Após um período de restauro, o FIOTIM – O Museu em Movimento, obra itinerante do artista mineiro Jorge Fonseca, está de volta à estrada e às praças públicas: o projeto independente, que está completando 10 anos, vem percorrendo o Brasil, aportando em praças públicas, gerando acontecimentos inusitados e promovendo a democratização do acesso à arte e à cultura. A atividade da retomada ocorreu em Ouro Preto, no Distrito de Antônio Pereira, na Praça da Igreja Queimada, e contou com a participação especial do artista Jarbas Lopes, que apresentou sua célebre performance “Cinema Parado”.
FIOTIM – O Museu em Movimento é uma fábula-instalação. Estruturalmente, é um ‘art truck’ com visual de circo e teatro mambembe, composto por um trailer que se desdobra externamente em um “parque de diversões”. No interior do trailer-galeria estão expostas 40 miniaturas de obras monumentais encontradas em Inhotim. Já o “parque de diversões” é composto por brinquedos-esculturas chamados de ‘Objetos Estéticos Relacionais’, que proporcionam ao público uma interação festiva com a arte.
Se a uma primeira mirada o FIOTIM parece apenas uma releitura bem humorada de Inhotim, conceitualmente trata-se de uma obra de múltiplas leituras que tem, entre seus objetivos, discutir práticas e princípios que regem o sistema de arte, ao mesmo tempo em que busca encantar e envolver o espectador em uma rica experiência sensorial – sua aparência ingênua e familiar aproxima naturalmente as pessoas do universo peculiar da arte contemporânea. Para ‘reger’ esta obra, Fonseca criou o personagem “Jorge K – o arteiro-viajante”, que com seu visual exuberante e aparições performáticas faz as vezes de ‘mestre de cerimônias’.
A obra já percorreu mais de 30 mil km, por 6 estados do Brasil, e realizou 46 exibições em praças públicas e espaços institucionais, que atraíram dezenas de milhares de pessoas.
Veja alguns registros da apresentação com Jarbas Lopes (clique nas imagens para ampliá-las):
