noite não noite sim, terceira individual de Paloma Bosquê na Mendes Wood DM — São Paulo, como explicado no texto de Julia de Souza, “apresenta uma série de objetos esculturais que revelam um aprofundamento da relação da artista com os signos e matérias daquele que entendemos como universo inumano, e parece colocar em cheque a distinção entre animado e inanimado. A matéria, afinal, nunca se esquiva”.
Abaixo, confira mais um fragmento do texto sobre a exposição:
“Apontando para territórios liminares, onde há uma certa indeterminação entre aquilo que se considera próprio do humano, do vegetal e do animal, as esculturas de noite não noite sim nascem de um gesto de reciprocidade entre os muitos elementos da paisagem do mundo. Numa espécie de luta corporal com esses elementos, e na via inversa da dominação ou apropriação da matéria, Bosquê trabalha a partir de um gesto de mobilização mútua e transversal: a matéria anima as mãos e as mãos animam a matéria — que se revolta, que insiste, desafia as mãos com seu enigma. O que deriva do encontro entre o corpo da artista e o corpo das coisas? Quanto dura a incisão das mãos sobre a matéria? Em que momento a repetição dessa incisão adquire o estatuto de memória?”.
Para ler o texto curatorial completo, clique aqui.
Confira, também, um vídeo divulgado pela Mendes Wood da artista falando ano passado sobre suas técnicas e trabalhos em seu ateliê: