(Belém, PA)
A primeira edição da Bienal das Amazônias reúne artistas de países que tem a floresta em seu território. O evento, que começou no dia 4 de agosto e ocorre em Belém, no Pará, exibe mais de 120 artistas da Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Brasil, e tem como tema “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos”. A Bienal conta com a curadoria de Sandra Benites, Keyna Eleison, Vânia Leal e Flavya Mutran, e fica em cartaz até o dia 5 de novembro.
Os artistas foram selecionados pelo corpo curatorial com o intuito de assegurar a representatividade de todos os povos formadores da Pan-Amazônia, e as performances foram selecionadas por meio de edital público. Assim, a Bienal buscar olhar para uma Amazônia profunda, com a perspectiva de que não existe uma produção amazônica e sim um rizoma de multifacetadas individualidades. Entre os artistas participantes estão Denilson Baniwa, Éder Oliveira, Elisa Arruda, Gê Viana, Glicéria Tupinambá, Gustavo Caboco, Joelington Rios, Keila Sankofa, Marcone Moreira, Mariano Klatau Filho, Panmela Castro, Roberta Carvalho, Thiago Martins de Melo, UÝRA Sodoma, e Xadalu Tupã Jekupé.
Confira abaixo o texto compartilhado no portal da Bienal:
“Território Amazônia. Lugar cujos limites ultrapassam fronteiras entre países irmãos. Índios, negros, latinos: Amazônidas. Uma única floresta. Múltiplos sons. Idiomas. Gambiarra fulgurante de cores vibrantes e traços indígenas a percorrer rios que desbravam paisagens intocadas, vilarejos, cidades, megalópoles. Um sem fim de povos separados por seus cotidianos e práticas culturais, mas aproximados em seus desafios e sua origem.
É nesse celeiro de riquezas, mistérios e importante contexto geopolítico e cultural, que acontecerá, em 2023, em Belém, no Pará, a Bienal das Amazônias. Uma ação pensada e desenvolvida por artistas, produtores e criadores que vivem a Amazônia, com o objetivo de provocar o habitante da região a se ver e se mostrar, não apenas através da contemplação, mas da reflexão contextualizada, afirmando sua identidade plural.
As Amazônias e as artes, ambas igualmente cercadas de mistérios, prometem um rico panorama da sua produção contemporânea.”

Marcone Moreira, “Sinergia provisória”, 2019/2023, Estrutura composta por ganchos de ferro, Dimensões variáveis, divulgação artista
Bienal das Amazônias
De 4 de agosto a 5 de novembro, 2023
Rua Senador Manoel Barata, nº 400
De quarta à sexta-feira, de 11h às 19h; sábados, de 11h às 20h
Entrada gratuita