Regina Parra: vista de exposição com obras da série "Aurora", 2020, óleo e cera sobre papel

“Não Vamos para Marte II”: mostra coletiva que dialoga com a gravidade social atual

Até 22 de julho, a Galeria Jaqueline Martins apresenta Não Vamos para Marte II, mostra coletiva que é o segundo de três capítulos. O “Não Vamos para Marte” é um projeto que organiza um pequeno arquivo de experiências artísticas que dialoga com a gravidade social atual, com curadoria de Galciani Neves. A exposição acontece em espaço virtual de mediação produzido pela Galeria.

Confira, abaixo, parte do texto curatorial:

“esse projeto-arquivo também aglutina imagens, textos, notícias, links, músicas, enfim, excertos coletados nas mais diferentes fontes e que expressam manifestações contra a incoerência política, a crise humanitária global que estamos encarando e os modos como nos construímos para encarar o mundo. A arte, inevitavelmente, também se conecta a esses (e outros tantos) impactos e se presentifica a partir das condições como sobrevivemos e nos deslocamos. Nesta plataforma, os trabalhos também vêm acompanhados de suas ‘áreas de convivência’: conteúdos, referências, memórias, imaginários e narrativas processuais de muitas naturezas que atuam acrescentando camadas de percepção aos trabalhos”.

Deste segundo capítulo participam os artistas Aline Motta, Aline van Langendonck, Fabio Morais, Gastão de Magalhães, Gê Viana, Helô Sanvoy, Letícia Parente, Linga Acácio, Martha Araújo, Patrícia Araújo, Claudio Bueno/Paula Garcia, Rafael RG, Raphaela Melsohn e Regina Parra. Todos apresentam projetos que narram e/ou promovem gestos e ações no espaço.

Gê Viana, uma das vencedoras do Prêmio PIPA 2020, traz a série “Paridade” (2017), que fala das diferenças e semelhanças dos povos originários de uma parte do Brasil, do que fomos e o que somos agora e as causas dessas transformações, o que foi perdido. Regina Parra participa com a série de pinturas “Aurora”, título que se refere à personagem da peça “Os sete gatinhos”, escrita pelo autor brasileiro Nelson Rodrigues em 1958. Helô Sanvoy apresenta os registros de ação “Desvio para o Branco” (2013) e “Refazendo Mitos” (2019-2020), e a série “Invocar/Evocar” (2019-2020), constituída por 3 proposições organizadas a partir deste último trabalho. Já Fabio Morais traz o anúncio “Anônimo”, montado com amostras da caligrafia da cidade de São Paulo, e a obra “Loop #5” (2020).

Para acessar a mostra, clique aqui.

Helô Sanvoy: “Desvio para o branco”, 2013, instalação, vídeos, página de jornal, impressões de página da internet, fotografia, objetos de gesso e gravata. dimensões variáveis,
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