O anúncio dos finalistas é sempre um momento de grande expectativa para os que acompanham o Prêmio PIPA desde 2010. São quatro artistas escolhidos entre os 56 indicados desta edição, que concorrem então a uma doação total de R$130 mil – incluindo aí uma residência artística na Residency Unlimited, em Nova York – caso vençam a categoria principal da premiação, o Prêmio PIPA.
Além desta categoria, em que o vencedor é escolhido por um Júri de Premiação, os finalistas serão ainda avaliados pelo público visitante do MAM-Rio, onde realizam uma exposição de 23 de setembro a 26 de novembro de 2017. Nela, o público vota no vencedor da categoria Prêmio PIPA Voto Popular Exposição, em que o vencedor recebe uma doação de R$24 mil.
Assista ao vídeo em que Luiz Camillo Osorio, curador do Instituto PIPA, revela quem são os quatro finalistas da oitava edição do Prêmio.
Saiba mais sobre os finalistas
Nascido em 1983, em Ceilândia, cidade–satélite de Brasília, iniciou sua trajetória artística no início dos anos 2000.
Munido de uma poética investigativa sobre a condição do ser humano no mundo contemporâneo, o artista propõe pontos de contato com a tradição artística ocidental, focada na representação do corpo negro, construída em desenhos, pinturas, objetos, fotografias, gravuras, intervenções, instalações, vídeos e performances. A partir da manipulação com e sem controle de diversos sistemas de linguagem artística, figuras surgem inesperadas, destacadas de um fundo geralmente neutro, ora feitas em carvão ou betume, ora em óleo ou acrílica, ora com sangue ou com resina. Reside aí um acurado trabalho de pesquisa que remete o observador a algumas fontes da história da arte, como aos manuais de anatomia produzidos no decorrer da Idade Média.
Participa de exposições coletivas e individuais desde 2001, como por exemplo “exposição (in)corporações” , em 2015, na galeria Cândido Portinari, na UERJ, Rio de Janeiro; segunda edição do “Salão Transborda”, em 2016, na Caixa Cultural Brasília, além de integrar o acervo da Galeria de Arte XXX em Brasília; e em 2017, participa da “South-South: Let me begin again”, organizada pela Goodman Gallery na África do Sul.
Com mestrado em Artes Visuais pelo Dutch Art Institute (2011), a artista que vive em Pernambuco, é representada pela Fortes D’Aloia & Gabriel, e foi indicada ao Prêmio PIPA pela primeira vez em 2010.
Bárbara centra sua prática fotográfica no ‘corpo popular’, e foca suas estratégias de subversão e visibilidade entre os campos da cultura pop e da tradição. Publicadas em livros editados pela artista desde 2007, suas obras têm sido exibidas em exposições individuais e coletivas nacional e internacionalmente e fazem parte das coleções permanentes do MASP e MAM-SP. Uma monografia com uma extensa seleção de suas fotografias foi publicada em “O que é bonito é pra se ver” (Het Domein 2009). Trabalha em colaboração com o artista Benjamin de Burca (Munique, 1975) desde 2011, com o qual participou do 33º Panorama de Arte Brasileira (São Paulo, Brasil), da 4ª Bienal do Oceano Índico (La Réunion, França), da 36ª EVA International (Limerick, Irlanda), da 5ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça, da 32ª Bienal de São Paulo (São Paulo, Brasil) e, por fim, do Skupltur Projekte Münster, onde está atualmente exibindo.
A artista carioca vive entre o Rio de Janeiro (Brasil) e Berlim (Alemanha). Assim como Bárbara Wagner, ela também foi indicada ao Prêmio PIPA pela primeira vez em 2010.
A delicadeza bruta de sua poética está sempre buscando os pontos de encontro entre a imobilidade e a mobilidade, o temporal e o atemporal, o peso e a leveza. Os balões azuis, na iminência do desaparecimento, na sua precariedade constitutiva, avivam na pedra uma materialidade inabalável. O contraste entre materiais explicita a propriedade de cada coisa, uma singularidade que nasce da própria coexistência entre eles produzida pela escultura.
É representada pelas galerias Anita Schwartz ( Brasil) e Galerie m Bochum (Alemanha).
Nascido em 1983, em Timboteua, região do Salgado paraense. Licenciado em Educação Artística – Artes Plásticas pela Universidade Federal do Pará. Pintor por ofício, desde 2004 desenvolve trabalhos relacionando retratos e identidade, tendo como objeto principal o homem amazônico. Trabalha e vive em Belém. Atualmente é representado pela galeria Periscópio Arte Contemporânea.
Trabalhando em diversos suportes, como óleos sobre tela, intervenções, e site-specifics, com o tema dos retratos realizou as exposições individuais “Pintura ou a Fotografia como Violência” (Palácio das Artes, Belo Horizonte, 2017), “Malerei – oder dieFotogafie als Gewaltakt” (Kunsthalle Lingen, Alemanha, 2016), “Você é a Seta” (Galeria Periscópio Arte Contemporânea, Belo Horizonte, 2016), “Páginas Vermelhas” (Galeria Blau Projects, São Paulo, 2015) e “Alistamento” (Sesc Boulevard, Belém, 2015), além de participar de diversas exposições coletivas, entre elas “Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos” (MAM SP, 2017), “Malereiaus der Kunstsammlung der Stadt Lingen” (Kunsthalle Lingen, Alemanha, 2017), “A Cor do Brasil” (Museu de Arte do Rio, 2016), 31ª Bienal de Artes SP (São Paulo, 2014) e suas itinerâncias em 2015 em Campinas (Sesc Campinas) e Porto (Museu de Serralves).
Os quatro finalistas também são convidados a participar do Prêmio PIPA Online, categoria aberta a todos artistas participantes que terá início, daqui um mês, no próximo dia 16 de julho. Acompanhe.
Para saber mais sobre os finalistas e os demais 54 participantes do Prêmio PIPA 2017 visite suas páginas, com fotos de muitos trabalhos e entrevistas.
Mais uma vez colocamos abaixo o fluxograma explicativo do Prêmio PIPA e todas suas fases.