Obra do artista Thiago Martins de Melo (Coleção Marcelino Rafart de Seras)

Nova representação da memória colonial do país é apresentada em “Necrobrasiliana”

(Curitiba, PR)

Com curadoria de Moacir dos Anjos, membro do Conselho do PIPA de 2011 a 2021, a exposição Necrobrasiliana apresenta 12 artistas contemporâneos no Mupa, Museu Paranaense, em diálogo com o conjunto documental – visual e escrito – denominado brasiliana. Produzidos entre os séculos XVI e XIX, por artistas e outras personalidades como Albert Eckout, Jean-Baptiste Debret, Johan Moritz Rugendas, tais documentos históricos trazem muitas vezes imagens da violência colonial praticada com as populações indígenas e negras.

Por estarem presentes na memória coletiva dos brasileiros, essas representações acabam por normalizar as violências do colonialismo. De acordo com o texto curatorial da exposição, a reunião desses trabalhos demonstra “estar-se formando uma nova representação da memória colonial do país, que não somente nomeia os danos infligidos a partes de sua população, mas redistribui, em novos lugares simbólicos, os corpos que o habitam”, diz Moacir dos Anjos. Integram a mostra coletiva obras de Ana Lira, Dalton Paula, Denilson Baniwa, Gê Viana, Jaime Lauriano, Rosana Paulino, Rosângela Rennó, Sidney Amaral, Tiago Sant’Ana, Thiago Martins de Melo, Yhuri Cruz e Zózimo Bulbul, que estarão em cartaz até 28 de agosto de 2022.

Necrobrasiliana

09 de junho, 2022 _ 28 de agosto, 2022
MUPA – Museu Paranaense, Paraná, Brasil
Curadoria: Moacir dos Anjos



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