(São Paulo, SP)
A coletiva Meu corpo: território de disputa, com curadoria de Galciani Neves, reúne 29 artistas mulheres expoentes de diferentes gerações, cujos trabalhos evocam as experiências vivenciadas por corpos reconhecidos como de mulher. A exposição está aberta ao público até o dia 18 de março, na galeria Nara Roesler, em São Paulo, SP.
Enquanto as estatísticas se revelam assombrosas pela crueza dos fatos – o Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que uma mulher é vítima de feminicídio a cada 7 horas, no país – Neves apresenta um conjunto diverso de estratégias poéticas desenvolvidas pelas artistas, que encaram esse cenário a partir da crítica, da fabulação, da autoafirmação e do reconhecimento de ser mulher no Brasil. Propondo uma corporeidade centrada no desejo, na espiritualidade e na ancestralidade, as artistas fazem do corpo um espaço de luta, resistência, força e gozo.
A mostra se organiza em três eixos principais, intitulados: A liberdade também é um combate, Fabular uma anatomia experiencial, e Corpo-floresta em desbunde e recebe artistas como Berna Reale, Renata Felinto, Salisa Rosa, Rubiane Maia, Hariel Revignet, Virgínia de Medeiros, Daiara Tukano, Josi, Letícia Parente, Maré de Matos, Regina Parra, Tadáskía, entre outras.