Conheça páginas de Artistas Participantes do PIPA 2023

Nesta décima quarta edição do Prêmio PIPA, estão participando ao todo 73 artistas – dos quais 61 foram indicados pela primeira vez – escolhidos pelo Comitê de Indicação. Assim como nas últimas edições, o Prêmio está focado na produção mais recente, sendo voltado para artistas que realizaram sua primeira exposição individual ou coletiva há no máximo 15 anos. O objetivo do PIPA 2023 é ser um incentivo para artistas em início de carreira, com produção diferenciada.

Um importante momento de toda edição se dá com a criação das páginas de cada Artista Participante nos sites em português e inglês do Prêmio: todos os artistas que participam da premiação têm sua própria página, onde estão reunidas imagens de trabalhos, textos, vídeos, informações sobre a trajetória, entre outros conteúdos. Essas páginas que estão sendo adicionadas agora, somadas às já existentes, constituem uma fonte de consulta e pesquisa sobre a arte contemporânea brasileira, e podem ser posteriormente atualizadas a partir do envio de mais material pelos artistas, estando assim sempre à par dos novos momentos da produção de cada um.

Além desse conteúdo, as páginas também contam com uma vídeoentrevista oferecida pelo PIPA e realizada pela produtora Do Rio Filmes, formato que possibilita que o artista apresente seu trabalho ao público de uma forma mais próxima e pessoal. Em breve esses vídeos estarão disponíveis e serão divulgados nas plataformas do Prêmio.

Nesta postagem, apresentamos abaixo páginas recentemente criadas de alguns dos nomes indicados ao PIPA 2023:

Bárbara Macedo é artista visual, pesquisadora e professora de artes; é travesti e makumbeira. Bacharela em Artes Plásticas pela Escola Guignard – UEMG. Investiga as encruzilhadas entre arte, travestilidade e makumba. Participou de diversas exposições individuais e coletivas, onde destacam-se: “Babélica” (2023), “Museu Travesti da Neca” (2021), “BRAsA” (2019) e “Coleção Grandes Mestres das Nudes” (2018).

Atuou como curadora e coordenadora da Residência Artística Quarta Queer (2018) e como curadora da exposição “Trajetória Viva” (2020). Tem a espiritualidade não somente como tema investigativo, mas também como um campo de criação coletivo entre a artista e os mortos com os quais convive diariamente. Se interessa em desTRAVAR armadilhas coloniais e usar criativamente o seu bom e mau humor. É uma artista das encruzilhadas, local onde cria imagens e feitiços na busca de emancipar uma arte travesti. Se nutre de saberes encantados trazidos pelos mortos no terreiro que faz parte, composto majoritariamente por travestis, incluindo sua zeladora-de-santo; localizando enquanto seu referencial epistêmico aquele que se assenta nas makumbas, no seu próprio corpo e nas corporeidades de outras travestis que vem fotografando há onze anos.

Visite a página da artista aqui.


Nasci, cresci e vivo no Jardim Catarina, um enorme bairro situado no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Fui criada por mulheres pretas que me introduziram ao mundo das artes a partir das suas vivências cotidianas. Como continuidade a essa formação, fiz graduação em Comunicação com ênfase em Jornalismo e especialização em Literaturas Afrikanas, direcionando meu olhar para Angola. A principal intenção dos meus processos artísticos é refletir e registrar minha existência a partir do espaço, subjetividade e corporeidade. Faço do barro ponto de partida material e filosófico por meio de linguagens como escultura, pintura, poesia, fotografia, audiovisual.

Os movimentos gerados a partir dessas feituras me levaram a viajar por dentro e fora do Brasil, participando de exposições coletivas entre as quais se destacam “Hu – minha alegria atravessou o mar” no MAC Niterói, “Crônicas Cariocas” e “Um Defeito de cor” no Museu de Arte do Rio, “Vazar o Invisível” na galeria OM. Art, “Nunca foi sorte” na Central Galeria, em São Paulo, projeto “Mostra a tua arte’’, em Belém do Pará; individual “do barro ao corpo” no Sesc São Gonçalo; residência artística em Taipei Artist Village, Taiwan; resenhas críticas como “arte como meio de reivindicar existência e permanência” para a Revista Select, “crônicas de uma celebração ao mar” para Taiwan East Coast Land Arts Festival; participação em mesas na Bienal do Livro, ArtSampa, FLUP e Universidad de La Plata; e atividades relacionadas à arte educação em escolas públicas. Corpo, território e memória se entrelaçam numa sugestão de transformação individual e coletiva.

Visite a página da artista aqui.


Em sua prática artística, Larissa de Souza emprega a pintura em diferentes formatos e linguagens. A figura central de suas representações artísticas é a imagem da mulher afro brasileira em seu universo particular e coletivo, navegando entre a memória, corpo, desejo e ancestralidade. Destacam-se em suas produções colagens de objetos, tecidos, bordado, molduras em resina, técnicas com texturas sobre a pintura, pinturas com o fundo abstrato e iconografias desenvolvidas pela artista. Larissa é autodidata e seu trabalho integra coleções importantes, como a do Museu de Arte do Rio (MAR) e no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Entre exposições coletivas e feiras de arte nacionais e internacionais, realizou sua primeira exposição individual na Galeria HOA Tour, “Pertencimento’’ (2021 – São Paulo), e sua primeira individual internacional na Galeria Albertz Benda, “Paredes que Contam Histórias’’ (2023 – Nova Iorque).

Visite a página da artista aqui.


Marcelo Camara é bacharel em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB) e graduado em Arquitetura e Urbanismo pela mesma instituição. Trabalha com pintura e desenho investigando o fazer entre ação e representação, entre a figura e o gesto, utilizando-se de imagens de referência – principalmente da história da arte – de onde partem suas obras. Os trabalhos resultam do olhar para imagens canônicas, numa revisitação que acaba por desfazer aquilo que é conhecido. Seu processo está ligado intimamente ao desejo provocado por aquilo que vê e às possibilidades do gesto, levando a uma espécie de abstração onde os traços, manchas e cores mais sugerem do que definem figuras ou cenas, numa abertura da imagem que faz refletir sobre a própria ideia de representação e sobre a linguagem da pintura. O artista participou de exposições coletivas, como “Do corpo objeto ao animal político”, Arte Londrina 8, UEL/PR (2020), “Entre o tempo e o espaço”, na Galeria Casa/DF (2022), “Sob a luz azul”, A Pilastra/DF (2022). Teve sua primeira exposição individual “Variações” no Espaço Cultural Renato Russo em Brasília/DF, em 2022, que foi no mesmo ano apresentada no Centro Cultural Octo Marques em Goiânia/GO.

Visite a página do artista aqui.

Ricardo Tokugawa nasceu em São Paulo, é neto de imigrantes de Okinawa (ilhas ao sul do Japão) e possui em seu percurso uma mistura de três culturas: brasileira, okinawana e japonesa. É formado em Engenharia e Fotografia e seu trabalho artístico contempla a busca de um enfrentamento pessoal, um olhar para sua ancestralidade e um processo de investigação da família e da casa. Em seu trabalho, propõe que através de reconhecimentos e estranhamentos possamos olhar para nossas próprias questões identitárias e tradições, que não cessam de se mover e renovar. Fruto dessa pesquisa, em 2021 publicou seu primeiro livro, “Utaki”, pela editora brasileira Lovely House.

Realizou exposições coletivas no Brasil e na França e entre os prêmios, incluem o Prêmio de Melhor Edição | Festival FELIFA, Argentina (2021) e o Prêmio Lovely | Festival Imaginária, Brasil (2021). Em 2020, foi um dos fotógrafos participantes do programa Arte na Fotografia do canal Arte1 e, em 2022, participou junto com a agência Magnum Photos Paris do programa de gestão de legados fotográficos da União Européia, e prestou assistência para o fotógrafo Gueorgui Pinkhassov, membro da mesma agência.

Visite a página do artista aqui.

Acompanhe o site e as redes sociais do Prêmio PIPA para conhecer a cada semana novas páginas de artistas indicados e, em breve, assistir às suas vídeoentrevistas.



O PIPA respeita a liberdade de expressão e adverte que algumas imagens de trabalhos publicadas nesse site podem ser consideradas inadequadas para menores de 18 anos. Copyright © Instituto PIPA