Rio de Janeiro, RJ, 1994.
Vive e trabalha em Brasília, DF.
Frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ. Desde 2011, participa de exposições em instituições e galerias. Sua investigação se desenvolve a partir de algumas referências, sejam fotografias esquematizadas pelo artista, escritos e anotações acumulados, e a literatura, em especial, a fábula. Em seu trabalho, propõe articular essas referências dentro do campo da pintura. E, a partir disso, estabelecer um imaginário e um vocabulário próprios.
por Ana Roman e Thierry Freitas
(Trecho de texto sobre o trabalho do artista, agosto de 2018)
(…) Em uma atmosfera irreal criada pela paleta de cores, o momento anterior e aquele imediatamente posterior ao representado pelo artista suscitam múltiplas vozes e narrativas. Acumulam-se possíveis interpretações e dúvidas sobre o lugar de cada elemento na composição, tal que a potência narrativa do elemento humano é equiparada a dos elementos não vivos. (…)
por Elisa Maia
(Trecho de texto sobre o trabalho do artista, publicado na edição de número 58 da Revista DasArtes Brasil, março de 2017)
(…) Questões em suas pinturas – a intensidade cromática, uma atmosfera que aponta para um universo onírico, de figuras espectrais e paisagens de contornos fugidios, e a celebração do acaso que acolhe os ruídos e vestígios do processo. (…)
“Conversas no escuro. Palavras insones”
(por Ana Carmen Amorim Jara Casco, julho de 2016)
(…) Percorro as telas com as pontas de dedos invisíveis que apalpam cores, texturas, silêncios e sons no ar rarefeito que separa (e une) meu olho à imagem. Encontro uma miríade de superfícies, planos, indagações, segredos que não quero desvendar ou descrever. Deparo-me com enigmáticas frases que não pedem explicação. E sinto o enigma se aproximar de minha escrita como um bicho a me farejar. A obra pulsa nos meus sentidos e me convida a escrever com o corpo. Palavras e frases se integram ao quadro como imagem, como cor, como superfície, como linha que demarca, abre ou desfaz os planos para o infinito, o vazio, a imaginação, a solidão. Sigo a grafia de uma narrativa (ou várias) que pontua a viagem solitária e única que faço diante da obra, e registro o mergulho na imagem.
Os dedos leves da minha imaginação encontram no trabalho de Pedro Gandra o halo de uma Utopia, aquela que segundo Ítalo Calvino, proporia outro código, outra sintaxe, outro léxico que daria forma ao mundo de nossos desejos, narrativas sobre o indizível e o inefável. Utopia que como uma porta entreaberta convida a escapar, fugir da prisão das representações do mundo que, com seus enunciados, afirmam a servidão. (…)
Nous sommes les plumes tristes désemparées,
Les petits ciseaux et le canif douloureux.
[Guido Cavalcanti, séc. XIII, citado por Calvino]
Formação
2007/2016
– Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ
Exposições Coletivas
2019
– Arte Londrina 7 [Selecionado]
2018
– “Dialetos 2”, curadoria de Paulo Henrique Silva, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, SP
– “Dialetos 2”, curadoria de Paulo Henrique Silva, Museu de Artes Plásticas de Anápolis, Anápolis, GO
– “Daqui a pouco”, curadoria de Ana Roman e Thierry Freitas, Baró Galeria, São Paulo, SP
2017
– “Os fios e a trama”, curadoria de Márcio Tavares, Referência Galeria de Arte, Brasília, DF
– “Fronteiras da pintura – Fronteiras da ilusão”, texto e supervisão de Angélica Madeira, Museu Nacional dos Correios, Brasília, DF
– “Paisagens possíveis”, /CIGA ArtRio, Instituto Plajap, Rio de Janeiro, RJ
– “Novas referências”, Referência Galeria de Arte, Brasília, DF
– “Invenção da paisagem”, Martha Pagy Escritório de Arte, Rio de Janeiro, RJ
2016
– “Onde anda a onda II”, Museu Nacional de Brasília, DF
– “Somos todos Clarice”, curadoria de Isabel Sanson Portella, Galeria do Lago, Museu da República, Rio de Janeiro, RJ
– I Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea, Brasília, DF
– “Coletiva em Ipanema”, Instituto Plajap, Rio de Janeiro, RJ
– “Coletiva”, Arte XXX Galeria, Brasília, DF
– 44º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Santo André, São Paulo, SP
2015
– “Pensamento Pictórico”, Martha Pagy Escritório de Arte, Rio de Janeiro, RJ
2014
– “Ocupação”, curadoria de Manuel Neves, Elefante Centro Cultural, Brasília, DF
2013
– “SEUmuSEU”, curadoria de Wagner Barja, Museu Nacional de Brasília, DF
– “Narrativas”, Martha Pagy Escritório de Arte, Rio de Janeiro, RJ
– “Afetos & Saberes”, Martha Pagy Escritório de Arte, Rio de Janeiro, RJ
2012
– “[O espaço entre]”, curadoria de Ted Decker, Largo das Artes, Rio de Janeiro, RJ
– “MAB diálogos da resistência”, curadoria de Wagner Barja, Museu Nacional de Brasília, DF
– “Projeto Tapume”, Referência Galeria de Arte, Brasília, DF
2011
– X Prêmio de Arte Contemporânea do Iate Clube de Brasília, e Museu Nacional de Brasília, Brasília, DF
Prêmios
2017
– Garimpo, da Revista DasArtes
2016
– I Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea, Brasília [3º Premiado]
2011
– Prêmio Instituto Brasileiro de Museus de Arte Contemporânea
– X Prêmio de Arte Contemporânea do Iate Clube [Menção Especial do Júri]