Publicamos outras quatro vídeo-entrevistas com os indicados ao Prêmio PIPA 2018 esta semana. Produzidas em parceria com a Do Rio Filmes, eles são uma porta de entrada dinâmica para conhecer os trabalhos, carreira, inspirações e muito mais de André Griffo, David Almeida, Vanderlei Lopes e Romy Pocztaruc. Romy foi, aliás, anunciada uma dos quatro finalistas do Prêmio PIPA 2018 na semana passada. Assista aos vídeos abaixo:
André Griffo
Para André Griffo, qualquer obra começa a partir de um espaço. É só depois de sentir alguma conexão com esse espaço que ele então decide se apropriar simbolicamente dele, habitando-o ou modificando-o através da pintura, do desenho ou da instalação. Faz sentido: o artista é arquiteto de formação. A mudança de profissão foi motivada pela percepção de que ele também queria falar de outros temas e questões: “Artes plásticas permeiam todos os assuntos”, resume.
David Almeida
“Acho que o meu trabalho começa a partir do percurso desses lugares que me interessam”, define David Almeida, “do momento em que eu eu saio de casa de manhã cedo e faço um percurso não-linear pela cidade”. É, assim, explorando relações entre presença e ausência, clausura e liberdade, rigidez e deriva no espaço da cidade que o artista desenvolve suas pinturas, desenhos, objetos, fotografias, instalações e performances.
Romy Pocztaruk
“Eu trabalho com ideias”, esclarece Romy Pocztaruk nos primeiros segundos de sua vídeo-entrevista. Uma das quatro finalistas do Prêmio PIPA 2018, a artista costuma desenvolver longas pesquisas antes de iniciar seus trabalhos. Foi o caso, por exemplo, da série “A Última Aventura”, que ela realizou na hoje abandonada rodovia Transamazônica em 2011. Talvez porque seu trabalho seja sobretudo conceitual, ela diz não se prender a nenhum suporte ou processo pré-determinados: “Cada trabalho tem uma especificidade.”
Vanderlei Lopes
Vanderlei Lopes trabalha na fronteira entre diversas linguagens: desenho, fotografia, escultura, vídeo. Independentemente da questão de suporte, porém, sua prática está a todo o tempo dialogando e questionando convenções da tradição artística. É o caso, por exemplo, da obra “Domo”, exibida na Capela do Morumbi, em São Paulo, que aparece brevemente no vídeo. Nela, Lopes constrói um domo em barro caído, em ruínas, enquanto eterniza os rascunhos de seu projeto em bronze na sala ao lado. “Acho que o meu trabalho tem esse incentivo de lidar, ou de uma certa forma, de implodir visões estabelecidas de arte”, reflete.
Daqui a pouco, começa o PIPA Online. Aproveite para escolher em quem você vai votar assistindo aqui a todas as vídeo-entrevistas já publicadas.