(São Paulo, SP)
Em 1967, Helio Oiticica expunha “Tropicália” na mostra “Nova Objetividade Brasileira”. Composta, entre outros elementos, por uma série de cabines, uma delas – a Penetrável PN2 – guardava uma frase icônica no seu interior: a pureza é um mito. A expressão dá nome a coletiva “A Pureza é um Mito: o monocromático na arte contemporânea”, em cartaz na Galeria Nara Roesler desde a semana passada, que faz parte da 27ªa edição do projeto Roesler Hotel, criado para promover o diálogo entre as comunidades artísticas nacional e internacional.
Com curadoria de Michael Asbury, membro do Comitê de Indicação do Prêmio PIPA em 2016, a exposição reúne mais de 50 trabalhos em diversas mídias (vídeo, instalação, fotografia e pintura) de 43 artistas, entre eles Marcius Galan, vencedor do Prêmio PIPA 2012, Ronald Duarte, indicado ao Prêmio em 2014, Alexandre Canonico, indicado este ano, Raul Mourão, indicado em 2012 e 2016, além de outros artistas de prestígio nacional e internacional.
A coletiva se propõe a olhar o monocromatismo sob diversos pontos de vista, enfatizando a diversidade onde geralmente se presume haver uniformidade. Desafiando a ideia de pureza, a exposição estabelece fortes diálogos com as teorias da arte contemporânea, levantado reflexões sobre o lugar do monocromo no passado, como nas obras do artista russo Malevich, e no presente.
“A Pureza é um Mito: O monocromático na arte contemporânea”
Curadoria de Michael Asbury
Em cartaz de 10 de junho até 22 de julho
Galeria Nara Roesler
Avenida Europa, 655 – Jardim Europa
Funcionamento: seg – sex, 10h às 17h; sab, 11h às 13h
T: (11) 2039- 5454
info@nararoesler.com.br