“DIZER NÃO” coletiva que conta com 40 artistas, duplas ou coletivos com atuação sobretudo na área das artes visuais, e também nas de música e performance está aberta até 19 de setembro no espaço independente de arte Ateliê397, em São Paulo. A exposição é organizada por Adriana Rodrigues, Edu Marin, Érica Burini e Thaís Rivitti, com o apoio do Ateliê397, e recebe os artistas Adriano Machado, Ana Dias Batista, André Komatsu, Bertô, Bruna Kury e Gil Porto Pyrata, Cildo Meireles, Clara Ianni, Craca e Raphael Franco, Cuca Ferreira, Daniel Jablonski, Denise Alves-Rodrigues e Pablo Vieira, Edu Marin, Elizabeth Slamek, Fernando Burjato, Flora Leite, Frederico Filippi e C. L. Salvaro, Graziela Kunsch, Isael Maxakali, JAMAC, João Loureiro, Juçara Marçal, Kadija de Paula & Chico Togni, Kauê Garcia, Laura Andreato e MuitasKoisas, Leda Catunda, Lia Chaia, Lícida Vidal, Lucimélia Romão, Marcelo Amorim, MUSEUL*RA e Ateliê Um bom lugar, Paola Ribeiro, Rafael Amorim, Raphael Escobar, Regina José Galindo, Rochelle Costi, Shima, Sol Casal, Vânia Medeiros e Wagner Pinto.
Os artistas listados debruçam-se em torno de questões como: “O que pode a arte contra a barbárie?”, “Como e por que continuar produzindo em tempos de morte e luto?”, “Há eficiência política nas ações artísticas?”. “Posicionando-se francamente contra as políticas governamentais que negam a pandemia e minimizam suas consequências, contra políticas racistas e sexistas, transfóbicas e homofóbicas e também contra a difamação do artista e o boicote econômico às atividades culturais”, apresenta o texto de divulgação da exposição, no sentido de levantar os impasses que dificultam a produção e a reflexão sobre arte nos dias de hoje no Brasil.
Para Thais Rivitti, curadora, gestora do Ateliê397 e uma das organizadoras de Dizer Não, “A exposição tem um núcleo de artistas bem próximo aos organizadores e ao Ateliê397. São artistas com os quais já trabalhamos e com os quais seguimos trocando remotamente durante a pandemia. Com eles compartilhamos nossa indignação, revolta, sensação de impotência e vontade de reagir, de alguma forma, dentro de nossa área de atuação que é a arte”.
Em diferentes etapas de suas carreiras, do veterano Cildo Meireles à iniciante Lícida Vidal, os artistas se juntam em torno da proposta da exposição que é pensar o momento político presente e suas consequências para o fazer artístico. Alguns apresentam trabalhos inéditos, pensados especificamente para a exposição, como é o caso de Leda Catunda, Ana Luiza Dias, João Loureiro e Daniel Jablonski. Outros apresentam versões de trabalhos já existentes que agora adquirem uma nova atualidade, como é o caso de Shima (no video Protocolo, em colaboração com Rafael Abdala), Marcelo Amorim nas pinturas Sem título (boxeadores) e Lia Chaia com o vídeo Mil Olhos, de 2019. Há, ainda, os artistas-referências como Regina Galindo, Cildo Meireles e Juçara Marçal, que emprestaram para a exposição obras fundamentais para se pensar a potência da arte diante de situações políticas adversas.
A campanha lançada na plataforma abacashi (https://abacashi.com/p/
Exposição “DIZER NÃO”
De 22 de julho a 19 de setembro de 2021
Curadoria de Thaís Rivitti em parceria com Adriana Rodrigues, Edu Marin e Érica Burini
Atelier397
Rua Cruzeiro, 802 – Barra Funda, São Paulo – SP
De quinta a domingo; Quinta e sexta das 14 às 18h; Sábado e domingo, das 11 às 19h
instagram @dizernao
Facebook @ProjetoDizerNao
Para doar: https://abacashi.com/p/dizernao
A exposição não requer agendamento prévio, mas tem um limite de 20 visitantes por vez, como forma de atender aos protocolos de prevenção à COVID-19. O uso de máscara é obrigatório, bem como a higienização das mãos com álcool em gel na entrada.