À medida que o PIPA Online se aproxima – a primeira fase da votação começa em três semanas, no dia 16 de julho –, mais entrevistas com os artistas indicados à oitava edição do Prêmio são publicadas. Descubra, a partir desta série de entrevistas exclusivas produzidas pela Do Rio Filmes, um pouco mais do trabalho de Jorge Luiz Fonseca, Mara de Carli, Marina Camargo, Mario Bands e Pedro França.
Jorge Luiz Fonseca
“Eu poderia falar, sim, dos materiais, da técnica que eu utilizo para formar isso tudo. Mas eu prefiro falar do essencial, que é o olhar, né?”. É assim que Jorge Luiz Fonseca, indicado ao Prêmio PIPA pela primeira vez nesta edição, inicia sua vídeo-entrevista. Marceneiro por formação e maquinista de trem, seu interesse por arte nasceu por acaso: entediado enquanto esperava para voltar para casa no dormitório dos maquinistas em Belo Horizonte, ele começou a visitar exposições artísticas na cidade. Sua obra dialoga intensamente com o arte popular brasileira, como pará-choques de caminhão e os realejos.
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Mara de Carli
Especializada em xilogravura, processo artesanal de impressão que usa como matriz um carimbo de madeira, a gaúcha Mara de Carli não tem uma relação diária com o ateliê – mas, afirma, fica o tempo inteiro planejando suas próximas obras. “No meu processo, eu tenho um tempo de pensar, um tempo de espera”, conta. “O ateliê está mais na minha cabeça do que no espaço físico.”
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Marina Camargo
O deslocamento geográfico norteia o trabalho de Marina Camargo, indicada pela segunda vez este ano ao Prêmio PIPA. Pesquisando paisagens em suas diversas acepções (imagens, memórias, narrativas de viagem, cartografias), a artista, que se diz metade gaúcha, metade alagoana, afirma a todo o tempo a impossibilidade de representar os lugares por completo, seja ele a linha equatorial, como em “Gravidade na Linha do Equador” (2015), ou os Alpes alemães, como em “Beckton Alps – all that falls” (2017).
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Mario Bands
Indicado ao Prêmio PIPA pela primeira vez este ano, Mario Bands começou na arte urbana. Vistas em diversos pontos do Rio de Janeiro, suas composições vibrantes misturam formas geométricas tridimensionais às cores da street art. Também sua filosofia vem da rua: fazer arte é, para o morador do Complexo da Penha, “levar cor, alegria, e provocar algum tipo de reflexão” para os transeuntes da cidade.
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Pedro França
Indicado ao Prêmio PIPA pela primeira vez em 2016, Pedro França transita entre o teatro e as artes visuais. Membro da companhia teatral Ueinzz, não raro suas peças integram os figurinos e cenários das peças que apresenta. Ainda assim, ele prefere não trabalhar com projetos. “O trabalho é mais sobre um acúmulo de coisas feitas, individual ou coletivamente, aqui ou em qualquer outro lugar, que depois se condensa em algo que pode ser mostrado”, resume.
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Além deles, outras 22 vídeo-entrevistas com os participantes do Prêmio PIPA 2017 também estão no ar no nosso canal do YouTube. Veja aqui.