Camila. As cores vêm sendo acrescentadas através do encontro com outros olhares artísticos e com as experiências vivenciadas pela artista.
Corpos no Mundo – Agrade Camiz“, 2021. Duração 2’13”
Agrade Camíz por Taineuraz“, 2021. Duração 2’17”
Iniciei minha relação com as atividades criativas escrevendo, como forma de me autoconhecer e de criar novas realidades. Em 2010, passei a desenvolver graffitis, criando painéis e personagens. Atualmente, artista visual, utilizo nas pinturas e instalações signos da arquitetura popular, do subúrbio do Rio de Janeiro. Trabalhei como assistente da cenógrafa Aurora dos Campos de 2010 a 2012, auxiliando nas produções e criações de cenários para peças teatrais e shows.
Participei em 2019 da exposição “Poética entre mulheres” no Centro Cultural da Justiça Federal RJ, e a partir dessa experiência passei a explorar novos suportes e materiais, como metal, espelho e vidro.
Em maio de 2021, participei da Parede Gentil 37 através do projeto “Arte Substantivo Feminino” junto com outras 23 artistas.
Em Janeiro de 2021, compus a exposição coletiva “Como Habitar o Presente Ato 2”, na galeria Simone Cadinelli, com o trabalho “Habitacional 1”, de 2019. No mesmo mês participei da exposição virtual “Imersões Digitais” com curadoria de Julia Baker e Juliana Pereira, com os trabalhos “Teu Nome Tá No Judas” (2020), “Quando eu Crescer”, “Sonhos e Realidades” (2020) e “Propriedade Pessoal I, II e III” (2020).
Em outubro de 2020, participei do Rua Walls com a obra “Post-it (O Sonho do Amor Próprio)”, um marco na minha trajetória, pelo território do porto, perto da rodoviária onde existe uma grande circulação. O mural tem cerca de 1 km e fica exposto na Rodrigues Alves em frente à rodoviária Novo Rio, Rio de Janeiro/RJ.
Também em outubro de 2020 integrei a exposição “Casa Carioca” no Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro/RJ. Além de expor no Espaço Caixa Preta junto com outros artistas curados por Vinicius Monte.
De 15 de janeiro à 30 de abril de 2020 construí a exposição individual “Habitacional” no SESC Ramos, na qual, através de pinturas e instalações, abordo questões relacionadas a habitação, pelo recorte dos conjuntos habitacionais e da cultura desses locais; fazendo um paralelo com a construção material e a construção social. Ocupar e habitar.
De 2019 a 2020, participei da Escola livre de Artes da Maré, residência que resultou na exposição coletiva “O nome que a gente dá às coisas”, na qual expus pela primeira vez uma de minhas fotografias, um auto retrato em dupla exposição. Namoradeira, como chamei a obra, faz alusão às bonecas namoradeiras de janela, em que a posição da mulher é sempre a espera de um homem.
Fui indicada ao Prêmio PIPA 2020, e também participei da exposição online PIPA Em casa. Ao final da exposição, fui uma das dez artistas selecionadas que receberam a premiação.
Faço a curadoria da Galeria Providência, uma exposição a céu aberto no Morro da Providência/RJ, com a realização de murais artísticos pintados por artistas convidados de forma voluntária (2019).
No ano de 2019 integrei a exposição coletiva “The Showcase” realizada pela Adidas no espaço Pivô em São Paulo/SP.
Participei da residência artística In/arte Urbana em Natal-RN em 2018.
Produzi, fiz a curadoria e participei da exposição coletiva “CONGÊNERES” (2018).
No Boulevard Olímpico na Praça Mauá, fui uma das grafiteiras convidadas a pintar uma empena na antiga Av. Rodrigues Alves, que se tornou o Boulevard. Realizei a pintura de mais de 23 metros no prédio da administração das Docas em 2016.
Realizei oficinas de grafite para a escola municipal Alberto Rangel na Cidade de Deus. Rio de Janeiro – RJ, 2014.
Em 2016, participei de “Agora que são elas”, exposição coletiva no Sesc Duque de Caxias que reuniu seis grafiteiras para realizar a pintura de seis painéis na fachada do estabelecimento, que também contou com a exposição na área interna com telas das artistas.
Pintei a fachada da loja Baobá Brasil em 2017, marca referência em moda africana.
No Midrash Centro Cultural, participei da exposição feminista que reuniu as artistas: Camíz, Criola, Rita Wainer e Vanessa Rosa, onde pintaram painéis individuais dentro do centro cultural com temática que abordava a violência contra a mulher, e o machismo em geral.
Em 2014, produzi e realizei a exposição individual “Ego e arredio”, uma mostra de 18 obras que continha desenhos e pinturas realizados no Kariok Hostel, no bairro da Glória.
Em 2015, durante o circuito Multicidade Festival de teatro, realizei a pintura de um grande painel que refletia a pauta de abuso contra mulher que teve grande relevância na época, através da hashtag no twitter “o meu primeiro abuso”.
“Ato Criador”, live paint no lançamento do catálogo do ato criador em 2016 no Oi Futuro Flamengo.
“GaleRio”, projeto da Prefeitura que transforma espaços urbanos numa espécie de galeria a céu aberto: pintei painéis do metrô junto com outros artistas na estação de Del Castilho, 2015.
“X-Tudo Cultural”, participou pela primeira vez da exposição de artistas urbanos “A cor da paz”, realizado pelo SESI, com curadoria de Airá O Crespo, em 2011.
“Ação Jovem na Arte Urbana”, um super painel localizado no Morro dos Prazeres, que produzi junto com outros dois artistas, gerando posteriormente uma exposição digital na Galeria Melissa em NY em 2014.
“Copa Graffiti”, projeto do Metrô Rio. Concurso de painéis que coloriu todos os muros das estações da linha 2, contando um pouco da história de cada local na região das estações, 2013.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2020:
“Prosa com Artista – Agrade Camiz“, 2020. Duração 57’20”
“Casa Carioca por Agrade Camíz“, 2020. Duração 3’43”