(São Paulo, SP)
Um “mundo de verdades prontas, onde a fragmentação da informação e a dificuldade de concentração levam à alienação e passividade” dos indivíduos foi a motivação que levou o curador espanhol Gabriel Pérez-Barreiro a inovar na 33ª Bienal de São Paulo e propor “tema livre” às exposições. Com o nome de “Afinidades afetivas”, a ideia da Bienal, que abre amanhã, é criar uma atmosfera de auto-expressão e autonomia aos artistas expositores. Outra proposta, com a abrangência de temas, é atrair um público diverso. Na última edição, a Bienal recebeu cerca de 900 mil visitantes.
A expografia da Bienal foi pensada em formato de ilhas, que visualmente constituem um arquipélago no espaço aberto do Pavilhão. Barreira organizou o trabalho em sete coletivos de artistas-curadores e 12 projetos individuais.
Sofia Borges, indicada ao Prêmio PIPA 2010, 2014, 2015 e 2017, é uma das sete artistas-curadoras e apresenta “A infinita história das coisas ou o fim da tragédia do um”, em que explora questões filosóficas em paralelo com o real. Outro destaque desta edição é a “Outra 33.ª Bienal”, de Bruno Moreschi (1982), indicado ao Prêmio PIPA 2016, uma performance interativa que propõe ao público coletar imagens da web que retratam o evento para apontar erros e respostas inusitadas de ferramentas de inteligência artificial que analisam as fotografias.
Vânia Mignone, indicada ao Prêmio PIPA 2013, Maria Laet, indicada em 2010, 2011, 2012, 2016, 2017 e 2018, Sara Ramo, indicada em 2010, 2011 e 2012, e Tamar Guimarães, indicado em 2016, também estão na lista dos 12 artistas expositores.
33ª Bienal de São Paulo, com Sofia Borges, Vânia Mignone, Maria Laet, Sara Ramo, Bruno Moreschi e Tamar Guimarães
Curadoria de Gabriel Pérez-Barreiro
Em cartaz de 07 de setembro a 09 de dezembro de 2018
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, parque Ibirapuera
Horário de funcionamento: ter, qua, sex, dom e feriados, 9h às 19h; qui e sab, das 9h às 22h