Assista a outras cinco vídeo-entrevistas com artistas indicados à nona edição do Prêmio PIPA, produzidas em parceria com a Do Rio Filmes e publicadas esta semana. Nela, você aprende mais sobre a obra, carreira, inspirações e muito mais de Alvaro Seixas, Ana Elisa Egreja, Warley Desali, Jaime Lauriano e Juliana Notari. É só clicar play.
Alvaro Seixas
“Há alguns anos atrás, as pessoas falavam que eu era um pintor abstrato. Hoje em dia, esse leque se ampliou para misógino, agressivo, sádico”, inicia o ácido Álvaro Seixas. Ele conta que seu encantamento romântico pela pintura aos poucos foi substituído pela compreensão do meio como uma forma de dominação e poder – não só simbolicamente, mas de intervenção concreta no mundo. “Não foi fazer canga que me levou a fazer arte”, ironiza. “Eu acho que canga é outro artifício de poder, de dominação, mas eu acho que a pintura ainda é mais eficiente.”
Ana Elisa Egreja
Em uma tela, galinhas um tanto desorientadas aparecem na escada de uma casa tradicional. Na outra, a composição apresenta uma natureza morta não de frutos, mas de produtos de higiene doméstica. Hiperrealistas na forma, mas surrealistas no conteúdo, Ana Elisa Egreja conta que gosta de pensar em seus quadros como contos literários: “Cada pintura tem uma história que se encerra em si mesma, e o personagem principal é sempre a casa”, define. “Eu costumo falar que eu faço uma narrativa descritiva, um jeito de pintar cheio de adjetivos, dando bastante atenção aos detalhes e materiais.”
Desali
Warley Desali não é um artista convencional. Sua originalidade vai da criação de múltiplos pseudônimos a partir do próprio nome (“Desalixo”, que também batiza o seu Instagram, é apenas um deles) a obras irreverentes, que giram sempre em torno de um diálogo com o popular. Ela está presente também em suas vídeo-entrevistas para o Prêmio PIPA. Confira aqui a desse ano – e não deixe de checar o vídeo do ano passado na página do artista!
Jaime Lauriano
Os trabalhos de Jaime Lauriano, indicado pela segunda vez ao Prêmio, costumam ter três fontes de inspiração, que podem ou não aparecer juntas em um mesmo trabalho. São elas: o próprio microtema que ele pretende investigar; a pesquisa em acervos históricos de instituições (como a Polícia, que inspirou sua série “Morte Súbita, de 2014); ou os materiais com que ele pretende trabalhar. No geral, porém, Lauriano é monotemático. E o tema de que trata é mais do que urgente: “Meu trabalho investiga uma cartografia da violência no Brasil, pensando em aspectos históricos”, resume.
Juliana Notari
Aviso: o vídeo a seguir contém imagens fortes. É que a entrevistada, Juliana Notari, não tem medo de se expôr à matéria orgânica mais crua em seus trabalhos. Em sua busca por sacralizar a vida real através da arte, ela já limpou os ossos de uma família em um mausoléu abandonado, e comeu o testículo de um búfalo logo após sua castração, quando filmava uma vídeo-performance na Ilha de Marajó. “Eu pude ressignificar uma prática trivial, corriqueira, que acontece no local, e trazer para o campo da arte”, explica.
Assista a mais vídeo-entrevistas com os artistas indicados à nona edição do Prêmio PIPA aqui.