Nesta décima quarta edição do Prêmio PIPA, estão participando ao todo 73 artistas – dos quais 61 foram indicados pela primeira vez – escolhidos pelo Comitê de Indicação. Assim como nas últimas edições, o Prêmio está focado na produção mais recente, sendo voltado para artistas que realizaram sua primeira exposição individual ou coletiva há no máximo 15 anos. O objetivo do PIPA 2023 é ser um incentivo para artistas em início de carreira, com produção diferenciada.
Um importante momento de toda edição se dá com a criação das páginas de cada Artista Participante nos sites em português e inglês do Prêmio: todos os artistas que participam da premiação têm sua própria página, onde estão reunidas imagens de trabalhos, textos, vídeos, informações sobre a trajetória, entre outros conteúdos. Essas páginas que estão sendo adicionadas agora, somadas às já existentes, constituem uma fonte de consulta e pesquisa sobre a arte contemporânea brasileira, e podem ser posteriormente atualizadas a partir do envio de mais material pelos artistas, estando assim sempre à par dos novos momentos da produção de cada um.
Além desse conteúdo, as páginas também contam com uma videoentrevista oferecida pelo PIPA e realizada pela produtora Do Rio Filmes, formato que possibilita que o artista apresente seu trabalho ao público de uma forma mais próxima e pessoal. Esses vídeos estão sendo gradativamente adicionados às páginas, conforme ficam prontos, e também são divulgados nas plataformas do Prêmio.
Nesta postagem, apresentamos abaixo vídeo-entrevistas com alguns dos nomes indicados ao PIPA 2023:
Bruna Alcantara é artista visual e jornalista. Brasileira, nasceu na cidade de Jacarezinho, região norte do Estado do Paraná. Formada em jornalismo em 2010 pela PUCPR, começou a atuar profissionalmente como artista visual através do arquivo fotográfico familiar como material de pesquisa, encontrando no campo artístico o melhor meio para se trabalhar os temas da maternidade e do corpo como instrumento político.
Durante o período de mestrado em Portugal, a artista se envolveu com o movimento feminista local, como mulher e imigrante, assunto obrigatório em seu trabalho. Também é na arte de rua, através da linguagem do lambe-lambe – que envolve imagem e colagem em intervenções urbanas – que Bruna encontra uma das principais formas de expressão. Ao unir o amor por contar histórias à fotografia, ao bordado, à colagem, aos objetos e às instalações, a artista cria trabalhos visuais que partem da indignação, traumas e violências e tencionam a relação entre o público e o privado.
Bruna Alcantara já participou de eventos nacionais e internacionais, como LambesGoia de Goiânia e Cheap Street Poster Art Festival de Bolonha, assim como já teve seu trabalho em exposições individuais e coletivas em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, e em países como Portugal, Itália e Líbano.
Visite a página da artista aqui.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Edgar Kanaykõ Xakriabá é da Terra Indígena Xakriabá, compreendida entre os municípios de São João das Missões e Itacarambi, no estado de Minas Gerais. É fotógrafo do povo indígena Xakriabá, que pertence ao segundo maior tronco linguístico indígena do país o Macro-Jê da família Jê, subdivisão Akwẽ. Kanaykõ possui graduação na Formação Intercultural para Educadores Indígenas (Fiei/UFMG) e mestrado em Antropologia Social (Visual) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua dissertação, “Etnovisão: o olhar indígena que atravessa a lente” (2019), é uma discussão acerca da utilização da fotografia pelos povos indígenas como instrumento de luta e resistência e o conceito de imagem, e é a primeira realizada por um pesquisador indígena em um programa de pós-graduação da UFMG. Sua composição se baseia em registros fotográficos de sua comunidade Xakriabá, de outros povos, assim como de manifestações do movimento indígena no país.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Sobral sempre se interessou por artes plásticas e se tornou um artista que coloca temas polêmicos e sociais do cotidiano em discussão. Começou a sua carreira artística quando fez um curso de fotografia que o levou a ser convidado por Vik Muniz para trabalhar como seu assistente. Heberth desenvolve projetos em que utiliza o suporte de azulejos, pinturas, desenhos, cédulas e bonecos para construir a sua própria linguagem, sempre voltada para a representação das memórias do cotidiano, onde aborda temas de comportamento, pensamentos e atos realizados através de uma cultura. Fazendo sempre algo presente na vida de todos, a ideia do artista é levar o expectador para dentro da sua obra por meio de uma lembrança. Frequentemente, utiliza sua conta pessoal do Instagram como uma espécie de estúdio aberto, onde é possível acessar parte do processo de pesquisa dos seus projetos mais recentes, inclusive pensando o aplicativo como um arquivo, onde coleciona, organiza e publica imagens e informações referentes ao fazer de cada trabalho. As suas obras foram adquiridas para o Museu Afro em São Paulo, SP, Brasil; o Museu Chácara do Céu no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Museu Ariana, Genebra, Suíça e para coleções particulares no Brasil e na Europa.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Maria Vaz é artista visual e pesquisadora, mestra em artes visuais pela EBA/UFMG e bacharel em artes plásticas pela UEMG/Guignard. Em seus trabalhos trata da relação entre memória, esquecimento e imaginário, através de fabulações poéticas, experimentações entre imagem e palavra e o uso de arquivos públicos e familiares. Foi contemplada pelo XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de fotografia, selecionada pelo 10º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e participou de diversas exposições no Brasil e uma individual – “Três Ranchos: más allá del fin del mundo” – em Barcelona.
É membro dos coletivos/plataformas Women Photograph e Mulheres Luz e co-fundadora do duo Paisagens Móveis, em parceria com Bárbara Lissa, – com foco em temáticas que envolvem meio ambiente e ecocrítica -, com o qual realizou a exposição “Quando o tempo dura uma tonelada”, em 2022, parte do ciclo de mostras individuais do BDMG Cultural, publicou, em 2021, o fotolivro “Três Momentos de um Rio” e foi selecionada pelo Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, no mesmo ano.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Denis Rodriguez e Leonardo Remor são artistas, curadores e pesquisadores. Refletem sobre o binômio Arte e Natureza em projetos que voltam seu olhar ao campo, à terra e à transmissão de conhecimento e tecnologias ancestrais de criadores populares e dos povos originários do Leste da América do Sul. E assim realizam ações e diálogos que resultam em instalações, filmes, objetos, fotografias e arquivos que se utilizam de metodologias, conceitos e reflexões vindos da antropologia com o objetivo de questionar a etnografia ocidental e repensar as relações humanas com seus territórios. Desde agosto de 2020, residem em Igatu, Chapada Diamantina, onde fundaram o Mirante Xique-Xique, uma para-instituição que promove residências de pesquisa em diferentes áreas: meio ambiente, arquitetura, culinária e artes. Através de atividades culturais, intercâmbios e a manutenção de uma biblioteca especializada circulante, a organização tem como missão a salvaguarda do patrimônio arquitetônico e imaterial ligado a cultura sertaneja-garimpeira da região.
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Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2023:
Acompanhe o site e as redes sociais do Prêmio PIPA para conhecer a cada semana novas páginas de artistas indicados, e para assistir às suas vídeo-entrevistas.