(Rio de Janeiro, RJ)
“Fluxo Bruto”, individual de José Bechara, artista indicado ao Prêmio PIPA 2010, começa na próxima terça, 25 de julho, no Museu de Arte Moderna do RJ (MAM). Dando continuidade à pesquisa desenvolvida em trabalhos anteriores, o artista apresenta nessa exposição esculturas-objetos em vidro que lidam com questões relacionadas à concretude de formas e estruturas e à inconcretude do espaço.
Apesar de ter iniciado a carreira como pintor, Bechara transferiu muito de sua prática na pintura para seu fazer artístico atual, em especial sua linguagem radicalmente reduzida, compromissada com a arte concreta. Seu entendimento profundo das estruturas construtivas que formam o esqueleto interno de uma pintura pode ser encontrado, também, na materialidade sólida das placas de vidro expostas em “Fluxo Bruto”. As peças de vidro são, ao mesmo tempo, um corte no espaço, uma vez que o ocupa e nele interfere, mas também um elemento discreto, aparentemente invisível dada sua transparência, que não cria qualquer barreira entre o espectador e o espaço. São, assim, uma contradição em si, questionada apenas pelos vários itens que Bechara combina com as placas de vidro, como uma grade vermelha, uma cabeça prateada (autorretrato do artista) ou pequenos pacotes embrulhados e coloridos.
Num cenário em que o vidro é um material recém-explorado na arte contemporânea, as obras de José Bechara salientam a percepção conceitual do construtivismo brasileiro e a transferem para uma abordagem contemporânea. Na quinta-feira, 27 de julho, o artista participará de um debate aberto ao público no MAM com Beate Reifenscheid, curadora de “Fluxo Bruto” e os curadores Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes.
“Fluxo Bruto”, individual de José Bechara
Curadoria de Beate Reifenscheid
Em cartaz de 25 de julho até 05 de novembro de 2017
Abertura: Terça-feira, 25 de julho, às 19h
MAM- Rio
Av Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo
Funcionamento: ter –sex, 12h às 18h; sáb – dom, 11h às 18h
T: (21) 3883 5600