(São Paulo, SP)
Convocados a pensar e confrontar o presente e suas questões, evocando, dessa maneira, também passado e futuro, os artistas Arjan Martins, Adriano Costa e Juliana Cerqueira Leite apresentam na coletiva “Fratura”, que começa nesta sexta-feira, 16 de março, no Instituto Tomie Ohtake, trabalhos que buscam questionar as urgências do tempo presente e seu caráter fugidio e descartável.
A coletiva parte do projeto “Arte Presente”, criado em 2013 pelo Instituto e consiste em uma plataforma para pesquisas artísticas, de caráter experimental, na qual, por meio de uma questão sugerida pelo seu Núcleo de Pesquisa e Curadoria, coordenado por Paulo Miyada, um grupo de artistas convidados desenvolve um novo trabalho. Os três artistas convidados dessa vez apresentam esculturas, pinturas e imagens que refletem sobre a transitoriedade das coisas e a instabilidade do “aqui e agora”. “Em uma época que resiste a planejar seu futuro ou a conhecer seu passado, talvez seja o momento de questionar a fugacidade do que se propaga ao redor: e se nada – nenhum produto, nenhum corpo, nenhuma história – for tratado como descartável? ”, analisa Miyada.
As obras se apropriam de imagens e narrativas banais e socialmente consolidadas para então reconfigurá-las, fratura-las, no processo artístico. Adriano Costa explora objetos e imagens corriqueiros hoje produzidos, consumidos e supostamente esquecidos, já Arjan Martins reorganiza símbolos e lugares-comuns sobre a colonização brasileira, imigração e escravidão.
“Fratura”, coletiva com Arjan Martins, Adriano Costa e Juliana Cerqueira Leite
Curadoria de Paulo Miyada
Em cartaz de 16 de março até 06 de maio de 2018
Instituto Tomie Ohtake
Av. Brg. Faria Lima, 201 – Pinheiros
Funcionamento: ter – dom, 11h às 20h
T: (11) 2245-1900