Ao ser indicado ao PIPA, cada artista tem direito a páginas nos sites em português e em inglês do Prêmio. Essas páginas, juntas, formam um catálogo da arte contemporânea brasileira: são alimentadas com imagens de trabalhos, vídeos, textos, currículos, entre outros conteúdos que os participantes desejem enviar. A equipe do Prêmio incentiva que os artistas mantenham suas páginas atualizadas e está sempre disponível para recebimento de material. Além disso, os participantes do PIPA também são convidados a gravar uma vídeo-entrevista com a Do Rio Filmes, assim tendo mais um espaço para compartilharem sobre suas obras e seus processos de criação.
Os artistas participantes foram indicados pelo Comitê de Indicação, formado por profissionais da arte de todo o Brasil, no qual cada membro pode enviar até três nomes. Dos 66 artistas indicados para o Prêmio PIPA 2022, 61 participam desta edição, sendo 49 participantes de primeira viagem.
Assim como na edição do ano passado, o Prêmio decidiu focar na produção mais recente, indicando artistas que realizaram sua primeira exposição individual ou coletiva há no máximo 15 anos. O objetivo do Prêmio PIPA 2022 é ser um incentivo para artistas em início de carreira, porém com produção diferenciada.
Nesta postagem, apresentamos alguns dos 61 participantes do PIPA 2022. Clique nos nomes para acessar as respectivas páginas e saber mais sobre eles:
O trabalho de Alan Adi (Aracaju, 1986) passa por pesquisar comumente temas relacionados à formação da sociedade brasileira partindo da perspectiva da região Nordeste, evidenciando a produção artística vinda dessa região ao mesmo tempo em que essa produção dá suporte para a construção de trabalhos que discutem questões a exemplo da migração, da economia, da história e da educação. Interações entre a herança social das imagens associadas ao Nordeste e o atual contexto de nação povoam boa parte de sua pesquisa recente que se atrela aos formatos usuais daquilo que ficou historicamente demarcado como a poética visual oriunda da região.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
Nasceu em Niterói (RJ), vive e trabalha em São Paulo. É bacharel em Comunicação Social pela UFRJ e pós-graduada em Cinema pela The New School University (NY). Combina diferentes técnicas e práticas artísticas, mesclando fotografia, vídeo, instalação, performance, arte sonora, colagem, impressos e materiais têxteis. Sua investigação busca revelar outras corporalidades, criar sentido, ressignificar memórias e elaborar outras formas de existência. Foi contemplada com o Programa Rumos Itaú Cultural 2015/2016, com a Bolsa ZUM de Fotografia do Instituto Moreira Salles 2018 e com 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça 2019. Recentemente participou de exposições importantes como “Histórias Feministas, artistas depois de 2000” – MASP, “Histórias Afro-Atlânticas” – MASP/Tomie Ohtake, “Cuando cambia el mundo” – Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, Argentina e “Pensar tudo de nuevo” – Les Rencontres de la Photographie, Arles, França. Abriu sua exposição individual “Aline Motta: memória, viagem e água” no MAR/Museu de Arte do Rio em 2020. Em 2021 exibiu seus trabalhos em vídeo no New Museum (NY) no programa “Screen Series”. Em 2022, lançou seu livro “A água é uma máquina do tempo” pela Editora Fósforo e Luna Parque Edições.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
Situado na região da Gamboa, Rio de Janeiro – fundado em 2016. Espaço de formação, trabalho e convivência gerido coletivamente por um grupo de artistas, curadores e pesquisadores. Além de funcionar como um atelier propriamente, o A.S. promove oficinas, exposições, feiras de publicações independentes, cineclube e apresentações musicais – estabelecendo-se como Centro Cultural Autônomo. Também produz a Água Sanitária, cerveja caseira, revolucionária, fomentadora de cultura.
Dentre as práticas de oficina/atelier, destacam-se o desenho, marcenaria, escultura e instalações. O pensamento arquitetônico, bem como suas práticas, são comuns entre os membros do Atelier. Através de oficinas, exposições e residências artísticas, estabelecem redes com outros artistas e pesquisadores e a comunidade do bairro.
Dentre as principais atividades coletivas do Atelier, destacam-se A Roda de Samba dos Amigos Compositores do Bezerra da Silva, o Salão Vermelho de Artes Degeneradas (2019 e 2022), o CINEMAMATA e Residências Artísticas.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
Charles Lessa (1993) é artista visual. Vive e trabalha em Crato Ce. O fazer artístico é o lugar onde brinca e cria ficções com a pintura figurativa, fabulando personagens, segundo ele, “convulsivamente belas e debochadas”. Investiga a estética da arte popular em diálogo com a arte contemporânea, na invenção de narrativas, reivindicando uma nova infância na fase adulta. Há também um forte apelo gráfico nas imagens de Charles – na disposição dos elementos e no uso da cor – além de uma camada erótica muitas vezes insólita e bem humorada.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
Desali é formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (UEMG). Participou das exposições: “Enciclopédia Negra” na Pinacoteca de São Paulo; exposição “Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros”, no Instituto Moreira Salles; “Sertão”, Panorama 36 no MAM, Bolsa pampulha no MAP e 32 edição do Salão Arte Pará e Salão Itajaí. Já fez parte de residências, exposições, coletivos e particulares no Brasil e no exterior, possui obras adquiridas pelo Centro Cultural São Paulo (CCSP), no acervo “Arte da Cidade”, no acervo da Museu de Arte da Pampulha (MAP) e no acervo da Pinacoteca de São Paulo. Criador do Coletivo Piolho Nababo, há dez anos em Belo Horizonte, viaja por múltiplas linguagens, incluindo grafite, fotografia, vídeo e intervenção urbana, promovendo o contato entre a margem e o centro, questionando as instituições artísticas tradicionais e seu colonialismo, contaminando esses espaços com as ruas.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
Sy Gomes é uma travesti negra nascida em Eusébio, no bairro Coaçu, que significa Folha Grande. Movida pelo tempo, se instalou na cidade de Fortaleza e atualmente reside nela. Neste território tem feito arte por pelo menos 5 anos. Música, performance, instalação, criação ritualística, produção cultural e musical, design e paisagismo estão entre suas obras/pesquisas. É formada em História pela Universidade Federal do Ceará – UFC.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
Emerson, 30 anos, é indígena e dois espíritos (trans). Formada em Biologia, com mestrado em Ecologia, atua como artista visual, arte educadora e pesquisadora. Habita Manaus (AM), território industrial no meio da Floresta, onde se transforma para viver Uýra, uma Árvore que Anda. Tendo o corpo como suporte, narra histórias de diferentes Naturezas via fotoperformances e performance. A partir da paisagem Cidade-Floresta, se interessa pelos sistemas vivos e suas violações, e memória e diásporas indígenas. Integrou o Salão Arte Pará (2019), a exposição pelo Prêmio EDP das Artes, Tomie Ohtake (2020), a da 34a Bienal de São Paulo (2021), e exposições em instituições na Áustria, Itália, São Francisco, Holanda, França e em 2022 participará da Manisfesta! (Bienal nômade da Europa), e apresentará duas individuais, no Museu de Arte do Rio- MAR e no Museu de Arte Moderna – MAM Rio.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
Cribb é formada pela Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ, Rio de Janeiro, Brasil. Filha de pai haitiano e mãe brasileira, vem criando nos últimos anos narrativas digitais e visuais que permeiam técnicas como: criação de avatares em 3D, filtros em realidade aumentada e ambientes imersivos, utilizando o ambiente digital como meio para explicar suas investigações e questões atuais percorridas por seu subconsciente. A artista investiga os comportamentos e desenvolvimentos de novas tecnologias visuais/sociais e transpõe o seu pensamento através da imaterialidade presente no digital.
Em 2021, “@ ilusão”, filme e instalação digital da artista, foi citado e ganhou destaque em resenhas como o XR Panel do The Art Newspaper. Entre as exposições destacam-se: The Silence of Tired Tongues (Framer Framed, Amsterdam, 2022); Oh I Love Brazilian Women (Apexart, New York, 2022); Segue em Anexo (Museu Nacional da República, Brasília, 2022); Futuração (Galeria Aymoré, Rio de Janeiro, 2021); Disembodied Behaviors (galeria bitforms, New York, 2020), The Brazil that I Want (Centre d’Art Contemporain Genève, 2020), Começo do Século (Galeria Jaqueline Martins, São Paulo, 2019).
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes exclusivamente para o Prêmio PIPA 2022:
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