Louise Bourgeois, "Maman", 1999, Guggenheim Bilbao Museoa

“Luiz Camillo Osorio: arte, crítica e trajetória profissional”: ouça agora o novo episódio do PIPA Podcast

Este novo episódio do PIPA Podcast contou com a participação do público: disponibilizamos uma caixa de perguntas no perfil de Instagram do Prêmio (@premiopipa) para que quem nos acompanha pudesse mandar dúvidas para o curador do Instituto PIPA, Luiz Camillo Osorio. Assim, recolhemos, organizamos e selecionamos alguns questionamentos, que foram apresentados ao Camillo nesta conversa.

Alguns dos temas abordados foram a trajetória acadêmica e profissional do entrevistado, assim como a importância da expografia para a exposição; a prática da crítica; narrativas decoloniais e outras questões que permeiam o campo da arte.

Ouça agora o episódio aqui no site ou acesse nas plataformas de streaming, como Spotify e Apple podcast, além do nosso canal Prêmio PIPA no Youtube.

Os episódios do podcast estão sendo gravados remotamente, por meio de videoconferência. Abaixo, você pode conferir as referências que são feitas durante a conversa.

R E F E R Ê N C I A S

  • Livro “Razões da Crítica”

Confira a descrição do livro, escrito por Luiz Camillo Osorio e publicado em 2005:

“Entre tudo poder ser arte e qualquer coisa de fato ser arte reside uma diferença fundamental. Esse livro discute o papel e os lugares da crítica na atualidade, bem como sua participação no processo de criação e disseminação de sentido, deslocando-a da posição de juiz para a de testemunha”.

Ele está disponível para compra em diversos sites de livrarias.

Razões da crítica | Amazon.com.br

  • Immanuel Kant (1724 – 1804)

Reproduzimos e traduzimos, abaixo, um pequeno texto sobre Kant, encontrado no portal Enciclopédia de Filosofia de Stanford:

“Immanuel Kant (1724 – 1804) é a figura central da filosofia moderna. Ele sintetizou o racionalismo moderno inicial e o empirismo, definiu os termos para grande parte da filosofia dos séculos XIX e XX, e continua a exercer uma influência significativa hoje em metafísica, epistemologia, ética, filosofia política, estética e outros campos. A ideia fundamental da ‘filosofia crítica’ de Kant – especialmente em suas três críticas: Crítica da Razão Pura (1781, 1787), Crítica da Razão Prática (1788) e Crítica do Juízo (1790) – é a autonomia humana. Ele argumenta que a compreensão humana é a fonte das leis gerais da natureza que estruturam toda a nossa experiência; e que a razão humana dá a si mesma a lei moral, que é a nossa base para a crença em D’us, na liberdade e na imortalidade. Dessa forma, o conhecimento científico, a moralidade e a crença religiosa são mutualmente consistentes e seguros porque todos eles repousam no mesmo fundamento da autonomia humana, que é também o último fim da natureza, de acordo com a visão de mundo teológica de refletir o julgamento que Kant introduz para unificar as partes teóricas e práticas do sistema filosófico dele”.

  • Exposição de Monet no Museu de Belas Artes

A exposição a que Camillo se referiu durante a conversa aconteceu de 12 de março a 19 de maio de 1997 no MNBA (Museu Nacional de Belas Artes), no Rio de Janeiro. Foi anunciado que a mostra contaria com as obras mais importantes do artista impressionista francês Claude Monet (1840 – 1926), mas que também estariam presentes obras de amigos contemporâneos de Monet, como Pierre-Auguste Renoir, Edouard Manet e Eugène Boudin.

Em uma matéria publicada na Folha de São Paulo na época, escreveu-se que: “A exposição reunirá 31 telas vindas diretamente do museu Marmottan-Monet, em Paris, que retratam a mais importante fase do artista: seus últimos 40 anos de vida, quando morou em uma casa em Giverny, na Normandia. […] Mas Monet não estará presente apenas em telas a óleo. Caricaturas que fez quando iniciou sua vida artística estarão também expostas, além de objetos pessoais, como seus óculos, e 40 fotografias mostrando sua família e amigos”.

Para ler a matéria completa, clique aqui.

Claude Monet, vida e obra | Acervo

Imagem da Agência o Globo. Legenda no acervo “Fila. Primeiro dia da mostra de Claude Monet no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio: público aguarda a abertura da visitação / Christina Bocayuva 13/03/1997”.

  • Walter Benjamin: “O conceito de crítica de arte no romantismo alemão”

Conheça, abaixo, parte da orelha do livro, publicado pela editora Iluminuras, com tradução de Márcio Seligmann-Silva:

“Este livro é a tese de doutorado de Walter Benjamin escrita entre 1917 – 1919 em Berna, Suíça. Benjamin decidiu ‘fugir’ para escapar do alistamento no exército alemão durante a Primeira Grande Guerra. Aproveitou a estadia na Suíça para escrevê-la, pois essa ‘convenção’, segundo suas palavras, era absolutamente necessária ao ingresso na carreira acadêmica, da qual teve de desistir mais tarde. O texto se ressente dos limites impostos por essas condições de produção. Os leitores acostumados à prosa poética de Benjamin poderão ficar surpresos diante deste texto acadêmico e rebuscado; mas, se persistirem na leitura, descobrirão, como num instigante jogo de esconde-esconde, não só uma análise filosófica do primeiro Romantismo alemão, inovadora para a época, mas também alguns dos temas e dos conceitos prediletos de sua reflexão posterior”.

Para acessar um PDF do livro, clique aqui.

  • Exposições simultâneas no MAM (Nan Goldin, Elisa Bracher, Daisy Xavier e Fernanda Gomes)

Em 2012, o MAM Rio recebeu, simultaneamente, mostras das quatro artistas citadas acima. Na época, fizemos algumas publicações sobre as mostras aqui no site do Prêmio PIPA.

Em uma postagem aqui no site sobre a exposição de Nan Goldin, a “Heartbeat”, Luiz Camillo Osorio, curador do MAM na época, comentou: “Ela é uma exposição polêmica? É polêmica, mas é uma exposição poderosa, bonita, o olhar dela (Nan Goldin) é um olhar afetuoso sobre relações absolutamente não convencionais, em que há um leque de possibilidades de relação, de convivência, de paternidade, maternidade, de amor. Tudo isso eu acho que aparece nos slideshows”. Próximo à abertura da mostra, Camillo deu uma entrevista exclusiva para o PIPA sobre a exposição, e você pode lê-la clicando aqui.

Daisy Xavier, indicada ao PIPA em 2010, também estava em cartaz com a sua exposição “Último azul”,  de 3 de dezembro de 2011 até 26 de fevereiro de 2012. O post colocado no site, naquele ano, explicava que “A produção da artista sempre teve foco na investigação de fotografias, instalações, vídeos ou pinturas. Além das formas que os corpos podem ter, das suas transições, e etc. O norte da pesquisa da artista se dá na possibilidade de dissolver limites e de mostrar o quanto eles podem ser maleáveis”.

Já a exposição de Elisa Bracher ficou em cartaz de 16 de outubro de 2011 até 26 de fevereiro de 2012. Na mostra “Ponto final sem pausas” a artista expôs trabalhos feitos especialmente para o MAM. Em nossa postagem de 2012, foi escrito que “O trabalho segue a escala monumental das últimas obras da artista e dialoga com o espaço arquitetônico do museu. A escolha do nome da mostra vem da necessidade de querer terminar, da tentativa de prorrogar algo que não pode ser finalizado. A instalação principal constitui numa esfera de oito toneladas, que flutua sobre a cabeça do visitante. As obras funcionam coletivamente, contribuindo com a ampliação da visão do espaço arquitetônico”.

Na individual de Fernanda Gomes, que ficou em cartaz de 17 de dezembro de 2011 a 22 de abril de 2012,  a artista realizou, segundo postagem aqui no site do PIPA,  uma exposição “mantendo uma relação com a arquitetura do museu. A mostra se ocupa do grande salão, criando ritmos e espaço, mantendo desta forma a autonomia de cada escultura e objeto, formando conjuntos, pondo o espectador em contato com a mostra naquele exato momento de visitação”.

Obra de Nan Goldin, da série “Paisagens”, a foto “Jesus in Rio”, 1997

  • Giacometti e Louise Bourgeois no MAM

De 16 de setembro a 13 de novembro de 2011, ficou em cartaz no MAM Rio a mostra “Louise Bourgeois: O Retorno do Desejo Proibido”, que reuniu 112 obras da artista franco-americana falecida em 2010, aos 98 anos. A exposição passou primeiro pelo Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e teve curadoria de Philip Larratt-Smith e organização do Studio Louise Bourgeois, em Nova York. Reproduzimos, abaixo, trechos de uma matéria publicada pelo portal de notícias G1 na véspera da abertura da exposição:

“(…) a mostra traz algumas das obras mais conhecidas da artista, como a instalação ‘A Destruição do Pai’ (1974) e ‘Maman’ (1999). Com quase dez metros de altura e dez metros de diâmetro, e pesando perto de onze toneladas, a escultura é uma imensa aranha de bronze e aço com ovos de mármore e ficará do lado externo do museu.

Dentro do Museu de Arte Moderna estará a versão de quatro metros de altura da obra, além de desenhos, objetos, pinturas, esculturas e instalações produzidas entre 1942 a 2009. ‘Louise Bourgeois: O Retorno do Desejo Proibido’ busca ressaltar o papel que o inconsciente e a psicanálise exerceram sobre a produção da artista. Símbolos fálicos, elementos que remetem à sexualidade, ecos da infância, a relação conturbada com o pai são alguns dos temas que permeiam as obras. Na extensa documentação presente na exposição estão textos, diários, fotos, cartas e anotações em que a artista descreve sonhos, aflições e seu processo criativo”.

Para ler a matéria completa, clique aqui.

Louise Bourgeois, “Maman”, 1999, Guggenheim Bilbao Museoa

A outra exposição mencionada por Camillo, “Alberto Giacometti – Coleção da Fondation Alberto et Annette Giacometti, Paris”,  ficou em cartaz no MAM Rio de 18 de julho até 16 de setembro de 2012. Reproduzimos, abaixo, parte do texto publicado sobre a mostra em 23 de julho de 2012 no portal Bolsa de Arte:

“(…) primeira retrospectiva no continente sul-americano do escultor, pintor e desenhista Alberto Giacometti, um dos artistas mais importantes do século XX. A exposição tem curadoria de Véronique Wiesinger, diretora da Fondation Alberto et Annette Giacometti, Paris, e conta com cerca de 280 obras provenientes da Fondation, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias e artes decorativas, realizadas entre os anos 1910 e 1960. Ao lado das obras da Fondation, está exposta a peça ‘Quatro mulheres sobre base’, de 1950, pertencente ao MAM Rio – único acervo público da América Latina a possuir um trabalho do artista”.

Para ler a postagem completa, clique aqui.

Alberto Giacometti: “Quatro mulheres sobre base”, 1950

  • “Projeto Terceira Metade”, de Camillo com Marta Mestre

De 18 de fevereiro até 17 de abril de 2013, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresentou o Projeto Terceira Metade. Saiba mais  a partir de trechos publicados no portal da Secretaria Especial de Cultura na época:

” (…) reúne exposição de arte, seminário internacional, mostra de cinema, além do lançamento de um livro e de um site. O projeto, que conta com o apoio do Ministério da Cultura e do Programa Brasil de Arte Contemporânea, é resultado do encontro de vários artistas com as obras de países lusófonos, pondo no mesmo espaço Brasil, Portugal e África, representada por Angola.

Para Marta Mestre, curadora da mostra, o projeto é essencial para a economia da cultura e para o entendimento do passado desses três países. ‘Ele fundamentalmente aproximará estas três partes, e principalmente os seus intervenientes culturais potenciando novas parcerias de trabalho, trocas simbólicas, e o desfazer de imagens distorcidas que o passado da história comum alimentou’.

Luiz Camillo, também curador da mostra, explica que ‘em um mundo pós-colonial, em que as singularidades já estão afirmadas, pareceu importante rever o que este passado em comum – para além da língua – foi capaz de suscitar como uma atmosfera cultural compartilhada’.

(…) Para ele, o projeto coloca em pauta os elementos que ligam esses três continentes e que contribuíram para a diversidade e miscigenação étnica do Brasil. ‘A ideia é trazer a discussão que vem sido esquecida, recalcada mesmo, tanto por Portugal na sua procura pela Europa, como pelo Brasil, no seu fascínio com os Estados Unidos. Veremos, no projeto, as razões e desrazões do nosso hibridismo e da nossa mestiçagem’, disse Camillo”.

Para ler o texto completo, clique aqui.



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