Yuri Firmeza, frame de "Nada É", 2014

Assista a mais vídeo-entrevistas exclusivas com os indicados à nona edição

Publicamos outras quatro vídeo-entrevistas com os artistas indicados à nona edição do Prêmio PIPA esta semana. Produzidas em parceria com a Do Rio Filmes, nelas Dalton Paula, Gokula Stoffel, Rafael RG e Yuri Firmeza comentam seus processos criativos, o início de suas carreiras, e sua motivação para continuar criando. As entrevistas são também uma ótima maneira de se preparar para o PIPA Online 2018, que começa no domingo, 15 de julho – já sabe em quem você vai votar, aliás?

Dalton Paula

O único brasileiro a participar da trienal do New Museum este ano, Dalton Paula centra sua pesquisa em personagens negros e seu protagonismo na história e na cultura do país. Um de seus maiores interesses é a chamada “diáspora africana”, imigração forçada de diferentes povos e etnias do continente para outras regiões do mundo por causa do tráfico de escravos. Assim, Paula costuma visitar locais do Brasil que em outros tempos mantinham portos negreiros para conhecer a herança da imigração dos povos locais. “Me interessa muito essas histórias, essas crendices”, explica o artista, “que é delas que eu tiro inspiração”.

 

Gokula Stoffel

Nascida em Porto Alegre, no sul do país, mas radicada em São Paulo, Gokula Stoffel conta que tornar-se artista não fazia parte de seus planos: “Decidi fazer vários cursos curtos para experimentar coisas e, de repente, eu me vi completamente tomada por esse campo da arte”. Centrando sua prática na pintura, ela costuma partir de imagens mentais para pintar seus quadros, tornando-as mais evidentes a cada pincelada. Também o lugar onde eles serão expostos é um fator fundamental no processo da artista, já que seus trabalhos costumam ter uma dimensão instalativa: “Gosto de pensar neles no espaço em que vão ser mostrados. Muitas das decisões às vezes dependem de saber onde esse trabalho vai estar.”

Rafael RG

Era um dia de aula como outro qualquer quando Rafael RG, então estudante de Ensino Médio de  uma escola pública em Guarulhos, São Paulo, soube que a sua turma – a única em toda a escola – tinha sido sorteada para visitar a 24ª Bienal de São Paulo. A experiência foi o ponto de virada para que RG, hoje residente em Belo Horizonte, decidisse tornar-se artista. Entrelaçando narrativas pessoais e pesquisas em arquivos, ele cria textos, instalações e ações performáticas que investigam assuntos como sexualidade, subjetividade e identidade racial. “A arte é o lugar onde a gente pode criar outras formas de encarar, entender e ler o mundo”, resume.

Yuri Firmeza

Com uma produção particularmente eclética – “Talvez eu tivesse uma certa dificuldade de falar deles de uma maneira geral”, confessa –, Yuri Firmeza divide a prática artística com a vida acadêmica. O gosto pela pesquisa é, aliás, um dos elementos centrais de seu trabalho, articulado com o interesse por ruínas e as relações possíveis entre corpo e espaço. “Os trabalhos normalmente estão muito vinculados a uma espécie de desejo de pesquisa um pouco mais demorada naquilo que eu me proponho a investigar e a produzir. Às vezes eu passo um ano para fazer um trabalho. Um ano para pensar em uma exposição”, conta.

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