(São Paulo, SP)
Os canais fluviais de Birmingham e Manchester, na Inglaterra, foram importantíssimos durante a Revolução Industrial. Hoje, porém, viraram espaços de lazer, com coloridos barcos às suas margens. Os canais servem de cenário para uma investigação sobre Ser e Não-Ser que Marcellvs L. apresenta na Galeria Luisa Strina desde a terça-feira, 05 de junho, na individual “Ontologia Lenta”.
Apresentando uma instalação homônima, composta por três canais de vídeo sincronizados com quatro de áudio, uma composição sonora original e gravações de campo, a exposição reflete sobre o fim do sentido da ontologia na contemporaneidade. O campo da filosofia, inventado na era pré-socrática, diferencia o Ser (presença) e o Não-Ser (ausência). Desde o século XX, porém, pensadores têm proposto a existência de um lugar intermediário entre o Ser e o Nada. Nas palavras do filósofo alemão Marcus Steinweg, “presença sempre é, também, ausência”
“Por que lenta?”, interroga o texto introdutório da individual. “Porque o trabalho tenta precisar uma infinitesimal oscilação da realidade entre estabilidade e instabilidade, observando-a tão próxima quanto possível. Por que Ontologia? Porque o trabalho fala do estatuto do ser das coisas, da mudança enquanto ciclo repetido indefinidamente, integrando devir e permanência. Algo que muda ao longo de sua duração, algo que perdura através da mudança.”
“Ontologia Lenta”, individual de Marcellvs L.
Em cartaz de 05 de junho a 04 de agosto de 2018
Galeria Luisa Strina
Rua Padre João Manuel, 755 – Cerqueira César
Funciosamento: seg–sex, 10h às 19h; sáb, 10h às 17h
T: (11) 3088–2471
info@galerialuisastrina.com.br