O CCBB Rio de Janeiro recebe a exposição “Vaivém”, que investiga as relações entre as redes de dormir e a construção da identidade nacional no Brasil. Estão reunidas mais de 300 obras de coleções públicas e privadas, de 141 artistas, entre eles o coletivo OPAVIVARÁ!, o artista indígena Denilson Baniwá, André Komatsu e Marcelo Cidade. A mostra está em cartaz desde 27 de novembro de 2019 e pode ser visitada até 17 de fevereiro de 2020.
A “Vaivém”, que ocupa os andares térreo e segundo do CCBB RJ, tem como principal característica o seu caráter trans-histórico, como explicado no release da mostra. Isso significa que ela abrange artistas de diferentes contextos sociais, períodos e regiões do país, refletindo sobre “permanências, rupturas e resistências na representação e nos usos das redes de dormir na arte e na cultura visual brasileiras”. O nome da exposição, com curadoria de Raphael Fonseca, diz respeito ao movimento das redes de ir e vir, e ela é divida em seis grupos temáticos: Resistências e Permanências; A rede como escultura; Olhar para o outro, olhar para si; Disseminações: entre o público e o privado; Modernidades: espaços para a preguiça; e Invenções do Nordeste. Entre pinturas, esculturas, fotografias, instalações e documentos, está a obra “Redes Sociais”, do coletivo OPAVIVARÁ!, que consiste em redes coloridas unidas umas às outras e colocadas lado a lado, nas quais até 8 pessoas podem deitar e se balançar ao som de chocalhos.
Na exposição, Raphael também pretende levantar reflexões sobre o percurso histórico da rede e sobre sua importância para a identidade nacional, como divulgado no portal Casa Vogue: “Longe de reforçar os estereótipos da tropicalidade, a exposição investiga as origens das redes e suas representações iconográficas: ao revisitar o passado conseguimos compreender como um fazer ancestral criado pelos povos ameríndios foi apropriado pelos europeus e, mais de cinco séculos após a invasão das Américas, ocupa um lugar de destaque no panteão que constitui a noção de uma identidade brasileira”, comentou o curador. Entre as obras da mostra, que datam do século XVI ao XXI, estão produções de 32 artistas indígenas – como informado pelo site Correio Brasiliense -, sendo a maioria delas inédita, criadas especialmente para a exposição. “Vaivém” já passou pelo CCBB de Brasília e, em março, estará no de Belo Horizonte.
“Vaivém”, coletiva com diversos artistas
De 27 de novembro de 2019 a 17 de fevereiro de 2020
CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março 66 – Centro, RJ
Quarta a segunda, 9 às 21h
Entrada franca