(Porto Alegre, RS)
Depois da polêmica de Queermuseu (que abre no Parque Lage, no Rio de Janeiro, no final do mês graças a um crowdfunding), o Santander Cultural decidiu retomar o apoio histórico à arte gaúcha em “RSXXI – O Rio Grande do Sul Experimental”. Curada por Paulo Herkenhoff, a coletiva reúne 80 obras de 12 artistas gaúchos contemporâneos, entre eles, André Severo, Cristiano Lenhardt, Daniel Escobar, Ío, Ismael Monticelli, Marina Camargo, Michel Zózimo e a finalista do Prêmio PIPA 2018 Romy Pocztaruk.
Apesar do foco na arte produzida no estado hoje – o subtítulo da exposição é, afinal, “Rio Grande do Sul / século XXI: pequeno roteiro” – Herkenhoff destaca que as discussões propostas pelos trabalhos dos participantes vai muito além de questões locais.
– Esses jovens artistas assumem a agenda nacional. Não se circunscrevem mais aos limites do estado. Atuam pelo país, propõem narrativas brasileiras – afirma o curador.
De fato, muitos dos 12 artistas selecionados para a coletiva são conhecidos por obras explicitamente politizadas. É o caso, por exemplo, de Marina Camargo, que em “Gravidade na Linha do Equador”, critica a hegemonia dos países ao norte da latitude ao colocar as formas de todos os países do globo em um mesmo plano horizontal, o chão. Também em “Ao Sul”, outra obra da artista vista na coletiva, a discussão se faz presente, através de mapas do hemisfério sul dobrados. Além das duas instalações, “RSXXI” apresenta ainda fotografias, livros, vídeos, objetos, esculturas, serigrafias e documentos.
“RSXXI – O Rio Grande do Sul Experimental”, coletiva com André Severo, Cristiano Lenhardt, Daniel Escobar, Ío (Laura Cattani e Munir Klamt), Isabel Ramil, Ismael Monticelli, Leandro Machado, Marina Camargo, Michel Zózimo, Rafael Pagatini, Romy Pocztaruk e Xadalu
Curadoria de Paulo Herkenhoff
Em cartaz de 19 de junho a 29 de julho de 2018
Funcionamento: tr – sáb, 10h às 19h; dom, 14h às 19h
T: (51) 3287 5500
scultura@santander.com.br