Maxwell Alexandre, sem título, 2021, de “Pardo é Papel: New Power”, 2019–, látex, graxa de sapato, betume, corante, grafite, carvão e acrílico sobre papel pardo, 94 ½ × 566 15/16 polegadas. © Maxwell Alexandre. Cortesia do artista e A Gentil Carioca

“Pardo é Papel: The Glorious Victory and New Power”: primeira exposição solo de Maxwell Alexandre na América do Norte

(Nova Iorque, EUA)

O artista Maxwell Alexandre apresenta sua exposição individual Pardo é Papel: The Glorious Victory and New Power no The Shed New York até 8 de janeiro de 2023, com pinturas em grande escala da série “Pardo é Papel”. A mostra é organizada por Alessandra Gómez, Curadora Associada da Large, com gestão de exposição por Elizabeth Berridge, Gerente Associada de Exposições.

Historicamente, o termo “pardo”, presente no título da série, tem duplo significado como o tipo de papel mas também como uma categoria racial ambígua no censo brasileiro. Os ativistas argumentam que a categoria, baseada na aparência física dos tons de pele e não na ancestralidade, foi projetada para ofuscar a identidade negra dentro da população brasileira, reduzindo a porcentagem de cidadãos que se identificam como negros.

Maxwell Alexandre, sem título, 2021, de “Pardo é Papel: New Power,” 2019–. Graxa de sapato, betume, carvão, grafite, látex, acrílico e bastão de óleo sobre papel. 126 x 189 polegadas. © Maxwell Alexandre. Cortesia do artista e A Gentil Carioca.

A série “Pardo é Papel” compreende retratos coletivos que celebram o empoderamento, a autoestima e a prosperidade de pessoas negras, com cenas marcantes de lazer comunal intercaladas com imagens históricas religiosas e artísticas recorrentes. Símbolos da cultura pop aparecem ao lado dessas imagens, incluindo representações de ícones da cultura negra e produtos comerciais da infância de Maxwell: muitas das pinturas de “A vitória gloriosa” (2017-), primeiro período da série “Pardo é Papel”, são homenagens para músicos negros do Brasil e de fora. O artista aproxima seu trabalho da influência do hip hop e do rap brasileiro ao se referir às suas séries como álbuns.

Maxwell Alexandre, “A vitória gloriosa” [The glorious victory], 2018, de “Pardo é Papel: The Glorious Victory,” 2017–.
Látex, graxa de sapato, relaxante de cabelo, betume, acrílico, grafite, carvão e óleo em bastão sobre papel pardo. 126 x 189 polegadas. Obra © Maxwell Alexandre. Cortesia Fortes D’Aloia & Gabriel e A Gentil Carioca. Foto: Gabi Carreira. Cortesia Instituto Inclusartiz e Museu de Arte do Rio – MAR.

A subsérie “New Power” (2019-), a mais recente, foi feita para explorar a ideia da comunidade negra dentro dos templos estabelecidos para a contemplação da arte: galerias, museus e feiras. Entendendo a arte contemporânea como um campo de elite que concentra grande capital financeiro e intelectual, a série focaliza o público negro contemplando arte em museus e galerias para chamar atenção para a dinâmica excludente em jogo nos espaços brancos de arte contemporânea ocidental.

Para ler o texto completo da exposição, disponível em inglês, clique aqui.

Assista abaixo a um vídeo em que Maxwell fala sobre a ideia por trás das obras expostas:

“Pardo é Papel: The Glorious Victory and New Power”, exposição individual por Maxwell Alexandre
De 26 de outubro, 2022, até 8 de Janeiro, 2023

The Shed | Galeria do Nível 4
545 W 30th St, Nova Iorque, NY 10001 EUA
info@theshed.org



O PIPA respeita a liberdade de expressão e adverte que algumas imagens de trabalhos publicadas nesse site podem ser consideradas inadequadas para menores de 18 anos. Copyright © Instituto PIPA