(Belo Horizonte, MG)
Desde o dia 9 de junho, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) apresenta a exposição “Mais Dia, Menos Noite”, da artista Tatiana Blass. Nesse sábado, dia 10 de agosto, a artista vai estar presente no Museu para uma conversa com o curador Douglas de Freitas sobre o processo e montagem da exposição, às 15h no auditório do MAP.
A mostra traz uma instalação composta por um grande tear manual, posicionado no salão nobre do Museu, dando forma a um extenso tapete vermelho que percorre o espaço e se desfaz até atingir os jardins e a Lagoa da Pampulha.
Relacionando o mito de Penélope com a história do edifício do Museu de Arte da Pampulha – concebido na década de 1940 para ser um cassino – a instalação criada por Tatiana Blass traz à tona a simbologia do tapete vermelho, intimamente ligada ao poder e ao luxo. Segundo o mito, após um ano de casado, Odisseu deixa Penélope e parte para a guerra de Tróia. Vinte anos depois, sem notícias, Penélope passa a ser assediada por novos pretendentes, e assume o compromisso de escolher um novo marido quando terminasse de tecer uma mortalha para o pai de Odisseu. Durante o dia, ela tecia; durante a noite, desmanchava seu trabalho na tentativa de enganar o tempo e iludir seus pretendentes, aguardando a volta de seu amado.
Na produção de Tatiana Blass, os espectadores estão constantemente sendo iludidos: afinal, para a artista, parte do papel da arte é criar estranheza, assombro, ilusões, um deslocamento da realidade que desafie a percepção. A referência ao mito, assim como as ideias de suspensão do tempo e de espera, continua presente, agora com referência ao glamour das noites da Pampulha no passado.
“Mais Dia, Menos Noite”, individual de Tatiana Blass
Curadoria de Douglas de Freitas
De 09 de junho a 01 de setembro
Conversa com Tatiana Blass e Douglas de Freitas no dia 10 de agosto às 15h
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585 – Pampulha
Terça a domingo, das 9h às 18h