Maria Noujaim, “Linguagem nenhuma”, 2018

Assista a mais vídeo-entrevistas exclusivas com os indicados em 2018

Publicamos esta semana mais cinco vídeo-entrevistas com artistas indicados à nona edição do Prêmio PIPA no nosso canal do YouTube. Produzidas em parceria com a Do Rio Filmes, elas oferecem uma visão ampla e dinâmica da obra de Gustavo Torres, Laura Andreato, Maria Noujaim, Thomaz Rosa e Zé Carlos Garcia – tudo isso em menos de três minutos. É só clicar play.

Gustavo Torres

O vídeo de Gustavo Torres é um pouco…diferente. Com uma prática centrada na investigação das relações entre obra, instituição e público, ele mesmo produziu, gravou e editou sua entrevista para o Prêmio PIPA 2018. O resultado é uma narrativa disruptiva, que brinca tanto com o formato dos vídeos da premiação quanto com o discurso dos artistas nesse tipo de contexto.

Laura Andreato

“Acho que o meu principal espaço de trabalho acaba sendo o meu próprio espaço mental”, reflete Laura Andreato. A paulista, que também atua como cenógrafa e figurinista, conta que seu processo criativo é muito distante do clichê do artista trabalhando em silêncio, concentrado, em seu ateliê. Ao contrário, os momentos em que ela mais parece exercer sua criatividade é em trânsito, andando na rua ou no metrô. Afinal, é nesses lugares que costumam estar os principais temas da sua obra, pautada pelo cotidiano.

Maria Noujaim

O corpo é o principal instrumento de trabalho de Maria Noujaim. Formada em dança pela Escola Angel Vianna, no Rio de Janeiro, a artista cria esculturas a partir dos próprios movimentos, apresentadas sob a forma de performance. O resultado é uma poética surpreendente, que junta em um mesmo lugar temas como linguagem, tempo e matéria. “Como que se dá, por exemplo, uma poesia em linguagem de sinais? Como que essa métrica do tempo ocorre no corpo?”, ela pergunta.

Thomaz Rosa

Uma música, uma poesia de Fernando Pessoa, um esparadrapo. Tudo pode ser um objeto de inspiração para Thomaz Rosa. “Essa parte do processo sempre parte de tudo, desde uma relação de concepção mental até a escolha do material. Às vezes nem estou pintando com tinta, digamos assim.” Usando principalmente formas pictóricas fundamentais (ponto, linha, cor, grafismos), ele produz uma “pintura que fala da pintura”, nas palavras da crítica Luiza Teixeira de Freitas, investigando semiologicamente o processo criativo da criação de imagens.

Zé Carlos Garcia

Ainda criança, Zé Carlos Garcia descobriu o prazer do trabalho manual com a madeira. Foi só mais tarde, porém, e depois de muito estudo e pesquisa, que ele entendeu como o artesanato que tanto lhe divertia podia transformar-se em meio de expressão e de reflexão sobre o mundo. É o caso, por exemplo, da série “Bandeiras”, em que mastros com bandeiras de crina de cavalo e outros materiais discutem a relação do homem com a guerra, ou “Pássaros”, que fala sobre a relação entre a natureza humana e a animal.

Assista a mais vídeo-entrevistas com os artistas indicados à nona edição do Prêmio PIPA aqui.



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