PIPA Online recomeça no domingo: conheça os artistas que estão classificados para o segundo turno

Chegamos ao fim do primeiro turno do PIPA Online 2019 e nove artistas estão classificados para o segundo turno: Agrippina R. ManhattanDenilson Baniwa,  Panmela Castro, Bia Leite, Yhuri CruzLuiz d’Orey, Pedro Gandra, Gê Viana,  Maxwell Alexandre e Thiago Barbalho. Os dez artistas agora terão os votos zerados e passam a concorrer, a partir do dia 14 de julho, à doação de R$15 mil, dada ao artista que conseguir mais votos ao final do 2º turno.

Conheça os artistas que já estão classificados para o segundo turno do PIPA Online

Agrippina R. Manhattan

Agrippina R. Manhattan é artista, pesquisadora e travesti. Nasceu e cresceu em São Gonçalo, hoje vive e corre atrás de trabalho no Rio de Janeiro. Seu trabalho é parte de uma profunda preocupação sobre tudo aquilo que restringe a liberdade. A palavra, a norma, a hierarquia, o pensamento. Diz que sente que não é obrigada a nada e isso a realiza. Escolheu seu nome e inventou a si mesma, como escolhe um título para um trabalho ou encontrando a tradução do que sente em poesia. Pensando escultura como poesia, poesia como escultura e tudo como um só e parte dela.

Bia Leite

Bacharel em Artes Plásticas na Universidade de Brasília. Concentra os estudos em pintura, gravura, desenho e cinema; a colagem é o que guia o processo criativo, abordando temas como a violência, o conflito, o cotidiano, o amor, questionamentos sobre gênero e sexualidade e a força da família lgbtqi+. A música aparece nos trabalhos como trilha de imagens metafóricas da ficção, as séries de pintura  podem levar nomes de filme, album de música, blog, meme de reality show de drag queen do ceará, são pensados links entre o texto das composições e as imagens apropriadas do mundo pop.

Denilson Baniwa

Às vezes o desafio não é ocupar posições. Por exemplo, quando as que existem não servem, é necessário criar algo novo. Denilson Baniwa é um artista indígena; é indígena e é artista, e seu ser indígena lhe leva a inventar um outro jeito de fazer arte, onde processos de imaginar e fazer são por força intervenções em uma dinâmica histórica (a história da colonização dos territórios indígenas que hoje conhecemos como Brasil) e interpelações a aqueles que o encontram a abraçar suas responsabilidades.

Luiz d’Orey

Em sua prática de pintura e intervenções, Luiz d’Orey examina a circulação da informação e seus sistemas no contexto urbano e digital. Em 2016, d’Orey graduou-se bacharel em Belas Artes pela School of Visual Arts, onde recebeu os prêmios 727 Award (2016), Sillas H Rhodes Award (2016) e Gilbert Stone Scholarship (2015). D’Orey trabalhou como assistente dos artistas Carlos Vergara (Rio de Janeiro) e Raul Mourão (Nova York) durante os anos de 2013- 2017. Suas pinturas participaram de mostras coletivas nos EUA, Europa e Brasil. Dentre suas exposições individuais recentes destacam-se “Recent Ruins” na galeria Gitler & Gallery (Nova York, 2018), “Espaço Comum” na galeria Dotart (Belo Horizonte, 2018) e “Quase plano” na galeria Mercedes Viegas (Rio de Janeiro, 2017), pela qual o artista é representado. Em 2018, seu curta metragem ‘Tapume’, coproduzido por Hugo Faraco, foi nomeado para o festival DOC NYC. Seu trabalho é parte da coleção do Instituto PIPA, Brasil.

Panmela Castro

Originalmente pichadora do subúrbio do Rio, Panmela Castro interessou-se pelo diálogo que seu corpo feminino marginalizado estabelecia com a urbe, dedicando-se a construir performances a partir de experiências pessoais, em busca de uma afetividade recíproca com o outro de experiência similar. É Mestre em artes pela UERJ; realizou projetos em mais de 15 países; teve seu trabalho exposto em instituições como o Stedelijk Museum; e está em coleções como das Nações Unidas. Recebeu inúmeras nomeações por seu ativismo pelos direitos humanos.

Pedro Gandra 

Frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ. Desde 2011, participa de exposições em instituições e galerias. Sua investigação se desenvolve a partir de algumas referências, sejam fotografias esquematizadas pelo artista, escritos e anotações acumulados, e a literatura, em especial, a fábula. Em seu trabalho, propõe articular essas referências dentro do campo da pintura. E, a partir disso, estabelecer um imaginário e um vocabulário próprios.

Gê Viana

Criar um caminho na arte hoje parte da ideia de denúncia, lançando mão das categorias estéticas. Penso no legado deixado pelxs fotógrafxs que denunciaram em cliques o cotidiano das grandes metrópoles, guetos e povos tradicionais. O meu trabalho se desenvolve no ato de fotografar corpos que assume vários recortes com a fotomontagem, retornando um segundo corpo e gerando lambe-lambe em experimentos de intervenção urbana/rural. Venho na busca por uma expressão artística não-linear, lanço-me sobre a pesquisa do corpo performático e dos corpos abjetos pela cultura colonizadora hegemônica e seus sistemas de arte e comunicação , (corpos marginalizados e invisibilizados) A partir de um processo em Santos com Lívia Aquino, pesquisadora do campo das artes visuais, resolvi pesquisar a “imagem precária” e os meios de apropriação das fotos históricas de fotojornalistas, já que na maioria dos meus trabalhos ver-se o uso de outras camadas fotográficas.

Maxwell Alexandre 

Nascido no Rio de Janeiro em 1990, Maxwell Alexandre formou-se em Design pela PUC-RJ no ano de 2016 tendo participado, em 2009, do Curso de Fotografia para registros das Obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas favelas do Rio de Janeiro. A poética urbana do artista passa pela construção de narrativas e cenas estruturadas a partir de suas vivências cotidianas pela cidade e na Rocinha, local onde reside e trabalha. Sobre diferentes suportes como lonas de piscinas Capri, portas de madeira e esquadrias de ferro surgem personagens anônimos em situações recorrentes na favela. São pinturas em grande formato nas quais os corpos negros são apresentados de forma empoderada, mas também em momentos de confronto com a polícia, retratando uma rotina comunitária radicalmente contemporânea.

 Thiago Barbalho

“Barbalho estudou filosofia e começou sua carreira como escritor, tendo publicado contos, poesia e um romance, e fundado a editora independente Edições Vira-Lata. Depois de viver o que ele descreve como ‘uma crise em relação aos limites da linguagem escrita’, o artista se entregou à linguagem pictórica como seu principal meio de expressão. Ao trabalhar essencialmente com desenho, Barbalho produz composições extremamente intricadas, porém não planejadas, nas quais uma multiplicidade de imagens, símbolos e campos de cor se fundem umas nas outras para criar superfícies vibrantes ininterruptas.”
por Kiki Mazzucchelli

Yhuri Cruz

Desenvolve sua prática artística a partir de configurações poéticas entre o fantasmagórico e o real, buscando dar conta do que denomina memórias subterrâneas e da necropolítica como plano neocolonial. Tomando essas memórias como assombrações, sua produção escultórica recente se materializa numa fusão de pedras e gravuras.



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