Leda Catunda: "Mosca Branca", 2007, detalhe

Diversos artistas brasileiros participam da Art Basel OVR: Pioneers

A Art Basel OVR: Pioneers, sexta edição dos online viewing rooms da feira Art Basel, acontece de 24 a 27 de março e é apresentada totalmente em ambiente virtual. Esta edição é dedicada a artistas que abriram novos caminhos em termos estéticos, conceituais, na abordagem de temas sócio-políticos e no uso de novas mídias. Das 100 galerias participantes, cinco são brasileiras e fazem parte do projeto Latitude – Platform for Brazilian Art Galleries Abroad, uma parceria da ABACT (Associação Brasileira de Arte Contemporânea) e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). As cinco são Bergamin & Gomide, Fortes D’Aloia & Gabriel, Galeria Nara Roesler, Galeria Luisa Strina e Mendes Wood DM.

Confira abaixo um pouco sobre o que será apresentado por algumas delas, a partir do release divulgado pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea:

Fortes D’Aloia & Gabriel apresentará um diálogo entre Jac Leirner e Leda Catunda. Ambos estreantes nos anos 80, Catunda e Leirner abriram novos caminhos, incorporando sistemas culturais e produtos como matéria-prima em seu trabalho. Desde então, eles têm se mantido como referências para gerações de artistas.

A apresentação da Galeria Luisa Strina tem como ponto de partida pinturas de Cildo Meireles produzidas na década de 1980, destacando uma faceta de seu pioneirismo que é pouco estudada: a investigação sobre a herança africana no Brasil. Em contraponto a esses trabalhos, estão duas obras de Panmela Castro, que em sua pesquisa problematiza as políticas de gênero e raça, sempre a partir de um ponto de vista pessoal e confessional, compartilhando sua experiência como artista mulher, negra e periférica. (…)

Mendes Wood DM apresenta um projeto solo do artista brasileiro Paulo Nazareth, com trabalhos da série “Bestiário do Capital” (2019). Com uma prática centrada em valores de liberdade e igualdade e com uma abordagem bem-humorada e heterodoxa de temas densos, Paulo Nazareth tem sido há mais de uma década, uma das vozes à frente das pautas de preservação ambiental, direitos da população indígena e temáticas de raça no Brasil, nas Américas e na Europa. Outro tema presente em suas obras é a exploração e mercantilização do mundo natural. Em “Bestiário do Capital”, o artista questiona a exploração da natureza e a transformação da vida em mercadoria.

Para saber mais sobre a feira e acessar o online viewing room a partir de 25 de março, clique aqui.

Paulo Nazareth: “Bestiário do Capital”, 2019, origami feito da coleção do artista de moedas internacionais, dimensões variáveis, 10 x 30 x 20 cm (emoldurado)



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