assume vivid astro focus (avaf), "ángeles veloces arcanos fugaces", 2016

Assista a mais quatro vídeo-entrevistas com os indicados ao Prêmio PIPA 2018

Publicamos nessa semana mais quatro vídeo-entrevistas com os indicados ao Prêmio PIPA 2018. Produzidas em parceria com a Do Rio Filmes, eles são uma porta de entrada dinâmica e ampla para conhecer os trabalhos, carreira, inspirações e muito mais de Bruno Faria, Paulo Meira, Rafael Adorján e assume vivid astro focus/Eli Sudbrack, anunciado hoje como um dos quatro finalistas do Prêmio PIPA 2018. Assista aos vídeos abaixo:

assume vivid astro focus (avaf)/Eli Sudbrack

Grande escala, experiências imersivas, e cor – muitas cor. Assim é a obra do finalista do Prêmio PIPA 2018 avaf, projeto ora solo, ora coletivo coordenado por Eli Sudbrack. “Acredito que a cor é um transmissor de energia e também um elemento unificador entre as pessoas” explica o artista, que discute códigos culturais naturalizados, como as questões de gênero e de identidade em sua obra. A discussão, porém, acontece menos em um nível racional e mais através dos sentidos do corpo: “Eu geralmente não trago nenhuma experiência íntima ou emocional com o meu trabalho. Na verdade, eu foco sempre na experiência que eu posso prover ao espectador”, afirma. “O espectador é a peça central.”

 

Bruno Faria

Os trabalhos site-specific formam o centro do trabalho de Bruno Faria, sejam eles em escultura, instalação, intervenção, desenho ou publicação. É, assim, partindo de contextos específicos, como momentos da história da arte, a arquitetura de uma cidade, ou mesmo o local onde sua próxima exposição será realizada, que ele produz suas obras. O último foi o caso, por exemplo, da instalação “Introdução à História da Arte Brasileira 1960/90”, que ele apresentou na Galeria Sancovsky em 2015. Pensando na localização da galeria, situada perto da Praça Benedito Calixto, praça paulista onde acontece uma tradicional feira de antiguidades aos sábados, ele reuniu 168 LPs brasileiros com capas icônicas concebidas por artistas – uma verdadeira aula de história da arte, dessa forma.

Paulo Meira

Afeito aos projetos longos – séries que podem durar de três a quatro anos, às vezes – Paulo Meira trabalha com vídeo, fotografia, instalação, pintura e performance. Nos últimos anos, vem explorando principalmente a linguagem do rádio, um dos principais elementos de “Rádio Catimbó”, rádio escultura elaborada de 2016 a 2018, e “Mensagens Sonoras”, vídeo instalação de 2016 que imagina a chegada de extraterrestres no sertão de Pernambuco. O mais importante, porém, é não ficar parado: “O tédio não é um espaço que funciona para mim”, explica. “A coisa precisa estar viva para que ela se engendre.”

Rafael Adorján

A questão da imagem norteia a produção de Rafael Adorján. Ora produzindo trabalhos a partir de imersões em determinados contextos, ora discutindo o seu lugar social, suas fotografias, instalações e livros-objetos muitas vezes exibem uma apropriação artística do “observador participante” da Antropologia. É o caso, por exemplo, da série “Religare”, que ele cita no vídeo, oriundo de um período passado com uma comunidade ayuasca em Minas Gerais, e de “MSV432”, em que ele registra o processo de reforma de uma galeria no Rio de Janeiro.

Assista a mais vídeo-entrevistas com os artistas indicados à nona edição do Prêmio PIPA aqui.



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