Como parte do Prêmio PIPA, os artistas que realizam a exposição concedem entrevistas à Do Rio Filmes para a realização de um vídeo de montagem, no qual podemos ver um pouco das etapas que levaram ao resultado final. No vídeo, os artistas contam sobre seus trabalhos e temáticas, e comentam a importância do Prêmio para suas carreiras.
Josi fala de seu processo que chama de “quarar-reverso”, por meio do qual vê potencial das cores nas manchas. Foi dessa forma que ela passou a utilizar a água do feijão para pintar, observando as diferentes cores que surgem a partir dos pontos de cozimento. A artista também trouxe peças de cerâmica que unem dois tipos de tecer, o do barro e do crochê, colocando saberes em diálogo.
A dupla Coletivo Coletores foi formada em 2008 por Toni Baptiste e Flávio Camargo, nascida do interesse de pesquisar diferentes formas de ocupar a cidade, tomando esse espaço como temática e como suporte, misturando arte, tecnologia e intervenção urbana para pensar apagamentos de memória. Bandanas, fotografias-registros de videomapping, vídeos do universo dos NFTs e um vídeo musical são algumas das criações que podem ser vistas na sala Terreiro.
Vitória Cribb trabalha com audiovisual, criando vídeos curtos em loop e narrativas de ficção científica para pensar a relação do ser humano com a máquina, principalmente focada em como nos relacionamos com os aparatos tecnológicos e com a conectividade. O curta que ela traz ao Paço Imperial reflete sobre o loop de conteúdos e sobre o loop de violência que aprisiona muitas pessoas. A artista também disponibiliza de modo impresso para o público o texto “Espontaneidade Programada”, de sua autoria.
UÝRA, que se define como gente-planta, indígena, trans de dois espíritos, une seus saberes das ciências com saberes ancestrais em sua prática. Para a exposição, a artista traz fotografias de imagens percebidas nos buracos criados pelos espaços entre o topo das árvores e o céu da mata: são “mirações”, animais que ela percebeu ao olhar para cima, na floresta, em um momento único, como ocorre quando buscamos formas nas nuvens. Ela também apresenta um texto escrito na parede à mão, e fotoperformances.
Assista ao vídeo abaixo:
A mostra fica em cartaz até 30 de outubro!
Paço Imperial
Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro, Rio de Janeiro
Terça a sexta, 12 às 18h; sábados e domingos, 12 às 17h
O Paço estará fechado no feriado de 7 de setembro