(Rio de Janeiro, RJ)
Depois da estreia no Museu de Arte da Bahia (MAB), no final de março, Tiago Sant’Ana apresenta agora no Rio de Janeiro “Casa de purgar”. Na individual, cuja temporada no Paço Imperial se inicia nesta quinta-feira, 28 de junho, o artista investiga as relações do trabalho nos engenhos coloniais de açúcar e seu impacto no Brasil atual.
São, ao todo, quatro projetos exibidos na mostra. Neles, Sant’Ana revisita engenhos de açúcar históricos no Recôncavo da Bahia, onde se filma e fotografa realizando atividades típicas dos escravos do passado: peneirar, socar, pilar. As performances não só rememoram o passado de “fausto e dor” dos afrodescendentes no país, como também convoca à reflexão, visto que trata-se de relações ainda hoje reproduzidas no Brasil.
“As ações de Tiago Sant’Ana são antes de mais nada uma forma produtiva de enfrentamento de nossas mazelas”, escreve o curador e antigo professor de Sant’Ana, Ayrson Heráclito, em um texto sobre a mostra. “O corpo do artista aciona táticas de superação e enfrentamento diante de tantos genocídios negros promovidos por necropolíticas oriundas de um passado colonial.”
Assista à vídeo-entrevista exclusiva de Tiago Sant’Ana para o Prêmio PIPA 2018 abaixo:
“Casa de purgar”, individual de Tiago Sant’Ana
Curadoria de Ayrson Heráclito
Em cartaz de 28 de junho a 05 de agosto
Paço Imperial
Praça XV de Novembro, 48 – Centro
Funcionamento: ter – dom, 12h às 19h
T: (21) 2215-2093
Entrada Franca