Nesta décima quarta edição do Prêmio PIPA, estão participando ao todo 73 artistas – dos quais 61 foram indicados pela primeira vez – escolhidos pelo Comitê de Indicação. Assim como nas últimas edições, o Prêmio está focado na produção mais recente, sendo voltado para artistas que realizaram sua primeira exposição individual ou coletiva há no máximo 15 anos. O objetivo do PIPA 2023 é ser um incentivo para artistas em início de carreira, com produção diferenciada.
Um importante momento de toda edição se dá com a criação das páginas de cada Artista Participante nos sites em português e inglês do Prêmio: todos os artistas que participam da premiação têm sua própria página, onde estão reunidas imagens de trabalhos, textos, vídeos, informações sobre a trajetória, entre outros conteúdos. Essas páginas que estão sendo adicionadas agora, somadas às já existentes, constituem uma fonte de consulta e pesquisa sobre a arte contemporânea brasileira, e podem ser posteriormente atualizadas a partir do envio de mais material pelos artistas, estando assim sempre à par dos novos momentos da produção de cada um.
Além desse conteúdo, as páginas também contam com uma vídeo-entrevista oferecida pelo PIPA e realizada pela produtora Do Rio Filmes, formato que possibilita que o artista apresente seu trabalho ao público de uma forma mais próxima e pessoal. Esses vídeos estão sendo gradativamente adicionados às páginas, conforme ficam prontos, e também são divulgados nas plataformas do Prêmio.
Nesta postagem, apresentamos abaixo vídeo-entrevistas com alguns dos nomes indicados ao PIPA 2023:
Felipe Abdala é artista visual e pesquisador. Possui graduação em História da Arte pela UERJ (2015) e Mestrado em Artes pela mesma instituição (2023). Sua prática parte do desenho para pensar o gesto artístico enquanto marca e modo de denunciar e afirmar sua existência, expandindo os limites do meio para outras possibilidades.
Atualmente se debruça sobre a ideia de fagia no fazer artístico: as maneiras de comer, o processo alimentício, o abocanhamento, a mordida e tudo se coloca ao redor desse universo. Entretanto, Abdala busca um certo tipo de fagia que vai de encontro ao seu significado mais comum, relacionado à ação de ingerir, de colocar matéria para dentro de um corpo ou espaço. Para além disso, o artista propõe um ato fágico que se dá para fora do corpo, que anexa, assimila e toma para si aquilo que logo anteriormente era entendido como o fora. Desse modo, seu processo artístico tem aproximado a boca, mecanismo que frequentemente assume tal papel, a outras estruturas corporais de defesa e/ou ataque como garras, unhas, caudas, chifres, línguas, presas, bicos.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Froiid é artista multidisciplinar e curador, mestre em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Minas Gerais (PPGARTES/UEMG), graduado em Artes Plásticas pela Escola Guignard. Em seus objetos, ações e instalações, elabora as relações entre jogo, malandragem, arte e cultura periférica brasileira. Ao experimentar com as regras de jogos como futebol de várzea, sinuca e jogo do bicho, busca superar o dualismo entre norma e liberdade, instituição e criação, indivíduo e sociedade. Foi residente do Bolsa Pampulha (2022) e vencedor do prêmio Décio Noviello de Artes Visuais (2020). Suas obras já foram exibidas no Palácio das Artes, Belo Horizonte (2020-2021, 2014); Museu Nacional de Brasília (2018); Festival Internacional de Fotografia (FIF), Ipatinga e Belo Horizonte (2018, 2017); e Sesc Palladium, Belo Horizonte (2012).
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Marina Caverzan é graduada em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (FASM), São Paulo, tem o Desenho de Moda e a Astronomia como complementos de sua formação. Através do olhar para diversos campos do pensamento humano — como a alquimia, esoterismo, matemática, física, arquitetura e literatura — unidos a elementos de linguagens simbólicas e pesquisas sobre a presença da astronomia e rituais sagrados em diversas culturas, cria espaços ocultos e simbólicos em seus trabalhos. Utiliza estruturas formais da geometria, desdobradas em linguagens bi e tridimensionais, onde questiona noções de perspectiva e ordens espaciais, tensionando por meio de índices visuais a tradição construtivista e as dimensões entre o interior e exterior, público e secreto.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Nay Jinknss é uma mulher negra, lésbica, nascida e criada em Ananindeua, no Pará. Possui graduação em Artes Visuais e Tec. da Imagem pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Atualmente é mestranda em Poéticas e Processos de Atuação em Artes pela UFPA e membra da Coletiva Mamana. Atua como artista visual, educadora social, artivista LGBTQIAP+ e pesquisadora. Em suas documentações, utiliza a metodologia da fotografia compartilhada e do bem querer elaborada pelo fotógrafo e professor João Ripper. Possui uma documentação de longa data sobre o Mercado do Ver o Peso e assina trabalhos em veículos como Uol Ecoar, Folha de São Paulo, WWF, Natura e National Geographic Brasil. Foi vencedora da 4ª temporada do Arte na Fotografia, pelo canal Arte1. Como Pesquisadora, busca através de um pensamento decolonial tencionar questões problemáticas a respeito da construção do imaginário iconográfico brasileiro. Pois pensar em uma fotografia compartilhada é permitir que o outro, que sempre esteve na frente da câmera como alvo, possa se expressar para que não se torne reféns de histórias únicas.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Yuli Anastassakis desenvolve trabalhos em bordado, fotografia e pintura. Nos últimos anos vem pesquisando a relação entre arquivos, plantas, palavras, tempo e memória. Seu trabalho parte de reflexões relacionadas às seguintes questões: o tempo do bordado, o tempo das plantas; o tempo expandido e as tentativas de desaceleração; as relações entre plantas, pessoas e suas crenças; a captura e arquivamento das coisas do mundo; a memória do tempo presente; a forma como tentamos guardar imagens e palavras e a maneira como elas tendem a desaparecer.
É Bacharel em Ciências Sociais pelo IFCS/UFRJ e Mestre em Processos Artísticos Contemporâneos pelo PPGARTES/UERJ. Fez cursos de vídeo-arte, desenho e pintura na EAV do Parque Lage. Atualmente participa do grupo de acompanhamento artístico do NowHere_Lisboa, com orientação de Cristiana Tejo. Foi assistente dos artistas Barrão e Carlito Carvalhosa. Trabalha como produção de/para arte desde 1998.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
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