A segunda edição do Projeto Verão, da galeria Anita Schwartz, apresenta a exposição coletiva aragem: uma mostra livre que conta com diversas produções artísticas, como instalações, site specific, esculturas, vídeos, desenhos e pinturas. Segundo a galeria, a intenção “é trazer novas energias para esse momento tão delicado no qual ainda nos encontramos”. Participam da mostra os artistas Alexandre Vogler, Analu Cunha, Andreas Albrectsen, Cristina Salgado, Felipe Abdala, Felipe Barsuglia Gabriela Machado, Giulia Puntel, Gustavo Torres, Lenora de Barros, Livia Flores, Melissa Stabile, Pedro Sanchéz e Yan Copelli. A abertura acontece dia 24 de fevereiro, quarta-feira, de 10 às 19h.
O Projeto Verão foi criado em 2019 para idealizar novas ativações no espaço físico junto com os artistas. “Um trabalho coletivo no intuito de reforçar o que a arte nos proporciona – reflexões, sensações e propósito. Agora, mais do que nunca, o projeto é essencial para nos trazer frescor e vitalidade à cena artística carioca”, informa a galeria. A partir de abril, acontecerá algumas ativações na segunda sala expositiva com novos artistas e, por isso, a exposição se prolongará após o verão. Mais informações serão divulgadas em breve.
Abaixo, você pode conferir um pouco sobre a obra de alguns artistas a partir de textos retirados do release da mostra:
Alexandre Vogler:
“As reticências contidas entre parêntesis na série (…) é um recurso ortográfico usado para assinalar a interrupção de discursos. As pinturas resultam de reflexões acerca de nossa condição de vulnerabilidade frente às questões maiores — de sobrevivência e manutenção de nossa espécie. Em um desdobramentos da série, Vogler apresenta um trabalho inédito tridimensional na galeria da pintura ‘Nave’”.
Gustavo Torres:
“Uma simples reconfiguração material de certos objetos pode dotá-los de novos conceitos, modificar preexistentes, torná-los mais complexos. Quando as coisas existem, elas existem, mas sempre podem existir de outra maneira. Perceber algo é diferente de perceber algo como algo, perceber algo como algo requer o reconhecimento de um conceito que sacode, mesmo que temporariamente, o objeto.”
Lenora de Barros:
“A cerâmica surge numa série de pequenas esculturas intitulada ‘Máscaras de Mão’ (2017) – cujo formato e escala se assemelham a luvas de boxe, mas também sugerem rostos desfigurados – encontram-se no primeiro andar da galeria. O processo para sua realização partiu de um insight da artista ao explorar a matéria por dentro, seu aspecto visceral – resultado à pressão da mão e dos dedos sobre a matéria. A série faz referencia a um poema escrito pela artista em 1972, ‘MEDO DA FORMAAMORFA’. O barro, nas mãos de Lenora de Barros, parece reverter a busca da linguagem”.
- Alexandre Vogler “Nave”, da série “(…)”, 2020
- Gustavo Torres: Sem título, 2020
- Lenora de Barros: “Máscara de mão”
“aragem”, exposição coletiva
A partir de 24 de fevereiro
Galeria Anita Schwartz
Rua José Roberto Macedo Soares 30, Gávea, Rio de Janeiro, RJ
Segunda a sexta, 10 às 19h; Sábado, 12 às 18h
galeria@anitaschwartz.com.br