(São Paulo, SP)
Na última quinta-feira, 25 de janeiro, São Paulo completou 464 anos. A data não só não passou em branco, como a cidade recebeu um tremendo presente: depois de dois anos fechado, o antigo edifício Altino Arantes reabriu como um espaço cultural. Dos 26 andares do Farol Santander, 11 são dedicados à promoção da arte, incluindo aí uma coleção permanente (com obras de Vik Muniz, por exemplo), uma pista de skate assinada pelo atleta Bob Burnquist, e um “Espaço de Arte Imersiva”.
O último, que propõe um diálogo entre arte e vida urbana através de meios multimídia e multissensorial, inaugurou com obras de Laura Vinci e do coletivo russo Tundra. Laura apresenta “Diurna”, trabalho concebido especialmente para o prédio que reflete sobre as relações entre paisagem, cidade e natureza. A artista projeta sobre as paredes do espaço sombras de árvores que se intensificam ou somem de acordo com a incidência de luz, movimento que lembra uma respiração. Pela sala também estão algumas folhas fundidas em latão e banhadas a ouro que parecem congelar tempo e movimento.
Já o Tundra, pela primeira vez no Brasil, apresentauma paisagem vertiginosa em sua obra inédita “O Dia que Saímos do Campo” [The Day We Left Field]. O público fica imerso dentro da instalação audiovisual proposta pelo coletivo. Do teto pende um jardim invertido constantemente escaneado por disparos de laser que criam diferentes padrões sobre a cabeça dos visitantes, acompanhados por um cenário sonoro atordoante. A instalação discute relações entre o homem e a máquina, o real e o virtual, e o natural e o artificial.
“Belo, transitório, intangível e finito”, com Laura Vinci e Coletivo Tundra
Em cartaz de 26 de janeiro até 04 de maio de 2018
Farol Santander
Rua João Brícola, 24
Funcionamento: ter – dom, 9h às 20h
T: (11) 3553-5627
farol@santander.com.br